segunda-feira, 30 de maio de 2011

Em dia de festa do Barcelona, torcedor inglês dá exemplo em bar de brasileiros


F
inal da Champions League é o típico jogo que todo torcedor de futebol quer assistir, não importa o time pelo qual torce ou o seu país de origem. Barcelona e Manchester United realizaram a final da Champions League 2010-2011 no estádio de Wembley e os mais de 86 mil torcedores se dividiam entre o vermelho do time inglês e o azul e grená do time espanhol. Pouco antes do início da partida, soldados da guarda real inglesa entraram no gramado carregando a cobiçada taça da principal competição europeia de times de futebol. O cenário era ideal e a expectativa pelo jogo gigantesca.

Bem distante do imponente estádio de Wembley, em Londres, resolvi assistir ao jogo em um bar de Campinas. Apesar das características lembrarem um pub inglês, a maior parte da torcida era do Barcelona e meia hora antes do início da partida, o bar já estava lotado e havia muita gente em pé ao lado do telão. Não vi nenhum torcedor com camisa de times nacionais. Quem não vestia a camisa do Barcelona estava com a camisa da seleção brasileira, exceto um jovem de vinte e poucos anos que usava um uniforme da seleção inglesa.

Conforme os jogadores do Manchester apareciam no telão, o torcedor do English Team gritava euforicamente: "Go United!". A reação despertava a atenção de quase todo o bar, mas o jovem inglês pouco se importava. Posicionado estrategicamente em frente ao telão, bradava a paixão pelo Manchester e aplaudia cada aparição dos jogadores que entravam enfileirados em campo. Quase que isolado em uma ilha, o inglês contava com o apoio de mais alguns poucos torcedores dos "diabos vermelhos", que para ser mais preciso, torciam contra o Barcelona porque "era o time que estava ganhando tudo e estava na hora de perder", segundo palavras de um dos presentes.

Nos primeiros minutos de jogo, o Manchester deu a impressão que poderia surpreender o Barcelona e foi o que bastava para o inglês se tornar, definitivamente, o centro das atenções do bar. Bastava o atacante inglês Wayne Rooney tocar na bola que era aplaudido efusivamente, por mais que a jogada não tivesse levado o menor perigo ao gol adversário. Se o apoio era constante nas jogadas de ataque, o sistema defensivo também não era desprezado quando impedia as velozes e habilidosas jogadas do time catalão e Van der Sar também era aplaudido ao realizar alguma defesa.

As jogadas bem trabalhadas do Barcelona, o rápido toque de bola e o impressionante entrosamento do time espanhol, mostravam que o gol era uma questão de tempo. No entanto, enquanto o placar permanecia empatado, ouviam-se algumas especulações no bar: "Esse inglês vai ficar louco quando o Barça fizer o primeiro gol. Vai quebrar tudo". Na mesma conversa um amigo respondia: "Ele vai quebrar o bar se o Manchester marcar, isso sim!". Não demorou muito e a reação do jovem inglês foi diferente das previsões dos torcedores brasileiros. Quando Xavi deu belo passe para Pedro abrir o placar para o Barcelona, os brasileiros que acompanhavam o eufórico inglês imediatamente voltaram os olhares para ele, que permaneceu em silêncio, chateado. As mesas do bar pareciam uma arquibancada repleta de torcedores espanhóis e gritos de "Barça, Barça, Barça" ecoavam pelo ambiente fechado. Até quem não torcia por ninguém engrossava o coro para ver a reação do torcedor "rival".



Para aqueles que desejavam ver a explosão do torcedor inglês, Rooney fez questão de ajudar e, aos 34 minutos, acertou um belo chute a gol, sem chances para Valdes. Em meio a alguns gritos de gol dos torcedores do Manchester (ou daqueles que torciam contra o Barcelona), o jovem se levantou e comemorou enlouquecidamente o empate aos gritos de "Rooney"e "Go United". Era a explosão daquele que parecia ter apertado a tecla "mudo" no som ambiente e torcia em meio a brasileiros que esperavam o show de Messi e cia... O gol de empate deixou o jovem ainda mais animado e otimista com a possibilidade da virada. Gritos de apoio e incentivo ao Manchester vinham a cada dividida ou bola defendida. O Barcelona continuava superior mesmo após o gol de empate, mas como em cabeça de torcedor a razão dificilmente supera a emoção, o inglês seguia apoiando o "United".

O segundo tempo do jogo resumiu o que foi a superioridade do Barcelona durante toda Champions League. Com posse de bola quase alcançando os 70%, o time espanhol dominava a partida e jogava da forma como queria, tocando a bola e criando jogadas com uma facilidade impressionante. Logo aos 8 minutos do segundo tempo, Messi chutou forte de fora da área e mostrou que os espanhóis não teriam dificuldade para conquistar pela quarta vez o torneio. Pouco tempo depois, após jogada de futebol-arte de Messi, Villa chutou colocado para definir o placar e trazer o mais fanático torcedor inglês de volta a realidade. A partir de então, até o apaixonado torcedor do Manchester que apoiava o time enlouquecidamente em terras brasileiras, percebeu que seria impossível vencer o time do Barcelona. Em silêncio, continuou a assistir a partida e comemorava as entradas mais duras sobre os atacantes do rival.

Fim de jogo, comemoração do Barcelona e festa da maior parte do bar em Campinas. Em uma atitude extremamente esportiva, o inglês se levantou e aplaudiu ao olhar para a festa do título adversário no telão. Durante algum tempo, apesar da clara tristeza de seu semblante, o jovem admitiu a justa derrota e parabenizou aqueles que se aproximaram para conversar. Um exemplo de torcedor que soube como se comportar e empenhar o seu papel de incentivador do time. Desde antes da partida soube apoiar, cantar e acreditar no "united", demonstrando a sua paixão pelo time. O Barcelona foi amplamente superior, ganhou conforme o esperado. Motivo para confusão e briga ao estilo dos hooligans? De maneira nenhuma. Reconhecimento merecido, tanto para a atuação do time espanhol quanto para a postura exemplar do torcedor.

domingo, 29 de maio de 2011

Verdade ou montagem? Relembre vídeos publicitários que ainda deixam muita gente em dúvida

Campanhas publicitárias e vídeos que circulam pela internet tem deixado a costumeira pergunta no ar: afinal, as imagens gravadas foram reais ou uma impressionante montagem capaz de deixar muita gente questionando a veracidade do vídeo?

