segunda-feira, 27 de junho de 2011

Do pesadelo ao sonho. Em tarde perfeita, Corinthians atropela São Paulo e vê piadas mudarem de lado

Em foto que resume jogo, Liedson marca um de seus três gols na partida.
Goleada com direito a falha de Ceni fez a festa da torcida corintiana.
Ainda não inventaram nada mais surpreendente e capaz de conduzir torcedores do céu ao inferno, do dia para a noite, do que o futebol. O surgimento do inesperado nas mais adversas situações é um dos grandes prazeres do esporte que frequentemente faz pular coelhos da cartola para alegria de milhões de torcedores e tristeza de outros tantos.

São Paulo e Corinthians faziam o clássico pela sexta rodada do Brasileirão. Era o duelo de líder contra vice líder e em campo a disputa ia muito além dos três pontos e da briga pela primeira colocação. Como se não bastasse o contexto atual do Campeonato Brasileiro em que o São Paulo lidera após conseguir cinco vitórias consecutivas, a rivalidade do jogo extrapolava as dimensões das quatros linhas com as constantes disputas de bastidores entre tricolores e alvinegros.

A guerra entre São Paulo e Corinthians se transformou em uma batalha de egos entre Juvenal Juvêncio e Andrés Sanchez. Os mandatários querem mais do que colocar os estádios dos times que comandam na Copa de 2014 ou garantir a maior cota de patrocínio para suas equipes. A rivalidade entre os comandantes dos discursos prontos e recheados de alfinetes é cansativa e prejudicial aos clubes que perdem poder nesta briga sem fim. A intenção é mostrar quem manda e atrair a qualquer custa os holofotes da imprensa.

No gramado do apimentado e polêmico clássico, a disputa era dos garotos do São Paulo contra os já conhecidos nomes do Corinthians. Antes da bola rolar, apesar dos desfalques do lado tricolor, não era possível fazer nenhuma previsão. Poderia-se até arriscar algum palpite e apostar na experiência do lado alvinegro, mas o momento era o mais adequado para o discurso pronto do "respeito ao adversário" ou do "clássico não tem favorito". Aparentemente qualquer um poderia vencer, mas aí entrou em campo o tal inesperado do futebol.


REVEJA OS GOLS DA HISTÓRICA VITÓRIA CORINTIANA:




O jogo caminhava para um empate sonolento ou uma daquelas vitórias magras para qualquer um dos lados, resultado que já seria suficiente para uma piadinha com o rival no dia seguinte. A expulsão de Carlinhos Paraíba pelo lado são paulino e o gol de Danilo antes do primeiro minuto do segundo tempo, mudaram o tradicional formato burocrático de um clássico e fizeram da piadinha corintiana motivo de provocação para anos. Dominando a posse de bola e aproveitando-se da inexperiência do time são paulino, o Corinthians assumiu o comando do jogo e não teve dó. Jogou para massacrar, como qualquer torcida gosta de ver, passando por cima do adversário que se atordoava a cada gol tomado, sem nenhum poder de reação. Nos minutos finais da partida, a exibição de uma estatística resumiu o que foi o jogo. Chutes a gol: Corinthians 27 X 4 São Paulo, números que poderiam ter feito do placar uma goleada ainda mais histórica a favor do alvinegro.

Três meses após o último jogo entre São Paulo e Corinthians, vencido pelo tricolor com direito ao centésimo gol de Rogério Ceni, o alvinegro ganha de 5 a 0 do rival e lhe aplica a maior goleada do clássico em um Campeonato Brasileiro. A torcida corintiana que não podia ver Rogério Ceni nem pintado de ouro após o pesadelo do gol 100, sonhou nesta noite com as falhas do goleiro que deram um sabor especial a goleada. Liedson, que vinha em baixa, marcou logo três para evitar novas cornetas em preto e branco. Goleada histórica, falha feia do ídolo adversário e gritos de "olé" durante a maior parte do segundo tempo. Cenário perfeito para o torcedor corintiano que ainda comemorava os gols do Ceará na vitória sobre o Palmeiras anunciados nos alto falantes do Pacaembu.

O resultado histórico que orgulha a torcida alvinegra e provoca dor de cabeça nos tricolores, no entanto, não altera o cenário para o futuro da competição. Os dois times seguem como fortes candidatos ao título ou ao menos para vagas na Libertadores. O Corinthians foi extremamente superior e soube se aproveitar da fragilidade do adversário, mas deve manter os pés no chão já que hora ou outra o trabalho de Tite é contestado pela mídia assim como o de Carpegiani no São Paulo. Quase demitido após a eliminação na Copa do Brasil, o técnico tricolor conseguiu a sequência de vitórias e surpreendeu ao apostar nos jogadores da base do clube. Meses atrás, Tite também viveu o inferno ao ser eliminado pelo Tolima na pré-Libertadores.

Nem ao céu, nem ao inferno, São Paulo e Corinthians seguem seus destinos e tem grandes motivos para sonhar alto no Brasileiro. Mantendo a regularidade e impedindo a criação de crises que só servem para vender jornal ou provocar rival, os times já mostraram seus pontos fortes e devem dar continuidade aos trabalhos que vem sendo realizados. É hora dos times e técnicos aprenderem a lidar com o teletransporte do futebol. Ele existe, faz a festa de muita torcida e logo logo voltará a dar o ar da graça. E que graça!

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FRASES:

"Voltamos à nossa realidade. Não podemos iludir nossos torcedores. Conseguimos algumas vitórias, mas muitas vezes foi meio aos trancos e barrancos. Temos de colocar os pés no chão, porque não estávamos na realidade. Quarta-feira tem jogo de novo e não adianta ficar um jogando para cima do outro. Temos que novamente ser homens. É o momento de todo mundo estar junto porque precisamos recuperar" - Dagoberto tenta explicar o que aconteceu com São Paulo após a goleada. Apesar da declaração ocorrer em tom de desabafo, as palavras tiveram repercussão negativa entre dirigentes e torcedores do São Paulo que não encaram como realidade uma goleada de tamanha proporção para o rival.


"Não sabia que em São Paulo também tinha chororô... Pensei que fosse só no Rio...AQUI TEM UM BANDO DE LOUCOS...LOUCOS POR TI CORINTHIANS"- Emerson provoca São Paulo em seu Twitter após clube ter realizado críticas a arbitragem da partida.


"No futebol, a experiência é fundamental, mas ela não ganha jogo, senão eu ia me escalar. Com a minha experiência talvez eu pudesse suprir uns dois ou três jogadores" - Paulo César Carpegiani alega falta de experiência como fator determinante para o resultado. Rivaldo, mais uma vez, ficou no banco, mostrando não ser opção para o técnico.


"Deu para perceber que o São Paulo se entregou, diferente do que foi na Arena Barueri, quando competiram bastante. Lá, com um a menos, nossa equipe conseguiu marcar pressão e sufocar. Hoje, foi diferente. Dá para ver como é difícil jogar clássico com um a menos"- Chicão lembra derrota do Corinthians no jogo pelo Campeonato Paulista e comenta fraco desempenho do rival quando esteve com um a menos.