O uso de recursos de edição em propagandas é mais do que conhecido. A grande ideia de publicitários, no entanto, foi aproveitar a habilidade de ídolos do esporte para criar vídeos em que os atletas aparecem em jogadas incríveis, quase mágicas. Por mais absurda que pareça a cena, quem assiste fica com aquela pontinha de dúvida: será mesmo montagem? Por que Ronaldinho Gaúcho, que já nos impressionou com tantos malabarismos, não conseguiria acertar a bola quatro vezes seguidas no travessão e ainda dominá-la no peito? E Neymar, destaque Santista e terror das defesas adversárias, porque não conseguiria cruzar uma bola para si mesmo chutar para o gol?

Sendo verdade ou resultado de edição, campanhas publicitárias que adotam esse estilo de vídeo tem suas ideias transmitidas de uma maneira eficiente. A combinação entre esporte e publicidade é tradicionalmente uma fórmula de sucesso e o resultado costuma ter grande repercussão.

Relembre algumas campanhas publicitárias e vídeos divulgados na internet que já te deixaram (ou ainda te deixarão) na dúvida...

Ronaldinho Gaúcho chuta quatro bolas consecutivas no travessão




Neymar cruza para si mesmo marcar o gol




Beckham acerta três bolas em cestos distantes na praia




LeBron James faz três cestas seguidas do outro lado da quadra




Roger Federer acerta bolinhas de tênis no teto solar do carro de seu treinador




Evan Longoria agarra bola de baseball com as mãos e salva repórter

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Brasília conquista bicampeonato do NBB e basquete ganha espaço no Brasil

A vitória de Brasília sobre o Franca trouxe o título do Novo Basquete Brasil para a capital federal e mais uma série de constatações. A primeira e mais evidente delas é que o basquete consegue cada vez mais o seu espaço no Brasil. Se a TV aberta ainda não exibe os jogos do principal torneio do basquete nacional, o público que comparece aos ginásios é uma das razões pelo qual as emissoras já podem e devem começar a pensar na possibilidade.

O jogo final entre Brasília e Franca teve a presença de mais de 18 mil torcedores no ginásio Nilson Nelson, na capital federal. Quando as partidas aconteceram em Franca, a torcida também compareceu em peso e lotou o Pedro Murila Fuentes, ginásio com capacidade para 8 mil pessoas. Pode parecer que o interesse ocorreu somente na decisão do NBB, no entanto, as equipes que disputaram o campeonato reforçaram seus times e ganham patrocínio a cada ano. Não é a toa que grandes empresas, dos mais diversos setores de atuação, investem no basquete e atrelam suas marcas às equipes.

Imagens da série final entre Brasília e Franca. Basquete volta a despertar interesse do público, patrocinadores e mídia.

A consequência dos investimentos no esporte é o reflexo do time de Brasília. Bicampeão da NBB, o time possui jogadores referência no basquete brasileiro, com passagens no exterior e pela Seleção Brasileira de Basquete. Ao montar um grupo com os alas Guilherme Giovannoni, Alex, além do armador Nezinho, Brasília escala três jogadores da seleção e colhe os frutos (em formato de taças) dos altos investimentos realizados. Méritos e reconhecimento para a competência da equipe que foi melhor do que Franca nas finais e fechou a série em 3 a 1. Nos últimos cinco anos foram cinco finais e três títulos nacionais, desempenho incontestável que destaca Brasília no cenário do basquetebol brasileiro.

Embora Franca não tenha ficado com o título, fez uma grande campanha no NBB. Líder da primeira fase, a equipe do interior paulista ainda venceu São José e Flamengo por 3 a 0. Nos jogos finais, mesmo quando perdia por uma larga diferença, o time não desistiu de tentar buscar o resultado. O técnico Hélio Rubens, que dispensa qualquer comentário devido a sua trajetória no basquete, fez mais uma vez um bom trabalho e Franca voltou a incomodar no esporte que orgulha a cidade. O time, que teve momentos de destaque com os armadores Helinho, Benite e Dedé, mostrou que precisa de pouco para conquistar o tão desejado título do NBB.

O crescimento do NBB anima quem gosta de basquete no Brasil e já demonstra que o esporte começa a atrair maior atenção da mídia. A próxima edição do Novo Basquete Brasil mudará o formato da final que passará a ser disputada em jogo único. A alteração no regulamento será realizada a pedido da Globo que já manifestou interesse em transmitir a final sem ter que depender da torcida por uma quinta partida na série decisiva. A emissora esperava que a decisão fosse para o quinto jogo e já havia programado há meses a transmissão para às 10h de sábado, dia 28/05, mas Brasília estragou o planejamento global.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Trio de ferro estreia no Brasileiro com vitórias e golaços

Os times da capital paulista fizeram bons jogos e conquistaram a primeira vitória já na abertura do Campeonato Brasileiro. Corinthians e São Paulo, jogando fora de casa, conseguiram importantes vitórias diante de Grêmio e Fluminense, respectivamente.

Jogando em São José do Rio Preto por cumprir punição do último Brasileiro, o Palmeiras passou pelo fraco Botafogo e também conseguiu os três pontos.

Além das vitórias, três golaços marcaram as partidas do chamado "Trio de Ferro". Qual foi o mais bonito?

Atenção! Se você for torcedor de Corinthians, Palmeiras ou São Paulo, deixe a paixão de lado...


Liedson - Grêmio 1 X 2 Corinthians




Kleber - Palmeiras 1 X 0 Botafogo




Lucas - Fluminense 0 X 2 São Paulo

domingo, 22 de maio de 2011

Santos opta por maior renda no Pacaembu e frustra torcedores da Vila

O anúncio da diretoria santista em mandar mais um jogo decisivo da Libertadores no Pacaembu causou o descontentamento dos torcedores na cidade de Santos. A insatisfação, mais do que compreensiva, pode fazer com que a torcida do Peixe na cidade não veja mais o time no estádio pela Libertadores. Caso avance às finais, o Santos não poderia jogar na Vila Belmiro devido a sua capacidade insuficiente e, portanto, precisaria recorrer ao Pacaembu ou Morumbi para atender a regra da Conmebol que estipula um estádio de no mínimo 40 mil pessoas para a final.

Grande público e renda no Pacaembu garantem semifinal no estádio.
Torcedores da cidade de Santos lamentam
Tirar o jogo da Vila Belmiro e levar para o Pacaembu é algo que vai muito além do que "prestigiar a torcida santista que está em São Paulo", como costuma dizer Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos. Como a capacidade do Pacaembu é quase que o dobro da Vila Belmiro, os jogos realizados na capital são muito mais rentáveis em termos financeiros. Nos dois jogos que o time fez no Pacaembu, o Santos teve em média 35 mil pagantes e renda de R$1,3 milhão. Já na Vila, o maior público na Libertadores atingiu quase 12 mil pagantes e renda de pouco mais de R$500 mil. Analisando pelo lado financeiro, a decisão de jogar na capital é inquestionável.

Por outro lado, fica um questionamento por parte de alguém que merece uma atenção especial... O torcedor santista da cidade de Santos. Aquele que comparece em todos os jogos, que possui cadeira cativa na Vila ou que é sócio torcedor. Para assistir a uma semifinal de Libertadores é certo que pagariam um valor ainda mais caro do que os já altos preços dos ingressos, ajudando a reduzir a diferença de lucro para um jogo realizado na capital. A torcida da cidade que dá nome ao time deveria poder ver o Peixe jogando uma semifinal de Libertadores em casa, até porque, se chegar à final, não poderá fazê-lo pela restrição da Conmebol.

Torcedores apaixonados assistem o time em qualquer jogo, por mais tedioso e sem emoção que seja, como ocorrido na primeira fase do Campeonato Paulista. Agora, chegada a hora da decisão em plena Libertadores da América, o torcedor da cidade de Santos que já ficou sem ver o confronto com o Once Caldas pelas quartas de final, também não terá a oportunidade de ir para a Vila ver a semifinal com o Cerro.

Se a lógica do futebol prevalecer, o Santos deve passar pelo Cerro Porteño e chegar a final. Caso isso realmente aconteça, fica a dúvida: a diretoria santista jogará no Morumbi, estádio com capacidade para 65 mil, ou permanecerá no Pacaembu, liberado para 40 mil torcedores, e evitará atritos com a CBF e outros opositores do São Paulo Futebol Clube? Dúvida pertinente que pode trazer uma resposta incoerente...

sábado, 21 de maio de 2011

Curtinhas radiofônicas

Hora do Brasil: "A questão é se a organização do futebol, estabelecida mundialmente, continuará a existir depois desta data ou se desaparecerá em um buraco negro. Eu estou confiante que irei vencer as eleições com clara maioria de votos." - Joseph Blatter, há 13 anos como presidente da FIFA, quer nova reeleição. A reeleição virá, mas o tal buraco negro já chegou faz tempo... É só conferir as últimas notícias relacionadas à entidade máxima do futebol e os escândalos em que está envolvida.

"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo": Se o Barcelona conquistou o título espanhol com antecedência, restou aos torcedores do Real Madrid comemorar a quebra do recorde na artilharia do campeonato. Cristiano Ronaldo marcou nada mais do que 40 gols em 38 rodadas. A impressionante média do craque português corresponde a marca de um gol a cada 70 minutos.

Chiadeira: "Errei muito na vida. Tive bons momentos financeiros, mas errei. Fiz muita bobagem. Gastei tudo com besteira. Gastei tudo com mulheres, com carros e etc. Gastei com vaidades pessoais. Gastei dinheiro com amigos, entre aspas. Amigos de ocasião. Por eu ser uma pessoa generosa, muita gente se aproveitou mesmo de mim" - Muller, ex-jogador do São Paulo e da Seleção Brasileira, concedeu entrevista revelando que passa por extrema dificuldade financeira e mora de favor na casa do amigo e ex-lateral Pavão, companheiro dos tempos em que jogava no São Paulo. Que a reprise deste filme no futebol sirva para alertar os boleiros que enriquecem da noite para dia...

Sem sintonia: “Do Juvenal eu sabia de tudo, que era prepotente, metido, mas não sabia que ele era cagueta. Não acho que ele vazou. Eu sei que ele vazou. O Ataíde (Gil Guerreiro, diretor do Clube dos 13) confirmou. Ele (Juvenal) foi escrivão de polícia, fica feio fazer isso” - Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, rasgando elogios para o companheiro de lutas, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo. Juca Kfouri, jornalista que divulgou o vídeo de Sanchez chamando a Globo de "gangster", já se pronunciou dizendo que não foi Juvenal quem lhe enviou o vídeo. Mais um capítulo para a amistosa relação entre São Paulo e Corinthians.

Pilha fraca: A série B do Campeonato Brasileiro teve a sua primeira rodada neste sábado e já começou com grandes públicos. No jogo entre Americana X Duque de Caxias, impressionantes 54 pagantes compareceram no estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba. O Americana teve de mandar o jogo fora de seus domínios por conta de punição sofrida no brasileiro do ano passado, quando ainda levava o nome de Guaratinguetá. Os R$840 de renda da partida não serão suficientes nem para cobrir os gastos para a realização do jogo.

Intervalo:  65,8%, foi, segundo a Informídia, o total de futebol no esporte da TV brasileira em 2010.

"E que gooooool": Neymar, mais uma vez, foi o destaque da classificação santista sobre o Once Caldas. Embora tenha perdido pênalti (e Elano seja a melhor opção para as cobranças), Neymar foi decisivo e marcou logo no início do jogo. Confira a bela jogada que originou o gol santista:

terça-feira, 17 de maio de 2011

Santa Cruz é campeão pernambucano e dá início a volta por cima diante de 62 mil



Ao conquistar o campeonato pernambucano sobre o arqui rival Sport, o Santa Cruz deu uma aula de superação e mostrou que pode dar a volta por cima após anos de tristeza que levaram o time à Série D do Campeonato Brasileiro. O último título conquistado foi o pernambucano de 2005. De lá para cá, foram 3 rebaixamentos e, apesar da evidente tristeza pelas fracas campanhas do time, a sequencia negativa não abalou o sentimento do torcedor do Santa. Muito pelo contrário.