"Eu não vou dormir direito de contente, de feliz. Estou segurando aqui para não abrir demais o sorriso. Respeito o outro lado. A adrenalina está a milhão, o jogo passando na cabeça, os lances, o que falei no vestiário..."- Tite concede declaração após a goleada e demonstra preocupação em não causar polêmica.


"Tivemos uma tarde infeliz. Mas foram algumas situações que nos prejudicaram. Oito dos nossos jogadores ficaram fora. Estivemos bem nos cinco jogos anteriores, e esse foi um percalço, um ponto fora da curva. Não temos modificações a fazer" - João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do São Paulo, descarta qualquer alteração no time em razão do resultado contra o Corinthians.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Saiu na mídia: frases, narrações dos gols e vídeos do Santos tricampeão da Libertadores

Quais foram as declarações de Neymar e Ganso após o fim da partida? O que disse Muricy quando o juiz encerrou o jogo e a tão cobiçada Libertadores entrou para a sua extensa galeria de títulos? Confira as principais frases da conquista do Peixe.

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"Além de jogar o que ele joga, é um dos caras mais queridos do time. É um cara diferente. Jogou muito nessa noite" - Muricy Ramalho sobre o volante Arouca, decisivo na jogada do gol de Neymar que abriu o placar.

"Eu acho que o Santos mereceu o título porque tem jogadores diferentes. Tem uma diretoria legal, que acreditou no meu trabalho. Mas eu acho que eu merecia esse título. Estava engasgado. Todos os técnicos que já ganharam mereceram, mas eu também merecia. Estava brigando muito por isso. Tomei porrada, mas chegou minha vez, estou feliz" - Muricy Ramalho comemora o título da Libertadores e faz desabafo ainda dentro de campo após o final da partida.

 "É o titulo que marca a história dessa geração, desse grupo, que é vencedor. Essa é uma geração de vencedores, que honra sempre a camisa do Santos. Espero que a gente (ele e Neymar) possa conquistar mais títulos juntos" - Paulo Henrique Ganso destaca geração vitoriosa no Santos e diz querer ficar para novas conquistas. É o que espera a torcida santista...

"Isso é coisa de quem não sabe perder. Mas deixa esses caras para lá, o negócio agora é comemorar" - caçado em campo, Neymar criticou confusão no final da patrida e demonstrou maturidade ao não se envolver na briga.

"Ele tem que fazer mais de 1200 gols para isso" - Questionado a respeito da comparação entre Neymar e Pelé, o rei do futebol, concedeu mais uma de suas humildes declarações.

"Eu vou conversar com meu empresário (Luiz Taveira) para ver se consigo ficar mais um tempo, até o Mundial. Poxa, eu roí o osso com o time, e agora, na hora da picanha, vou ficar fora? Quero ver se ele conversa com o pessoal na Itália para ver se dá para ficar até o Mundial" - Zé Eduardo revela a vontade de ficar para o Mundial. A dúvida é saber se a torcida santista quer a sua permanência.

"Falei que ele poderia ficar aqui comendo seu arroz, feijão e farofa, que ele come, do que ir pra lá e passar frio, como o Robinho, tomando chopinho morno... aqui ele não correria esse risco" - Luís Álvaro Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, explicando como convenceu Neymar a permanecer no Santos e resistir às milionárias propostas de clubes europeus.

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Gosta da emoção das narrações no rádio? Não deixe de ouvir as jogadas dos gols que deram a terceira Libertadores ao Santos na voz dos principais locutores esportivos do rádio brasileiro.

Rádio Bandeirantes
Narração: José Silvério


Gol Neymar


Gol Danilo


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Rádio CBN
Narração: Deva Pascovitch


Escalação do Santos no grito da torcida



Gol Neymar


Gol Danilo


Áudio Especial: Santos tricampeão da Libertadores da América 


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Rádio Estadão ESPN
Narração: Cledi Oliveira


Gol Neymar


Gol Danilo



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Rádio Globo
Narração: Oscar Ulisses


Gol Neymar


Gol Danilo


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Rádio Jovem Pan
Narração: Nilson Cesar

Gol Neymar


Gol Danilo


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Imagens de bastidores: Momentos antes da decisão (vídeo oficial da Santos TV)




Os gols da partida




A festa dos jogadores após o apito final (vídeo oficial da Santos TV)




Homenagem de um dos patrocinadores do novo tricampeão da América (vídeo oficial da Santos TV)




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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santos vence Libertadores, põe fim à mito e traz esperança

Símbolo do atual grupo santista, Neymar é exemplo do futebol
alegre, ofensivo e de resultado. Foto: Reuters


A conquista do terceiro título santista na Libertadores desmente mais uma vez a descabida teoria que opõe futebol de resultado ao futebol arte. De um lado times guerreiros, brigadores, caracterizados por sua raça e pela capacidade de armarem verdadeiros ferrolhos defensivos para garantir placares de 1 a 0. No outro lado da teoria comparativa, surgem as equipes que jogam bonito mas na hora da decisão perdem para os tais raçudos capazes de derramar gotas de sangue pela vitória. 

A final entre Santos e Peñarol se encaixa perfeitamente nesta comparação. O Santos do futebol rápido, envolvente e de encher os olhos de quem gosta de um bom jogo, enfrentava o valente Peñarol, time que chegou à final sob os olhares desconfiados da crítica esportiva. 

Se a equipe uruguaia não tinha em seu time jogadores com a categoria de Paulo Henrique Ganso ou a habilidade de Neymar, abusava do sistema defensivo e do poder de marcação diante dos adversários. Assim como os defensores do futebol de resultado,  o time uruguaio não se importava com a forma que conseguia a vitória, desde que conseguisse conquistá-la. No sufoco e com boas doses de sorte, eliminou times de maior qualidade técnica como Internacional e Vélez Sarsfield e chegou merecidamente à final. Gostando ou não da forma de jogar do Peñarol, não se chega a uma final de um campeonato como a Libertadores sem competência.

Seguindo seu estilo de jogo, o Peñarol poderia ter conseguido mais uma vez superar um time tecnicamente melhor, mas encontrou pela frente um rival que combina características de um time campeão. Mesclando a juventude e habilidade de nomes como Neymar e Ganso e a experiência e liderança de jogadores como Elano, Leo e Edu Dracena, o Peixe aproveitou o fator casa para conquistar a Libertadores pela terceira vez e trazer um título que só o lendário time de Pelé havia conseguido na Vila Belmiro. Quem é santista e não viu Pelé jogar já pode dizer que viu seu time ganhar uma Libertadores. 