É impressionante ver a paixão do torcedor do Santa Cruz pelo time. Independentemente do campeonato, da divisão ou da importância do jogo que disputa, lá está o fanático tricolor fazendo festa na arquibancada e dando força para o time em campo. Na decisão contra o Sport, mais uma vez o mundão do Arruda estava lotado e mais de 62 mil torcedores viram de perto o título que pode marcar a redenção Tricolor.

A discussão sobre o fato de torcida ganhar ou não jogo é uma das polêmicas sem fim do futebol... O que não dá para negar é que um jogador entra em campo muito mais motivado ao ver o estádio lotado gritando a seu favor. Não há garantia de vitória mas, sem dúvida nenhuma, o jogador não medirá esforços para ganhar aquela dividida ou usar todas as forças para chegar até aquela bola que parecia impossível de alcançar.

Se o Santa Cruz joga, lá estará o seu fanático torcedor cantando a sua paixão. Por mais que o fanatismo seja uma característica comum entre torcedores de futebol, é difícil encontrar uma torcida que coloque mais de 60 mil pessoas no jogo de um time da quarta divisão. O blogueiro que vos fala ao menos nunca viu.

A força que vem das arquibancadas do Arruda pode trazer o time de volta à elite do futebol nacional. A temida "Cobra Coral" mostrou que tem time para brigar de igual para igual com Sport e Náutico e ainda quase deu o bote no São Paulo na Copa do Brasil. O elenco do Santa Cruz é condizente com a realidade financeira do clube e, apesar de não ser um super-time, mostrou que pode enfrentar equipes de tradição e complicar o jogo.

Embora ainda não tenha a técnica e a experiência necessária para disputar a elite do futebol nacional, o Santa trilha o caminho correto para voltar a ela. O técnico Zé Teodoro, elogiado pelo comando do grupo, já deu o recado: "Chega de sofrer, daqui para frente, sem dúvida, o Santa Cruz vai alcançar seu espaço" - disse o comandante que tem como o objetivo conseguir o acesso do time para a Série C do Brasileiro. O primeiro passo, no entanto, é impedir um desmanche no time que disputará a Série D daqui dois meses.

O trabalho será intenso e o caminho é longo, mas fica a torcida para que o Santa Cruz volte a disputar com os chamados "grandes" do futebol nacional e volte à elite juntamente com Sport e Náutico. De grandeza a torcida pernambucana já mostrou que entende.

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Confira a crônica que homenageou o título e o início da volta por cima do Tricolor Pernambucano. Matéria exibida no jornal Bom Dia Pernambuco, da Rede Globo, no dia 16/05/2011.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ajax conquista título holandês e repete feito do Real Madrid



Após sete anos de jejum, o Ajax volta a conquistar o campeonato holandês e aumenta a vantagem de títulos sobre o arqui rival PSV Eindhoven. A vitória de 3 a 1 no confronto com o Twente, único time que ainda tinha chances de título, fez com que o Ajax conquistasse o campeonato nacional pela 30ª vez.

Pressionado pela conquista do título do Twente na Copa da Holanda, em jogo em que foi derrotado por 3 a 2 após estar ganhando de 2 a 0, o Ajax partiu para cima do adversário e obteve uma justa vitória por 3 a 1.

A conquista do título do time de Amsterdã ocorreu após uma arrancada na reta final do campeonato e uma sequência de seis vitórias liderada pelo técnico Frank de Boer, ídolo da seleção holandesa e da torcida do Ajax.

Ao desfilar em um ônibus pelas ruas de Amsterdã, a comemoração foi tamanha que o goleiro Maarten Stekelenburg repetiu a façanha de Sérgio Ramos, do Real Madrid, e deixou o troféu (em forma de prato) despencar no chão. Após as cenas que amassaram os troféus na Espanha e na Holanda, esportistas ao redor do mundo ficarão mais atentos na hora de erguer o caneco e comemorar em carro aberto diante de suas torcidas.


Stekelenburg esbarra o troféu em fio de eletricidade e o derruba no chão para o delírio dos torcedores presentes



Sérgio Ramos deixa o troféu da Copa do Rei cair e ônibus passa por cima da taça. Poucos dias depois um novo "caneco" foi entregue ao Real Madrid

Sem dificuldades Santos passa pelo Corinthians e é merecido campeão paulista

O Santos levou a melhor sobre o Corinthians e conquistou seu 19º título paulista, o quarto nos últimos 10 anos. A conquista premia um time que vem realizando um grande trabalho e tem conseguido resultados devido ao bom planejamento, investimento nas categorias de base e sucesso nas contratações. O talento e a irreverência de Neymar, a criação de jogadas e os toques precisos de Ganso e a liderança e artilharia de Elano em seu retorno ao Santos foram alguns dos destaques da vitoriosa campanha do alvinegro.

Em destaque, Edu Dracena, Elano e Neymar. Defesa, meio de campo e ataque foram destaque na campanha do título santista

No jogo final, Arouca, voltando de contusão, foi fundamental ao time com desarmes precisos, passes certeiros e ainda fez o gol que abriu o placar da partida. Sempre subindo ao ataque, o volante também acertou uma bola na trave no primeiro tempo. Somente no final do segundo tempo é que o Santos conseguiu ampliar o placar, embora tenha dominado a partida tecnicamente. O frango de Julio César só foi amenizado pelo gol corinthiano que veio na sequência com nova falha de um camisa 1, desta vez de Rafael, do Santos.

No último e decisivo jogo do campeonato, o Santos poderia ter vencido de uma maneira muito mais tranquila. Os 2 a 1 não refletiram o que foi o jogo e a ampla superioridade santista no primeiro tempo e durante boa parte do segundo. A zaga do time da Vila Belmiro foi bem mais uma vez e sofreu somente o terceiro gol em 11 partidas disputadas após a chegada de Muricy Ramalho.