A festa merecidamente santista oferece motivos para que outras torcidas comemorem mais um título e o sucesso da geração comandada pela dupla Neymar e Ganso. A conquista do principal título do Santos desde os anos 60, mostra que é perfeitamente  possível unir habilidade e bom futebol com a vitória. O time da Vila mostra, mais uma vez, como conciliar técnica e resultado e que o futebol feio, mas de resultado, não é mais vantajoso do que o futebol arte. Unir técnica e resultado é missão complicada, trabalhosa, mas que se encaixou perfeitamente no time do Santos comandado por alguém que tem como lema o trabalho. Após tentativas frustradas, Muricy conquista a Libertadores e silencia os que o perseguiam com a fama de pé frio ou incompetente em torneios em fórmula de mata mata. Muricy venceu e fazendo o time jogar bonito, contrariando os que dizem que o técnico só sabe ganhar jogando feio.

A vitória do Santos é vitória para o futebol, para o esporte bem jogado e que encanta os olhos de quem assiste. Venceu a ousadia do atrevido Neymar, a categoria de Ganso, a dedicação de Arouca e a raça dos experientes Elano, Leo e Edu Dracena. O título santista é o reconhecimento do competente trabalho comandado pelo presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro que tanto se preocupa com estrutura, planejamento e prioriza as glórias do time antes de pensar no alto lucro que poderia obter com ele. Parabéns aos jogadores, comissão técnica, diretoria e funcionários que tanto trabalham nos bastidores para fazer com que o time entre em campo pronto para brilhar. Vencem aqueles que encantam no presente e são a esperança brasileira para 2014. Parece clichê de propaganda na TV, mas a vitória santista mostrou, definitivamente, que a festa deve ser de toda torcida brasileira.

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Santos: na hora da decisão o difícil é segurar a ansiedade

Véspera de final é aquele típico dia em que as horas demoram a passar e a ansiedade para que chegue logo a hora do jogo incomoda cada vez mais. Quanto maior a importância do campeonato, mais tenso e preocupado fica o torcedor. Resumidamente, é esse o sentimento do santista no dia que antecede o confronto decisivo com o Peñarol pela Libertadores.

Após conseguir um importante empate em Montevidéu, a expectativa para o jogo no Pacaembu é extremamente positiva. Paulo Henrique Ganso já teve a volta confirmada pelo departamento médico e muito provavelmente já começará como titular. Mais de 38 mil ingressos estão esgotados desde a terça-feira passada e a torcida santista promete fazer o "mar branco" nas arquibancadas, comparecendo usando o uniforme principal do Santos.

Apesar da óbvia motivação de todo o grupo em um jogo de tamanha importância, possibilitando que o jovem elenco santista consiga um título que não é conquistado na Vila desde os tempos de Pelé, dois nomes em especial podem coroar o grande trabalho que vem sendo realizado até aqui. O primeiro e mais evidente deles é Neymar. Destaque da campanha do Santos na Libertadores e decisivo em jogos importantes, a jóia da coroa santista vê na conquista da América a oportunidade de vencer o maior título de sua curta e vitoriosa carreira e se firmar como o grande nome do futebol nacional e esperança brasileira para 2014. Neymar já é realidade e não precisa provar o seu potencial como jogador, mas uma vitória na noite desta quarta evitaria a aparição de oportunistas que surgem nesses momentos com as velhas e descabidas críticas de "pipoqueiro" ou "amarelão".

Apesar do elenco santista estar repleto de grandes nomes, é aquele personagem que fica no banco de reservas sem nunca poder entrar em campo, que pode ser outra importante arma do Peixe. Muricy Ramalho, vice-campeão da Libertadores em 2006 com o São Paulo e quatro vezes campeão brasileiro nos últimos cinco anos, persegue o título para calar aqueles que o chamam de pé-frio em disputas de mata mata. Por mais que tente argumentar o contrário, Muricy aguarda essa final de Libertadores para por fim às críticas que tanto o incomodam desde os tempos em que estava no São Paulo. Muricy é outro que não tem mais nada a provar, mas o título continental seria a cereja do bolo para adoçar a boca daqueles que não perdem a oportunidade de lhe alfinetar.

O Santos tem mais time e precisa de uma vitória simples jogando em casa. Agora é ficar na contagem regressiva pelo jogo sabendo que não se ganha antes da hora e que não há jogo fácil em final de Libertadores. O Peñarol já eliminou adversários como Internacional e Velez Sarsfield, considerados favoritos antes da bola rolar... O clube uruguaio não é pentacampeão da Libertadores por acaso e vem ao Brasil na esperança de estragar a festa santista. Na hora da decisão o maior adversário do Santos é a própria ansiedade em repetir a conquista do lendário time de Pelé.

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Mano Brown fala da expectativa pelo título do Peixe

Torcedor fanático do Santos, Mano Brown, vocalista dos Racionais MC's, manda a sua mensagem de incentivo ao time e aposta na conquista do título em um jogo realizado na "humildade e não na arrogância". Material da TV Folha




Assessoria de imprensa divulga vídeo com imagens oficiais do primeiro jogo da final

O Santos TV, canal oficial de divulgação dos vídeos santistas no Youtube, divulgou imagens dos bastidores na viagem ao Uruguai para o primeiro confronto da final diante do Peñarol. Veja as cenas da delegação santista no tumultuado embarque, no desembarque em Montevidéu, hotel, reconhecimento de gramado e momentos do pré e pós jogo.

domingo, 19 de junho de 2011

Marcos não cobra pênalti e aumenta fama de santo

Era fim do primeiro tempo e o Palmeiras já ganhava de 4 a 0 do Avaí no Canindé. Bastaram 45 minutos para que o alviverde, alvo de constantes críticas da imprensa e da própria torcida, mostrasse que pode incomodar no Brasileirão. Embora o destaque da partida tenha sido o setor ofensivo e a bela atuação do contestado Luan, foi o nome de Marcos mais uma vez o assunto preferido da torcida e da imprensa após a vitória de 5 a 0.

Marcos quase não apareceu no jogo, mas realizou boas defesas quando exigido e garantiu tranquilidade ao Palmeiras no fim da primeira etapa. Aos 26 minutos do segundo tempo, porém, surge um pênalti para o time do Palestra. O jogo já estava quatro a zero, o Palmeiras jogava com o apoio da torcida, vive boa fase no Campeonato Brasileiro e Kléber, cobrador oficial de pênaltis no alviverde, começou a gesticular para que Marcos fosse realizar a cobrança... Tudo conspirava para que o goleiro realizasse o desejo de marcar um gol na carreira e sentisse a emoção de balançar as redes pela primeira vez justamente no ano em que anunciou que pretende se aposentar.

Por seu jeito humilde e tranquilo, Marcos não é do tipo que gosta de aparecer, mas roubou a cena de novo quando decidiu não bater o pênalti. Pensando no jovem goleiro do Avaí, Aleks de 20 anos, antes da sua própria vontade, o camisa 12 contrariou os jogadores do Palmeiras e os torcedores que pediam para o ídolo atravessar o campo para a cobrança.

Marcos não cobrou e não foi porque Felipão não permitiu. O goleiro não bateu porque pensou no adversário e viu que poderiam encarar a cobrança como uma forma de menosprezo ou humilhação ao Avaí. Marcos não é o cobrador oficial do time e não cobraria o pênalti se o jogo estivesse 0 a 0. Em uma atitude coerente e extremamente respeitosa, optou por não ir mesmo vencendo por 4 a 0. Mais uma vez o goleiro impressiona por seu profissionalismo e por suas atitudes que o consagraram na história alviverde.

Difícil encontrar algum jogador que teria pensado antes no adversário do que em sua própria glória. Mais difícil ainda é achar no futebol um jogador com a história e a personalidade de Marcos. Só podia ser coisa de santo...

Pênalti para o Palmeiras: jogadores e torcida pedem a cobrança de Marcos. Reveja a cena:




Marcos explica o motivo de não bater o pênalti (entrevista concedida à rádio CBN)

 


Após falar sobre a permanência de Kléber no Palmeiras, Felipão se irrita com possibilidade de Marcos cobrar o pênalti (entrevista concedida à rádio CBN)

sábado, 18 de junho de 2011

Uma camisa de peso! Em apresentação de uniforme manequim se quebra ao meio

Apresentação de uniforme é sempre um momento esperado pelos mais fanáticos torcedores de futebol. Por menor que seja a modificação, sempre há um novo motivo para adquirir o modelo da atual temporada do clube. Por isso sempre há uma festa de lançamento, música, modelos e o que for possível para atrair a atenção da mídia e da torcida.

Na apresentação da nova camisa do Partizan Belgrado, um dos principais clubes da Sérvia, um fato inusitado foi o responsável pela atenção da mídia. O manequim que servia de modelo para o uniforme se quebrou após a retirada do pano que o cobria, causando uma leve interrupção no coral que estava no evento. Passado o susto pela queda do manequim, o coral seguiu cantando como se nada tivesse acontecido...

Sem vendas nos olhos, Brasil vê prós e contras da Copa na África do Sul

A série especial exibida pelo Globo Esporte para mostrar a situação da África do Sul um ano após a Copa do Mundo é uma boa oportunidade para analisar o mundial no Brasil. Antes de sua realização, o evento já divide opiniões e desperta a preocupação dos brasileiros que sabem que falta muito para que o Brasil volte a sediar um mundial. Em meio aos atrasos nas obras, ao montante exagerado que será gasto para construir ou reformar estádios e a falta de estrutura em sistemas de transporte e hospedagem, as reportagens deixam um novo alerta para 2014. Quais os benefícios após o mundial?

As vantagens existem e não são poucas. A realização de uma Copa do Mundo exige muito mais do que estádios modernos e bons gramados para que a bola role. Um país sede de uma Copa deve se comprometer a investir em infraestrutura, estradas, aeroportos, rede hoteleira, hospitais, tudo para garantir que as cidades que sediarão o evento estejam preparadas para receber uma grande quantidade de turistas e visitantes em um curto período de tempo. O Brasil se modernizará muito ao sediar uma Copa e a infraestrutura das cidades sede será fortemente ampliada, ajudando milhões de pessoas quando o evento passar. O país torna-se alvo de investimentos, atrai novos negócios e turistas ao ser o centro das atenções mundiais durante um mês. O crescimento existe, como se vê no recente caso da África do Sul.

Por outro lado, uma série de perguntas surgem. Vale todo o sacrifício e investimento em um país que ainda tem tanto a melhorar em áreas como educação, saúde e segurança? É justo que a população pague esta conta quando já tem de arcar com uma das mais altas taxas tributárias do mundo? Como fiscalizar que o dinheiro está sendo bem empregado e que a Copa não será tema de mais uma das tantas CPI's que não resultaram em nada no Brasil?

Se a preocupação com os valores gastos já atormentava os brasileiros desde a decisão do país como sede do próximo mundial, imagine agora que especula-se a possibilidade de manter em sigilo as contas da Copa. As empresas que trabalham nas milhares de obras que ocorrerão até 2014 cobram o que querem, ninguém fica sabendo de nada e o pior, pagaremos a conta de tudo. A população só ficaria sabendo o que foi gasto quando a Copa passou. A proposta segue a linha do velho ditado popular e esconde as informações dos olhos brasileiros para que não se sintam mais prejudicados e enganados. Não há tempo há perder e não se pode atrasar ainda mais as já atrasadas obras. Depois que tudo estiver pronto e as caixas registradoras das empresas quebrarem com suas gavetas recheadas, que divulguem os preços...

A Copa do Mundo será no Brasil e não há como voltar atrás. Autoridades não aceitariam ser tachadas de incompetentes e incapazes ao desistirem de sediar o Mundial, fato que arranharia a imagem brasileira que tanto tem brilhado no exterior. A questão agora é fiscalizar e cobrar para que a população não veja essa conta multiplicar por inúmeras vezes quando forem tirar a venda que estão tentando colocar em seus olhos.

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Confira as reportagens sobre o pós-Copa na África do Sul exibidas pelo Globo Esporte:


O que deu certo:




O que deu errado:




Jabulani:




As marcas da Copa:

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Curtinhas Radiofônicas

Hora do Brasil: Após perder a disputa de transmissão do Campeonato Brasileiro no triênio 2012-2014 para a Globo, a Record resolveu saudar a emissora rival e o futebol brasileiro com uma série de reportagens especiais. "Cartolas: jogo sujo" está sendo exibida essa semana no principal telejornal da Record e as denúncias miram aqueles que boicotaram uma eventual transmissão do Brasileirão na emissora. O jornalismo praticado merece o reconhecimento por escancarar os escândalos que mancham o futebol nacional e ficam escondidos sob o sucesso que o esporte representa no Brasil. Pena só tomar essa decisão em um jogo de interesses tão sujo quanto a cartolagem que comanda o futebol nacional. Ao fim da série o Radinho de Pilha trará todas as reportagens em um único post.

Sem sintonia: Se a Record preparou a sua série de matérias de denúncia no futebol, a Globo não deixou por menos. O alvo, porém, é internacional. A emissora carioca exibiu na última semana reportagens que mostram a África do Sul um ano depois da Copa. Somente metade dos estádios são utilizados com frequência para jogos de futebol. O restante sofre com os altos custos de manutenção e tentam o proveito para jogos de rugby, esporte de maior popularidade no país. Até festival de vinhos já foi realizado no estádio de Porto Elizabeth, local onde a Holanda eliminou o Brasil. Tim tim, Manaus! Um brinde para a Copa que está por vir...

Chiadeira: "Tivemos uma 'trocança' na comissão técnica, e isso pode deixar o time mais motivado" - Souza, meia do Fluminense em entrevista após o fim da partida contra o Corinthians. Enquanto Professor Pasquale se desespera, o jogador comemora a chegada de Abel Braga com quem espera ter mais chances no time titular do Flu.