O treinador santista continua a rechear sua vitoriosa carreira como treinador. Nos últimos 10 anos, Muricy conquistou ao menos um título regional ou nacional por ano, exceto em 2009. A passagem pelo Santos tem tudo para ser mais um destaque em sua carreira e o título da Libertadores colocaria fim a fama de pé frio em decisões do tipo mata mata. O Santos tem estrutura, elenco e treinador para conquistar o tri campeonato da América e, para o bem do time e do técnico, é bom que o título continental venha... Caso contrário o time que tem encantado pelo bom futebol passará a ser presa fácil dos corneteiros e oportunistas de plantão e o bom projeto do Peixe que prevê manutenção da dupla Neymar e Ganso pode ir por água abaixo.

domingo, 15 de maio de 2011

Gol contra de goleiro ajuda Boca em clássico com River Plate

Gol contra, apesar de inusitado, é uma cena que facilmente pode ser vista no futebol. Zagueiros afobados que tentam chutar a bola para a linha de fundo e colocam para dentro do gol, atacantes que cabeceiam para o lado errado e afundam o próprio time... Vez ou outra, para desespero daqueles que jogam contra o patrimônio, o gol contra aparece por aí.

No clássico entre Boca e River Plate, o goleiro Carrizo, do River, conseguiu jogar a bola para dentro do seu próprio gol ao sair de forma desajeitada em cobrança de escanteio do arqui-rival...

O Boca venceu por 2 a 0, fechando o placar com um gol de Palermo. O atacante, maior artilheiro da história do clube, disputou seu último clássico com o River pois já avisou que pretende encerrar a carreira no final do campeonato argentino.

Grêmio Barueri dribla torcedores em Prudente e avança em jogada política

A rápida passagem do Grêmio Barueri pela cidade de Presidente Prudente, no interior paulista, foi um vexame sob todos os aspectos. No futebol, o time foi rebaixado no campeonato paulista e brasileiro em pouco mais de um ano na cidade. No tempo em que jogou com o nome Grêmio Prudente, o time escancarou os interesses que cercam o mundo do futebol.

 Um grupo de empresários realizou uma negociação de aproximadamente R$20 milhões para trazer o time de volta para Barueri. Além do valor da compra, o clube ainda terá de arcar com R$800 mil para realizar a transferência de cidade e se regularizar na Federação Paulista de Futebol. A liderança da nova empreitada do Grêmio está nas mãos do prefeito de Barueri, Rubens Furlan, o principal interessado no retorno do time à cidade que governa.

O interesse do prefeito não é difícil de entender. Em seu segundo mandato consecutivo (e quarto no total), Furlan não poderia se candidatar novamente e já se preocupa com seu sucessor. Carlos Zicardi, secretário de esportes da cidade de Barueri, deve ser o escolhido para disputar as eleições municipais em 2012. Coincidindo com a necessidade de mostrar trabalho para os eleitores, o Grêmio volta para Barueri já prometendo resgatar o bom desempenho que marcou sua curta história de 10 anos no futebol profissional. Mais do que investimento em educação, saúde ou outra necessidade do município,  o futebol leva o nome de Barueri para todo o Brasil e é um grande forma de campanha em caso de sucesso do time.

A jogada política promete novos capítulos. Além de decepcionar os torcedores do extinto Grêmio Prudente, instituições de Presidente Prudente cobram explicações sobre possíveis irregularidades do uso do dinheiro público em obras que beneficiaram o time no tempo em que esteve na cidade. A alegação é que a prefeitura do município investiu na reforma do "Prudentão", estádio municipal que recebeu os jogos do Prudente, além de ter construído um centro de treinamento para a equipe utilizar no dia a dia.

Infelizmente é muito difícil que as investigações tragam alguma resposta. O certo é que os moradores de Barueri pagam as contas dos gastos municipais com o clube e os torcedores do Grêmio, seja o Prudente ou Barueri, ficam rendidos às decisões políticas e econômicas que dominam o clube-empresa.

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FRASES:

Não teve um atrativo. As coisas lá não foram do jeito que eles esperavam que fosse. Em Barueri nós vencemos quase tudo, e assim que eles mudaram para Prudente, começaram a cair de rendimento. Tanto é verdade, que nosso acesso era um atrás do outro, e lá não” - Prefeito Rubens Furlan ao explicar o motivo do retorno do time para Prudente.

Foi uma surpresa, uma ducha de água fria. Estou chateado, frustrado, não sei se a palavra certa é indignado. Como torcedor fico muito triste" - Alfredo Penha, secretário de obras de Presidente Prudente.

A Prefeitura investiu na reforma do Prudentão, construiu um centro de treinamento. Estas intervenções prejudicaram os esportistas amadores, que faziam uso destas e de outras áreas para treinar. Os campos foram destinados apenas a equipe gremista. Agora o time vai embora assim, desta forma?”
- Adilson Régis Silgueiro, presidente da Associação de Defesa do Consumidor e do Cidadão em Presidente Prudente fará denúncia do caso ao Ministério Público Estadual.

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Em episódio recente, Rubens Furlan se desentendeu com o programa CQC

Prefeito de Barueri teve má exposição na mídia ao ofender o repórter Danilo Gentili em episódio em que a administração pública da cidade desviou um aparelho de TV que deveria ir para uma escola municipal. Relembre o caso divulgado pelo quadro "Proteste Já":


E agora, São Paulo?

A eliminação do São Paulo na Copa do Brasil evidenciou uma série de fatores no time do Morumbi. Ao sair do Campeonato Paulista em um jogo em que, por ironia do destino, o rejeitado Muricy Ramalho foi o destaque da vitória do Santos, o São Paulo sentiu o baque mas não reconheceu. "O foco é a Copa do Brasil", diziam dirigentes e torcedores.

A disputa na Copa do Brasil chegou e o São Paulo se perdeu no "atalho" para a Libertadores da América. O caminho em Florianópolis foi mais complicado do que se previa e o time paulista pouco jogou diante do Avaí. Muito mais do que a falta de capacidade técnica (porque isso a maior parte do elenco são paulino tem), o que preocupa a torcida é a falta de luta, poder de reação e organização da equipe em campo. O time do São Paulo está longe de ser o que a diretoria e torcida pensam que é, apesar do bom elenco que possui.