Intervalo: A publicidade no futebol brasileiro mostra seu espírito de coração de mãe. Procurando mais um espacinho para divulgar patrocinadores, o Náutico decidiu inovar e embutiu uma pequena tela de LCD aos microfones da sala de imprensa. Durante as coletivas o espaço divulgará algumas marcas que podem optar por contratar somente este espaço no marketing do Timbu.



Intervalo 2: Enquanto o Santos possui jogadores na reserva que ganham mais de R$100 mil e Neymar recebendo mais de R$500 mil por mês, o jogador de maior salário no Peñarol é o atacante Olivera. Artilheiro do time na Libertadores, o uruguaio embolsa R$30 mil mensais, quase 17 vezes a menos do que o craque do moicano loiro.

Rádio Pirata: Do comando do Tetra ao comando do Rio. Segundo informação da coluna "Gente Boa", do jornal O Globo, a dupla Romário e Bebeto planeja lançar candidatura para a prefeitura do Rio de Janeiro no próximo ano. Após ganhar destaque por convocar Ricardo Teixeira para depor sobre as denúncias de corrupção no futebol, o baixinho deputado federal constantemente reafirma seu compromisso com a política e os interesses do povo. Em tempo: Romário (deputado federal) seria o prefeito e Bebeto (deputado estadual) o vice. É claro, Peixe!

Pilha fraca: As eliminatórias para a Copa de 2014 começam nesta quarta-feira, dia 15/06. Montserrat e Belize, que ocupam respectivamente a 202ª (última posição) e 173ª no ranking da FIFA, fazem a primeira partida na disputa pelas 31 vagas para a Copa no Brasil, já que o Brasil como país sede está automaticamente classificado. Montserrat terá de mandar o jogo em Trinidad e Tobago, outra ilha na América Central, por não possuir um estádio no padrão mínimo exigido pela FIFA. Imperdível!

"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo": Dallas Mavericks, campeão da NBA. Melhor do que o Miami em toda a série final, o time do alemão Dirk Nowitzki fez mais uma grande partida na casa adversária e fez a festa do título pela primeira vez. LeBron James e Dwayne Wade que cantavam vitória antes da hora ainda viram Nowitzki ser o MVP (melhor jogador) das finais.

"E que goooool": O gol é a alegria do futebol, mas quando vem nos minutos finais fica incrivelmente melhor. Foi o que fez Alex, atacante do Botafogo, ao marcar o terceiro na vitória por 3 a 1 diante do Coritiba no Engenhão. Jogada em velocidade, drible e uma bomba certeira de fora da área. Um golaço!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Que golaço, só errou de lado!

O gol contra de Márcio Araújo no empate em 2 a 2 de Internacional e Palmeiras lembrou alguns outros gols que foram marcados com estilo em jogadas contra o patrimônio...

A briga nos vídeos abaixo é dura. Para você quem marcou o maior golaço contra?


Márcio Araújo | Internacional 2 X 2 Palmeiras | Campeonato Brasileiro 2011



Júnior Baiano | São Paulo 2 X 0 Flamengo | Campeonato Brasileiro 2005



Oséas | Palmeiras 1 X 1 Corinthians | Campeonato Paulista 1998



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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Button supera Vettel em dia em que a Fórmula 1 lembrou dos tempos de Piquet

A corrida em Montreal foi a confirmação que a Fórmula 1 na temporada 2011 está diferente e que a nova fórmula trouxe resultados. Apesar dos carros continuarem substituindo os pilotos como protagonistas, as mudanças realizadas no regulamento foram eficazes para tornar as disputas mais acirradas.

O que aconteceu no GP do Canadá foi uma corrida para agradar qualquer fã de automobilismo. Muitas ultrapassagens, trocas de posição, acidentes (sem feridos), várias paradas no pit stop e chuva, muita chuva... É fato que a parte mais interessante da corrida não foi transmitida por conta do conflito com a grade de programação da Globo. A forte quantidade de água que caiu durante a prova fez com que a prova fosse interrompida e deixasse de ser transmitida quando chegou a hora dos jogos do Campeonato Brasileiro. Durante alguns momentos da transmissão do futebol, a corrida dividiu a tela com as imagens do jogo, mas foi pouco para acompanhar tudo o que acontecia nas pistas após o fim da chuva. Só quando acabou o jogo de futebol é que a Fórmula 1 voltou a ocupar tela cheia...

Se 2011 também teve outras provas emocionantes, nenhuma foi tão ousada a ponto de relembrar o dia em que Piquet venceu Mansell na última volta. Button ultrapassou Vettel no finalzinho após parar 6 vezes para pit stop e se envolver em dois acidentes. O alemão, líder do campeonato, errou e permitiu a ultrapassem do inglês.  Histórica prova na Fórmula 1 que entediava até outro dia...

Confira a narração da última volta na voz de Everaldo Marques pela rádio Estadão ESPN.


 

Gostou da narração e ainda não viu a imagem da emocionante última volta no Canadá? Veja no vídeo abaixo.



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Cléber Machado comete nova gafe em transmissão e transforma o Rio Grande do Sul em país

Cléber Machado tem feito sucesso nas transmissões esportivas da Globo por uma característica que vai além de sua competência como narrador. O locutor global que trabalha principalmente nos jogos de futebol dos times paulistas tem cometido algumas gafes que não passam em branco em tempos de Youtube. Antigamente quem havia assistido ao jogo e visto algum erro da transmissão não tinha como provar o ocorrido. Eis que surgiu o Youtube para castigar a vida dos profissionais da televisão e repercutir o que havia sido visto por poucos.

Depois de dar um empurrão em Caio Ribeiro ao vivo e fazer alguns comentários inesperados durante as transmissões, Cléber cometeu outra gafe antes do jogo Internacional X Palmeiras, no Beira Rio. “E agora como manda a lei aqui no Rio Grande Sul, a execução do hino nacional do Estado do Rio Grande do Sul”. O equívoco do narrador ajudou o sonho daqueles rio-grandenses que gostariam de ver o estado separado do Brasil.

Em tempo: Se já era contestável a execução do hino nacional em todas as partidas de futebol do Campeonato Brasileiro, imagine ouvir em seguida o hino de cada estado, seja ele qual for. A banalização é prejudicial a um dos principais símbolos de uma nação.




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domingo, 12 de junho de 2011

Vendendo emoções ou causando irritações, Galvão Bueno segue fazendo sucesso


U
ma das coisas que sempre me incomodou foi o fato da crítica sem embasamento ou aquela que surge em um modismo. Não é difícil encontrar este tipo de comentário nos tempos das redes sociais e do grande uso da internet como ferramenta de comunicação.

Há um ano, durante a Copa do Mundo na África do Sul, a campanha "Cala a Boca Galvão" foi um dos assuntos mais comentados no Twitter. A expressão foi citada por usuários do microblog que aderiram ao movimento que supostamente salvaria uma espécie de ave brasileira. Um factóide criado e amplamente divulgado pela imprensa internacional. Ideia inteligente para fazer com que estrangeiros divulgassem a campanha, mas questionável a respeito de sua validade.

Em outras oportunidades Galvão também não foi perdoado por aqueles que acompanham as transmissões globais ou que estão em algum evento esportivo com a narração do principal locutor da Rede Globo. Desqualificado em muitos comentários e muitas vezes ofendido através de cantos com xingamentos nos estádios, Galvão sempre reagiu da melhor forma possível. Jamais rebateu as críticas de maneira ofensiva e as ignorou em outras tantas oportunidades. Não havia porque ser diferente uma vez que é minoria a parcela dos que seguem esporte e criticam inadvertidamente um dos principais narradores esportivos da TV brasileira.

A essa altura do post você deve estar se perguntando: mas afinal, porque escrevo para defender Galvão Bueno? A explicação é simples apesar de exigir mais alguns minutinhos da sua leitura. Um dos assuntos mais comentados da última semana foi a despedida de Ronaldo da Seleção Brasileira. A expectativa pelo último jogo do Fenômeno era imensa e quase sempre vinha acompanhada de outro comentário: "quero ver o Galvão narrando" dizia um amigo. "O Galvão transmitindo vai ser demais", dizia outro. Na internet li outras opiniões sobre o narrador pelas redes sociais: "O Galvão vai chorar se o Ronaldo marcar" previam alguns internautas pelo twitter horas antes da partida.

A espera pela narração de Galvão Bueno se resume ao fato que o narrador é acionado pela Globo para grandes eventos esportivos. Sem nenhum menosprezo às competições regionais, todo o currículo de Galvão o credencia para o principal do mundo do esporte. Jogos da Seleção Brasileira, finais internacionais de campeonatos de futebol como a Libertadores e o Mundial de Clubes, corridas de Fórmula 1, decisões no vôlei, Jogos Olímpicos, Copa do Mundo... Se tem evento decisivo e de atenção nacional, lá está Galvão com sua inconfundível voz e seu ufanismo capaz de animar o mais desacreditado torcedor brasileiro.

Galvão Bueno ao lado de Pelé na Copa de 1994. Apesar de algumas broncas com os
comentários do Rei, Galvão se consagrou ao narrar a conquista do Tetra aos gritos.

Quando entrevistado, Galvão costuma se referir a si próprio como um "vendedor de emoções". Faz sentido. Quem acompanhou as transmissões esportivas do Tetra em 94 e do Penta em 2002, além das vitórias de Ayrton Senna na Fórmula 1, sabe bem que o narrador é capaz de emocionar. Galvão é um dos profissionais da imprensa esportiva que apoia a ideia do narrador-torcedor, completamente aceitável para eventos capazes de unir a nação brasileira. Por também torcer pode ser que Galvão incomode. Sem limitar-se ao papel de dizer o que acontece em campo, nas pistas ou quadras, o narrador critica, reclama, cobra resultado e elogia incansávelmente (que o digam Ronaldo e Ayrton Senna para citar poucos nomes). É fato que também exagera e faz alguns comentários equivocados, algo compreensível para quem torce ao vivo diante de milhões de telespectadores.

Apesar das críticas ao nacionalismo de Galvão (talvez ainda mais verde amarelo do que o "Galvão Bird" criado na campanha do Twitter no ano passado), é o lado torcedor que o diferencia. É essa característica que transmite a emoção, produto "vendido" pelo locutor. Na esperança de ver a torcida de Galvão pelo gol de Ronaldo é que muitos assistiram a última partida do Fenômeno. Muita gente apostou no último grito de "Ronaldinho" com aquele erre extremamente prolongado que ajudou a consagrar suas narrações da Seleção. Para aqueles que sentirão falta do erre prolongado do marcante "Ronaldinho", Galvão já mostrou inúmeras vezes seu poder de renovação para criar bordões. Não podendo gritar mais o nome do maior artilheiro das copas, o erre continua a ser empregado para outros esportistas que tem o nome iniciado pela letra. Se não tiver mais erre, emoção não irá faltar, "haja coração, amigo!".

Fica o reconhecimento ao melhor narrador esportivo da TV que acompanho em quase duas décadas de transmissões esportivas. Galvão está sujeito às críticas, como qualquer outro, só não concordo com comentários que surgem com os modismos daqueles que se irritam com o sucesso alheio.


Relembre alguns momentos que foram eternizados na voz do narrador:














Se Galvão protagonizou momentos históricos com sua voz, também cometeu diversas gafes no ar. Relembre algumas delas.












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sábado, 11 de junho de 2011

Soltando o grito entalado, Vasco conquista a Copa do Brasil

A conquista da Copa do Brasil fez muito bem ao Vasco da Gama e veio em mais do que esperada hora. Sem ganhar um título de expressão desde o Campeonato Brasileiro de 2000, o time de São Januário honrou sua tradição de gigante ao conseguir o resultado suficiente diante do Coritiba no lotado Couto Pereira.

"O sentimento não pode parar"foi uma das frases mais ditas por vascaínos desde a queda para a Série B. Explosão de alegria pelo título mostra que o sentimento nunca parou.

A pressão existente sobre o time do Vasco não poderia ser maior. Após anos de mau desempenho no futebol devido à péssima gestão de Eurico Miranda, escândalos de desvio de verba do clube, rebaixamento para a série B e desconfiança sobre o atual comando de Roberto Dinamite, o Vasco se reergueu. Mostrou a superação e união do elenco que deixava muita gente em dúvida no meio futebolístico. Que o digam Alecsandro, Diego Souza, Éder Luis e o técnico Ricardo Gomes, casos marcantes de profissionais que foram "convidados a se retirar" de seus antigos clubes por deficiência técnica. No Vasco campeão, foram nomes essenciais na campanha do título.

O Vascão (com aquele "s" que mais se assemelha a um "x", forma como diria um fanático torcedor do clube com sotaque carioca) já começa a demonstrar o resultado da administração de Dinamite. O time já está classificado para a Copa Libertadores 2012 e poderá contar em breve com o retorno do ídolo Juninho Pernambucano aos gramados. A maré está em alta para a nau cruzmaltina, uma embarcação que já nasceu com o orgulho de estampar uma faixa no peito.

Em tempo: espera-se que diretoria e elenco vascaínos saibam aproveitar o Campeonato Brasileiro para se preparar para a Copa Libertadores do ano que vem. O discurso "já estou na Libertadores" já mostrou que não contribui em nada com os vencedores da Copa do Brasil. Passada a semana de justa e merecida festa em São Januário, o Vasco deve disputar o Campeonato Brasileiro com o foco e a determinação que o levaram a conquista. O objetivo é mais um título sempre. Não sendo possível, que o Vasco fique entre os classificados para a Libertadores e possa se dar ao luxo de menosprezar a vaga para ter uma boa piada para contar aos rivais...