Dúvida sobre os culpados por nova eliminação são paulina volta a ser sobre o treinador e Carpegiani deve sair.

A derrota veio seguida de questionamentos e contestações de todos os lados. No elenco do São Paulo, Rivaldo chiou e foi desnecessariamente até a imprensa expor um problema que poderia ter resolvido em conversa com o treinador. O contrato do pentacampeão mundial não possui cláusula de titularidade ou de escalação em todas as partidas. Se Rivaldo acredita que foi "humilhado" por não ter entrado em campo após ter realizado aquecimento, talvez deva pensar se deveria voltar ao Mogi Mirim ou ao Uzbequistão. Na imprensa ouviu-se comentários que o time de estrelas do São Paulo não deu resultado... Fernandão já se foi e Cléber Santana e Rodrigo Souto talvez também estejam de saída. Carpegiani é bombardeado de todos os lados. Rivaldo, membros da diretoria e parte da torcida já mostraram que querem a sua saída. 

Carpegiani tem culpa nas eliminações do São Paulo? Sim, mas parte dela. Não se pode esquecer que o São Paulo está em sua terceira temporada sem títulos e que vem decepcionando o torcedor desde a saída do criticado Muricy, aquele rotulado por não saber ganhar torneio mata-mata. Existe mesmo uma fórmula para disputa de mata mata e outra para pontos corridos? Caso exista no polêmico mundo do futebol, Muricy só decorou a fórmula dos pontos corridos, mas ainda pode surpreender muita gente e passar na recuperação se conseguir conduzir o Santos ao tri campeonato da Libertadores.

Voltando ao São Paulo, Carpegiani não pode ser visto como o vilão das eliminações. Apesar de escalar o time de forma contestável e ter ido mal nas substituições, não é o técnico quem tem desperdiçado uma série de gols nos jogos em que o time precisava decidir. Não é Carpegiani o culpado pelos recentes desfalques no time titular devido às contusões e pala ausência de Luís Fabiano, jogador considerado chave no esquema são paulino mesmo nunca tendo jogado. Embora tenha falhado nos jogos decisivos, o time do São Paulo não fez um início de temporada ruim e o técnico conseguiu fazer o time jogar como há tempos não se via... Jogadas em velocidade, boas trocas de passes e entrosamento do setor ofensivo com destaque para Lucas e Dagoberto.

O São Paulo foi eliminado e, mais uma vez, será o treinador o único culpado? Porque não analisar as recentes declarações da diretoria e perceber que houve um menosprezo a Copa do Brasil? O time acostumado a jogar a Libertadores ficou fora da edição desse ano e não soube se adaptar aos jogos que considerava serem fáceis... Passou sufoco com Santa Cruz, Goiás e caiu diante do Avaí, equipes consideradas menores no futebol brasileiro. Carpegiani pode e deve ser questionado e cobrado após as falhas na escalação do time. Mas, parando para refletir, a vinda de um novo treinador resolveria os problemas do time? Quem seria então o salvador da pátria tricolor que chegaria para ganhar tudo de todos?

Nos bastidores do clube do Morumbi, os erros da diretoria do clube são encobertos pelos resultados em campo. Lesões e falta de fôlego no segundo tempo questionam o trabalho que vem sendo realizado pelo departamento médico, referência nos tempos de Turíbio Leite de Barros e Marco Aurélio Cunha que não estão mais no São Paulo após desentendimentos com a atual diretoria. Juvenal Juvêncio, o presidente que gosta de falar difícil, comandará o São Paulo pela terceira vez consecutiva e seguirá os criticados dirigentes rivais que não souberam sair quando o mandato acabou.

Em 2011 restam dois campeonatos ao São Paulo, duas chances de voltar à tão desejada Libertadores. O Campeonato Brasileiro, difícil e disputado pelas principais equipes do futebol nacional e a Copa Sul-Americana. Por que não pensar em valorizar o campeonato que já foi chamado de "série B da Libertadores" por membros da diretoria Tricolor? O campeão da Sul-Americana tem vaga assegurada para a Libertadores e, além de ser um caminho mais simples do que o Brasileiro, é um título. Já passou da hora da diretoria são paulina perceber que torcida quer ver o time ganhar tudo e levantar o caneco. Não importa se for Campeonato Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana... Uns pesam muito mais, obviamente, mas o torcedor quer ver o time ser campeão no que for disputar. Dizer o contrário é mera cena teatral e desculpa de torcedor de ressaca.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Curtinhas radiofônicas

Pilha fraca: Até guarda de trânsito fez seis com as mãos para ironizar o goleiro Marcos após a goleada de 6 a 0 sofrida para o Coritiba. O Palmeiras faz nesta quarta-feira o jogo de volta com o Coxa. Um placar mínimo de 6 a 0 leva a decisão para os pênaltis que já consagraram o goleiro Marcos no passado e perturbaram o atacante Kleber no presente. Se quiser evitar as penalidades, o Palmeiras deve vencer por 7 gols de diferença. Na atual situação do alviverde paulista, ainda que jogando em casa, será difícil vencer o alviverde paranaense que não entregará fácil a quebra da sua sequência de 28 jogos de invencibilidade.

Chiadeira: Bellucci: de Guga a azarão. O tenista brasileiro que empolgou ao vencer tenistas do Top 10 do ranking da ATP e dificultar para Djokovic em Madri, foi eliminado no primeiro confronto do Masters 1000 em Roma. O carrasco, Paolo Lorenzi, ocupa a 148º posição do ranking mundial. Bellucci tem méritos, mas ainda muitas dificuldades que freiam a empolgação dos brasileiros mais entusiasmados.

"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo": A última vitória do boxeador filipino Manny Pacquiao lhe rendeu R$ 32 milhões. O pugilista que faz raro sucesso no boxe em tempos em que o MMA domina o cenário das lutas, expandiu a sua invencibilidade para 14 confrontos. O cartel de Pacquiao impõe respeito: 52 vitórias (sendo 37 por nocaute), 3 derrotas e 2 empates. Os resultados expressivos do boxeador deixam a dúvida que incomoda os gigantes das chamadas "lutas livre". Um lutador de MMA resistiria um confronto com Pacquiao ou outro grande nome do boxe?