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Festa no centro do Rio de Janeiro:
Ônibus do Vasco é cercado de torcedores e multidão faz a festa no centro da cidade. Para completar a festa, faltou o tradiconal desfile em carro aberto do Corpo de Bombeiros devido à justa greve da corporação por melhor remuneração do que os atuais R$950.



Festa em São Januário:
Estádio vascaíno recebeu milhares de torcedores na comemoração do título. Torcida recepcionou time no aeroporto, o seguiu pelo Rio de Janeiro e se concentrou em São Januário.



Como começou a festa:
Veja os gols de Coritiba 3 x 2 Vasco. Apesar da derrota, time cruzmaltino levou a melhor por ter feito dois gols fora de casa após ganhar o primeiro confronto das finais por 1 a 0. Não faltou raça e empenho das duas equipes no jogo do Couto Pereira.




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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Campanha: Ronald, põe o vídeo do seu pai no Youtube!

A despedida foi de Ronaldo, mas o camisa 9 da Seleção não brilhou sozinho em frente às câmeras. O ídolo da Seleção deu a volta olímpica no Pacaembu acompanhado dos filhos Ronald e Alex. Com uma câmera nas mãos, Ronald saiu filmando o pai na histórica noite para o futebol.

Você também gostaria de ver as imagens de bastidores da câmera de Ronald? Faça parte da campanha "Ronald, põe o vídeo do seu pai no Youtube!" e ajude a divulgar. Diferentemente do pequeno Alex, Ronald já sabe usar o computador e teria condições de disponibilizar esse vídeo para os milhões de fãs que o pai tem espalhados pelo mundo...

Temos certeza que você foi um bom cinegrafista, Ronald! Mostre pra gente o seu vídeo que você ganha uma entrevista exclusiva aqui no Radinho!

Ronaldo se despede da Seleção e aumenta o coro dos saudosistas na amarelinha

A despedida de Ronaldo da Seleção Brasileira emocionou os fãs do futebol na fria noite no Pacaembu. O amistoso com a Romênia serviu somente de pano de fundo para o último jogo do atacante que eternizou a camisa 9 amarelinha. Quem teve a oportunidade de acompanhar a carreira de Ronaldo, torceu como se fosse em um jogo de Copa para que o Fenômeno marcasse o seu último gol pela Seleção. A festa estava pronta, só esqueceram de avisar o tal goleiro romeno Tatarusanu, o penetra na festa brasileira.

No jogo em que a Seleção voltou a decepcionar com seu fraco futebol, Ronaldo participou de três das melhores chances de gol do Brasil. Duas boas finalizações e um outro chute digno de uma ironia do narrador Milton Leite, é verdade... Mas parando para pensar que Ronaldo não participava de um jogo oficial há quase quatro meses e que está completamente fora de forma, o posicionamento e as duas boas finalizações a gol mostram que aquele que é rei jamais perde a majestade, com a licença do dito popular concedida por Pelé.

Neymar, Paulo Henrique Ganso e Lucas mostram mais uma vez o incrível poder de renovação do futebol brasileiro. Somente novas conquistas irão consagrar a atual geração da amarelinha e, enquanto elas não chegam, muita gente irá reclamar a ausência de Ronaldo na Seleção Brasileira. A despedida do Fenômeno inicia uma nova fase de nostalgia no futebol brasileiro. Aqueles que reclamam que nunca mais a Seleção terá um Pelé, um Garrincha ou um Zico, serão reforçados pelo coro daqueles que não verão um outro atacante como Ronaldo.

Dificilmente o Brasil voltará a ter um camisa 9 como Ronaldo... Sua história impressiona pela capacidade de recuperação e o poder de dar a volta por cima. A única afirmação que pode ser feita dois dias após o adeus oficial do Fenômeno é que o futebol brasileiro não tem um atacante que possa ser comparado a ele e que, sem nenhuma dúvida, os fãs de futebol espalhados pelo mundo sentirão sua falta.

Algumas lembranças fenomenais:

Golaços, dribles e alguns lances que marcaram a carreira de Ronaldo:













A revolução na propaganda:

Ronaldo superou as barreiras do esporte e marcou também o mundo da publicidade. Relembre algumas das campanhas publicitárias que utilizaram a imagem de superação e habilidade do Fenômeno.













A emoção dos gols de Ronaldo que trouxeram o Penta nas ondas do rádio

Em seu estilo inconfundível, José Silvério narrou os dois gols marcados por Ronaldo na final da Copa do Mundo de 2002 contra a Alemanha. Ouça nos arquivos abaixo.

Primeiro gol:

Gol 1 - Brasil X Alemanha - Copa 2002 - Ronaldo
Segundo gol:

Gol 2 - Brasil X Alemanha - Copa 2002 - Ronaldo

A frase:
''Desculpem, eu tive três chances de gol e não consegui marcar aqui, o que seria uma simples retribuição a tudo o que vocês fizeram por mim em toda a minha carreira. Muito obrigado e até breve, mas dessa vez fora dos campos'' - demonstrando a humildade que marcou sua trajetória no futebol, Ronaldo se despede da Seleção.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Luís Fabiano não marca data para retorno mas promete calar os críticos

Luís Fabiano chegou como a esperança de gols ao São Paulo. Sem um no "matador" no elenco, o jogador veio para suprir a carência que o time tinha de um homem de área e a deficiência nas finalizações que colaborou com a eliminação tricolor no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil. O São Paulo criava boas chances mas não as convertia em gol. 

A diretoria anunciou, a torcida comemorou, mas o atacante ainda não jogou. Após duas tentativas frustradas para retornar ao Morumbi e dois meses passados após a contração, dirigentes e membros do departamento médico do São Paulo preferem não anunciar nova data para a reestreia do atacante. Não querem frustrar a torcida e muito menos responsabilizar o centro de reabilitação esportiva do clube que foi referência nos últimos anos e vem sofrendo diversas críticas pelas contusões dos atletas são paulinos em 2011.

Em entrevista à repórter Natalie Gedra, da Band, Luís Fabiano falou sobre seu retorno e, justificando sua fama polêmica, prometeu "calar muitas bocas", referindo-se àqueles que não acreditam que voltará a jogar futebol em alto nível e que sua carreira está comprometida pela contusão.

Se por um lado a etapa de recuperação do jogador foi mais longa do que se esperava, por outro a volta do atacante aos gramados é uma ótima notícia para a torcida são-paulina. Pela carreira e pela força de vontade demonstrada, é melhor não apostar contra aquele que muitos chamam de "Fabuloso".


sábado, 4 de junho de 2011

Mustafá tira foco do futebol do Palmeiras e desagrada a torcida mais uma vez

Mustafá Contursi, presidente do Palmeiras entre 1993 e 2005, apareceu em um vídeo da internet fazendo mais uma de suas declarações que despertam a ira da maior parte da torcida alviverde.