Sem sintonia: Deco e Fred mantem no Fluminense uma relação extremamente profissional. Quando questionado a respeito do convívio com Fred no dia a dia, o meia foi direto: "- Não tenho mais idade para ficar com picuinha e babaquice. Minha carreira não permite isso. Por todo lugar onde passei, nunca tive problema. Eu me limito a vir fazer o meu trabalho. Sou pago para cumprir ordens. Na minha cabeça não cabe qualquer tipo de frescura. Os jogadores têm que se respeitar no clube. Não têm que ser amigos. Para isso, é necessário ter afinidade. Mas o fundamental é respeito".

Intervalo: Ficou cara a conta dos times brasileiros eliminados da Libertadores. Após darem adeus à Libertadores antes do que previam, Internacional, Grêmio, Cruzeiro e Fluminense deixaram de lucrar aproximadamente R$ 21 milhões. O valor foi calculado após levar em consideração cotas de TV, exposição da marca, vendas de camisa e receita com a bilheteria dos jogos. Em caso de conquista da competição e classificação para o mundial em Abu Dhabi, mais R$6,5 milhões poderiam entrar em caixa. Se as cifras não representam muito para os sheiques, sabe-se bem que toda esta soma representa aproximadamente o valor da venda de uma grande revelação das categorias de base dos times brasileiros para o futebol do velho continente.

Jogadores do Milan ofendem Leonardo e devem ser punidos pela Federação Italiana



Os jogadores do Milan Gennaro Gattuso e Ignazio Abate terão de se explicar à Federação Italiana de Futebol pela provocação ao técnico Leonardo, comandante do arqui rival Inter de Milão e ex-dirigente e treinador da equipe Rossonera durante a comemoração do título italiano.

Durante a festa pelo Scudetto, a dupla milanista não perdeu a oportunidade de criticar Leonardo e sua opção de trocar o Milan pela Inter. Mais do que descontentamento e insatisfação, os jogadores se uniram à torcida para insultar o treinador no canto "Leonardo uomo de m...". Mais do que polêmica, a atitude mostra a raiva da torcida do Milan por Leonardo. Totalmente compreensível. Nenhum torcedor gosta de ver um símbolo do clube vestindo a camisa ou ocupando algum cargo em um rival.

No entanto, a atitude de Gattuso e Abate foi uma demonstração de total irresponsabilidade e falta de profissionalismo. Por maior que fosse o descontentamento dos jogadores, a cena dos xingamentos dirigidos à Leonardo foi um incentivo à violência. Criticar a decisão de Leonardo e não concordar com sua postura era algo perfeitamente compreensível. Inaceitável é ver profissionais se comportando como torcedores e agindo de forma irracional em um meio que envolve tantas responsabilidades.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bellucci e o resgate do tênis brasileiro

Como de costume com outros esportes no país do futebol, foi preciso um esportista se destacar em sua modalidade para obter espaço na mídia brasileira, ganhar as manchetes dos jornais e as reportagens na TV e atrair a atenção daqueles que gostam de esporte mas só acompanham o time de futebol do coração.

O grande desempenho de Thomaz Bellucci no Masters 1000 de Madri, no qual venceu tenistas como Andy Murray e Tomás Berdych, ambos entre os 10 melhores do mundo, fez com que o tênis voltasse a ocupar mais espaço nas pautas esportivas. Apesar de ter sido derrotado na semifinal pelo sérvio Novak Djokovic, atual número 2 do ranking da ATP, Bellucci fez o Brasil se interessar pelo tênis como não ocorria desde os tempos de Guga... 
Grande desempenho de Bellucci faz o Brasil lembrar de Guga e suas glórias no tênis

A boa sequência de resultados do brasileiro fez com que subisse 14 posições no ranking da ATP, ocupando agora a 22ª colocação. Embora a série de vitórias destaquem o trabalho que vem sendo realizado, ainda é preciso calma para falar de Bellucci. O momento é realmente positivo para o tênis brasileiro, mas o tenista está longe de ser o "novo Guga" como foi especulado em algumas análises de comentaristas esportivos.

O tenista brasileiro mostrou em Madri que tem condições de disputar em alto nível com nomes consagrados do tênis mundial. Nos próximos confrontos, pelo Masters 1000 de Roma, Bellucci voltará às quadras e terá a difícil missão de mostrar que pode seguir os passos de Guga... Mais do que provar que pode brigar de igual para igual  e conquistar títulos (essenciais para a consagração de um ídolo), Bellucci deve mostrar para si mesmo que tem condições de ganhar dos grandes. A continuar nesse ritmo, novos encontros com Djokovic e o temido Rafael Nadal estão por vir.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Zebra, azar e apatia. Teve de tudo na quádrupla eliminação brasileira na Libertadores

A última rodada da Libertadores foi uma das mais inesperadas, surpreendentes e improváveis do futebol brasileiro dos últimos tempos. Nem o torcedor mais do contra e aquele apostador que só tem o hábito de botar a sua fézinha na zebra, poderiam prever os resultados que acabariam com a alegria de algumas das principais torcidas espalhadas pelo Brasil. De Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, em São Paulo ou no Rio de Janeiro, muitos foram os torcedores que lamentaram os resultados das oitavas de final no torneio.

Na Libertadores da América, quatro dos cinco times brasileiros restantes caíram de uma só vez. Internacional, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro fizeram as malas juntos e colocaram fim ao sonho de conquista da América.

Pelos mais variados motivos, os times brasileiros fracassaram na competição. O Internacional sofreu um apagão em pleno Beira Rio, onde não perdia pela Libertadores desde 1993, e tomou  os dois gols da eliminação em 5 minutos. Falcão, técnico colorado, nem bem chegou e já começa a ser pressionado após a eliminação.

O Grêmio foi ao Chile desfalcado de sete jogadores e já sabia que teria que fazer o que ainda não havia feito na atual edição da Libertadores: vencer fora de casa. Após ter perdido no Olímpico, o "imortal tricolor" não resistiu à pressão do Universidad e perdeu mais uma antes de carimbar a volta para o Brasil. Renato Gaúcho também balança.