Conhecido por suas opiniões polêmicas e pela política do "bom e barato" que levou o Palmeiras ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro em 2002, o ex-presidente tropeçou nas palavras e acabou dizendo que  o clube social é a razão de existência do Palmeiras e não o departamento de futebol, responsável por quase 90% da receita do clube. Quando questionado sobre a declaração, tentou se explicar. De qualquer forma, seu histórico deixa a dúvida sobre a frase: o ex-presidente se enganou ou acabou cometendo um ato falho?

Recentemente Mustafá concedeu entrevistas criticando as obras da Arena Palestra e o mandato do ex-presidente Belluzzo, dois temas de avaliação positiva por maior parte da torcida. Para o ex-mandatário alviverde, o departamento de futebol deveria receber um investimento menor para que as dívidas do clube fossem reduzidas. Vivenciando anos sem títulos de grande expressão, reduzir os investimentos no time de futebol é tudo que a torcida menos espera. Se não quiser se queimar com a torcida, é melhor que Arnaldo Tirone, atual presidente do Palmeiras e aliado político de Mustafá, não dê ouvidos às suas declarações.



Mas afinal, qual foi a explicação de Mustafá?
O vídeo acima que circula pela internet não foi disponibilizado na íntegra. Confira a sequência da declaração em matéria divulgada pelo portal IG:

“Não. Quero me explicar. O clube social é centralizador da administração do clube. Hoje, ele está separado em dois bolsões, com uma empresa com direito ao uso da superfície sob uma área, dividindo o clube em duas partes e não teríamos acesso de uma parte a outra. Fator mais grave: eles podem transferir esse contrato para qualquer outra empresa. Está aqui nos documentos. Ou eles ou qualquer outra empresa podem impedir a ligação entre as duas partes do clube, se houver qualquer divergência ou conflito. E isso foi debatido, entre outras coisas menores” - concluiu Mustafá ao direcionar nova crítica à WTorre, empresa que realiza as obras da Arena Palestra.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Em meio a crise na FIFA, Blatter é reeleito e futebol sai perdendo

As intensas denúncias de corrupção e falta de transparência na FIFA não interferiram na reeleição de Joseph Blatter para a presidência da entidade máxima do futebol. Eleito pela quarta vez, Blatter completará ao final do próximo mandato nada mais do que 17 anos comandando o mundo da mais famosa bola do meio esportivo. Neste período, denúncias dos mais variados tipos apareceram. Compra de votos para a escolha de mundiais, recebimento de propina para beneficiar entidades, desvio de verbas, contratos irregulares com empresas de marketing esportivo, nepotismo... Notícias que relacionam a FIFA à corrupção não faltaram nos últimos anos e, recentemente, voltaram a ganhar espaço na mídia.

Blatter concorreu sozinho nestas últimas eleições. Bin Hammam, ex-presidente da Conderação Asiática de Futebol e único candidato adversário, passou a ser investigado pelo comitê de Ética da FIFA às vésperas da votação após suspeita de compra de votos, fato que suspendeu a sua candidatura à presidência. Se com algum concorrente já era difícil ver a FIFA sem Blatter, a ausência de adversários tornou a possibilidade praticamente impossível. Apesar de improvável, não houve esforço em uma massiva votação em branco para anular as eleições. A Federação Inglesa de Futebol, inconformada com a perda do mundial de 2018 para a Rússia, conseguiu o apoio de mais poucos aliados na tentativa de anular a disputa que registrou 186 votos a favor de Blatter e 17 em branco.

Reeleito, o mandatário já tenta apagar o incêndio que tomou conta da FIFA após as últimas denúncias e fala em uma "nova era" na entidade, mais transparente e com a política de tolerância zero para casos de corrupção. Não dá para acreditar em novos tempos com o "Capitão Blatter", forma como referiu a si próprio ao dizer que estava preparado para uma mudança no "navio FIFA que navegava por águas turbulentas".

A tripulação do "navio" não pode reclamar do comandante quando tem condições para tirá-lo do poder antes que se perca em alto mar, mas não o faz. A chance de renovar a entidade máxima do futebol acabou de passar na frente de tantas federações que reclamam da falta de transparência e da forma como o esporte é conduzido atualmente. Quem votou pela permanência de Blatter é a favor do continuísmo do modelo de gestão adotado ou então possui outros motivos, mais precisamente em formato de cifras. Infelizmente, analisando o cenário da FIFA, tudo leva a crer mais na segunda opção...


Alvo de perguntas sobre as denúncias de corrupção, Blatter adota o silêncio e se irrita com jornalistas que insistem no tema

quarta-feira, 1 de junho de 2011

53 gols em 55 jogos: imagens de Messi dificultam o uso de palavras


N
ão sou daqueles que concordam com o velho provérbio que diz uma imagem ter maior valor do que mil palavras. Como um jornalista, fã de bons textos e grandes histórias, seria difícil aceitar tal afirmação como verdade absoluta na era em que as mais diversas tecnologias permitem a alteração de uma imagem.

No entanto, deixando o amor pelas palavras de lado, não dá para negar que o ditado tem lá sua razão quando analisamos algumas situações em específico. Há tempos tenho pensado em como criar um texto para o Radinho para descrever o futebol apresentado por Messi... Como é difícil ter que traduzir em palavras, sem cair no senso comum, a história que o argentino vem escrevendo no futebol. Após o Barcelona conquistar mais um Campeonato Espanhol e outra Champions League, não teve jeito: tive que encontrar uma forma de descrever o sucesso estrondoso do camisa 10.

Quantas não foram as matérias em jornais, revistas ou sites de esporte que reverenciaram o futebol de Messi e o compararam a Maradona? E os cronistas esportivos, difícil lembrar de algum que não rasgou elogios ao argentino... Quanto aos fãs de futebol, os que não viram Pelé afirmam que o meia é o maior jogador da história do esporte. Quem viu, já o compara a Maradona, mas continua a dizer que ninguém se iguala ou se igualará ao Rei do futebol.

Falar da genialidade de Messi é falar da forma como arranca com a bola e a conduz rente aos pés, dos dribles desconcertantes e humilhantes que aplica nos defensores adversários, dos chutes precisos e colocados que não dão chance para os goleiros. Aliada a essas e outras características de quem parece ter nascido para jogar bola, o argentino possui visão de jogo invejável. Como é bom ver um lançamento que coloca um companheiro de time na cara do gol ou uma tabela que, de tão entrosada, parece jogada de videogame.

3 Champions League, 1 Mundial de Clubes, 5 títulos espanhóis, 4 Supercopas da Espanha pelo Barcelona e 1 Mundial Sub-20 e 1 título Olímpico pela Seleção Argentina... Tudo isso com 23 anos. Descrever o vasto repertório de títulos e jogadas de Messi é realmente tarefa complicada para as palavras. Desta forma, recomendo o vídeo abaixo com todos os gols feitos pelo camisa 10 do Barcelona na temporada 2010-2011. Encontrei um bom exemplo para mostrar que toda regra tem sua exceção e, desta vez, não teve como não optar pela imagem.