O Fluminense, apesar de ter conseguido heróica classificação diante do Argentinos Juniors nos minutos finais da última rodada, também se foi. Após fraco desempenho na primeira fase e os problemas de falta de estrutura, brigas interna e ausência de treinador efetivo que assumisse o tamanho da responsabilidade do momento, não dava para esperar muito do Flu. Mesmo tendo conseguido bom resultado diante do Libertad no Engenhão, o time pagou caro pela apatia e retranca no jogo de volta realizado no Paraguai. Achando que poderia se defender durante os 90 minutos, o Tricolor do Rio voltou pra casa abatido, sem o menor espírito de guerreiro visto há alguns dias...

Já em Minas Gerais, a metade azul do estado amanheceu incrédula após a eliminação do Cruzeiro diante do carrasco Once Caldas. Torcedores de São Paulo e Santos, que lembram muito bem deste nome, acharam que não iriam mais ouvir falar do azarão... Pois bem, ele voltou e ressurgiu com a mesma capacidade de surpreender como em 2004 onde eliminou a dupla paulista da Libertadores. Os colombianos venceram o Cruzeiro jogando em Sete Lagoas e despacharam o time que terminou a primeira fase na liderança, invicto e com futebol convincente após aplicar goleadas como o 5 a 0 no Estudiantes.

Caso todos os brasileiros avançassem, as quartas de final da Libertadores teriam dois grandes confrontos entre brasileiros: Santos X Cruzeiro e um Gremio X Internacional para incendiar o Rio Grande do Sul. Só sobrou o Santos, de Neymar, Ganso, Elano e Muricy, que agora não tem nenhum brasileiro para atrapalhar o seu caminho pelo título continental. Por coincidência do destino, os quatro brasileiros eliminados da Libertadores nas oitavas de final, foram os times que bateram o São Paulo de Muricy nas últimas edições em que o tricolor paulista esteve na competição. O treinador já tem bons motivos para sorrir. De qualquer forma, apesar da risada não ser o forte do técnico santista, é melhor não demonstrar muita felicidade antes da hora já que o tal Once Caldas vem logo ali e o ferrolho parece já estar bem preparado.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Curtinhas radiofônicas

Hora do Brasil: Você sabia que o Troféu Maria Lenk, principal evento da natação nacional, está sendo realizado no Parque Júlio Delamare, no complexo esportivo do Maracanã? O evento, que deveria ocorrer no Parque Aquático Maria Lenk, construído para os jogos Pan Americanos do Rio, foi transferido porque o placar do Maria Lenk está quebrado. Talvez os R$4 milhões anuais que saem dos cofres públicos e vão direto para o Comitê Olímpico Brasileiro não estejam sendo suficientes para a manutenção do complexo.

Rádio Pirata: Riquelme cumpriu a promessa realizada no ano passado e devolveu o dinheiro recebido no período em que ficou fora do Boca Juniors em 2010, algo em torno de R$650 mil.  Na ocasião, o meia ficou fora da equipe para tratar de uma tendinite no joelho esquerdo. Se os clubes brasileiros resolvessem fazer o mesmo pedido a alguns atletas, muitos chinelinhos estariam com os dias contados no Brasil.

Rádio Pirata 2: A imprensa europeia voltou a divulgar uma provável saída do técnico do Barcelona, Pep Guardiola. Desta vez a notícia é que o treinador poderia acertar com a Inter de Milão após o término da Champions League. Guardiola já concedeu entrevistas dizendo que seu tempo no Barcelona está perto do fim e que gostaria de novas experiências e desafios em outros centros do futebol. Jogadores e técnicos querendo dirigir o Barça pode-se encontrar aos montes por aí... Difícil é entender quem queira sair de lá..

Sem sintonia: A Portuguesa não irá manter a sua dupla de zaga titular para o campeonato brasileiro. Domingos e Maurício devem voltar para Santos e Palmeiras, respectivamente. Enquanto Domingos descansa sem jogar pela Lusa, os atacantes da série A do brasileiro começam a se preocupar com o retorno do tranquilo zagueiro para a elite do futebol nacional...

Chiadeira: Após os oito casos de doping no ciclismo brasileiro, o esporte que já possui pouca divulgação e patrocínio, pode ser ainda mais esquecido na terra do futebol. O Banco do Brasil já estuda não renovar o contrato com a Confederação Brasileira de Ciclismo que viu no silêncio a melhor saída para a explicação do doping dos atletas.

Intervalo 1: Eike Batista avisou que pretende negociar camarotes para os jogos da Copa de 2014. As conversas estão em andamento com a FIFA, mas até agora, nada foi fechado.

Intervalo 2:
A CBF confirmou nesta semana o 11° patrocinador da Seleção Brasileira de Futebol: a marca suíça de relógios Parmigiani. A empresa especializada em relógios de luxo pretende dobrar as suas vendas no Brasil, difícil meta para quem vende como produto mais barato um relógio de 5 mil dólares. A entidade nacional já tinha contratos com Nike, Itaú, Ambev, Tam, Procter & Gamble, Vivo, Marfrig, Nestlé, Pão de Açúcar e Volkswagen, mas já estuda abrir mais uma cota de patrocínio. Totalmente compreensível... Tem entrado pouco dinheiro na democrática entidade comandada por Ricardo Teixeira.

"E que goooool": Sem repetir o espírito guerreiro dos últimos jogos na Libertadores, o Fluminense foi presa fácil para o Libertad no Paraguai. O Flu tentou jogar com o regulamento embaixo do braço e o esquema extremamente defensivo foi o grande vilão da eliminação do time das Laranjeiras. Samudio, autor do segundo gol do Libertad, acertou um belo chute de fora da área e fez um dos mais belos gols da rodada. (Gol aparece a partir dos 56 segundos do vídeo abaixo)



"Pode isso, Arnaldo?":  Alecsandro, atacante do Vasco, recebeu cartão amarelo após comemorar seu gol na partida diante do Atlético-PR fazendo uma careta. A comemoração foi uma homenagem ao pai, Lela, ex-jogador do Coritiba, que comemorava da mesma maneira. Alecsandro está fora da partida de volta pela Copa do Brasil por ter recebido o terceiro cartão amarelo e o árbitro só não expulsou o jogador porque não foi chamado de bobo depois de ter visto uma careta tão feia.