sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A reciprocidade na espera entre Luís Fabiano e São Paulo

Contratação mais cara do futebol brasileiro em 2011, Luís Fabiano foi anunciado de volta ao São Paulo por R$17 milhões no mês de março. Ninguém esperava, foi tudo na surdina e quando o retorno do "Fabuloso", principal atacante da Seleção Brasileira na última Copa, foi confirmado pela diretoria são paulina, torcedores do time do Morumbi pareciam não acreditar... Consagrado na história tricolor, Luís Fabiano sempre foi o jogador que a torcida quis ver de volta.

E o retorno que parecia estar tão perto levou 6 meses para acontecer... Depois de anunciar a reestreia do atacante em duas oportunidades, médicos do São Paulo preferiram trabalhar em silêncio. A recuperação de Luís Fabiano levou muito mais tempo do que se previa, frustrando torcida, diretoria e o próprio atacante, ansioso para voltar a campo e defender a camisa do clube que se diz apaixonado. Apesar de não reconhecer, o reformulado departamento médico do São Paulo, diferente daquele tão elogiado nos últimos anos, falhou.

Depois de uma longa espera, Luís Fabiano volta ao São Paulo neste domingo, contra o Flamengo. Adilson Batista já confirmou que o atacante será escalado desde o começo do jogo e o jogador disse ter condições de jogar os 90 minutos. Luís Fabiano chega para ser o camisa 9 que o time não tem, a referência ofensiva que fez falta durante toda a temporada 2011.

Muito se espera de Luís Fabiano no São Paulo. O atacante espera voltar a atuar em alto nível, fato que, se confirmado, deve colocá-lo de volta na Seleção Brasileira e lhe dar grandes oportunidades de defender a amarelinha em 2014. Torcida e diretoria esperam que o "Fabuloso" seja um misto entre o principal e mais efetivo atacante da Seleção na era Dunga e aquele que foi o raçudo e dedicado atacante do São Paulo entre 2001 e 2004.

Se o retorno de Luís Fabiano corresponder a expectativa que foi depositada em sua volta ao time do Morumbi, a chance da torcida são paulina comemorar o título brasileiro é enorme...


Em entrevista exclusiva ao Globo Esporte, o atacante fala da expectativa finalmente voltar a jogar:




Lembra dessa? Pela Libertadores 2004, Luís Fabiano marca contra a LDU e provoca adversário:

Torcida paraense emociona no Hino Nacional em jogo da Seleção

Para quem não tinha visto, o vídeo abaixo mostra a execução do Hino Nacional e a torcida brasileira em Belém dando um show na última quarta-feira, pelo tal "Superclássico das Américas". Um show na voz do povo paraense e uma verdadeira aula para Vanusa...

domingo, 18 de setembro de 2011

Ainda sobre a lambreta...

Todo mundo já comentou, elogiou e reverenciou a jogada de Leandro Damião que quase resultou em um gol épico no sonolento jogo entre Argentina e Brasil. Isolado, o lance foi o único digno do tal "Superclássico das Américas" promovido pela Conmebol. A bola merecia ter entrado pelo talento e simplicidade de um jogador que se preocupa em jogar bola e nada mais. Por outro lado, o tal Superclássico e toda a sua chatice e realização puramente marketeira não mereciam um gol como aquele...

Lambreta, carretilha, chaleira... A jogada conhecida por diversos nomes (exceto por "bicicleta" como disse Galvão Bueno na hora do jogo) ganhou aplausos dos próprios argentinos, algo impensável caso um hermano tivesse feito o drible em cima de um jogador com a amarelinha em território brasileiro. A imprensa argentina repercutiu e o Internacional aproveitou para lançar até uma camisa sobre o lance que entrou para a história do futebol ainda que a bola não tenha tocado a rede.


Lambreta sim, bicicleta não, Galvão:




Locutor argentino destaca lance de Damião durante a narração do jogo: 

sábado, 17 de setembro de 2011

Ribeirão pode voltar ao basquete para atormentar e ajudar Franca




Reprodução de texto que escrevi para o portal GCN.net:

O presidente do Sistema COC de Ensino, Chaim Zaher, afirmou ao portal EPTV.com ter interesse em promover o retorno da equipe de basquete masculino em Ribeirão Preto. A possibilidade anima os moradores da cidade que gostam do esporte e acompanharam o sucesso do time que, em 10 anos de existência (1996-2006), conquistou um título brasileiro e foi pentacampeão paulista de forma consecutiva

O interesse de Zaher coincide com o bom momento vivido pelo basquete brasileiro. A nova administração da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), a repercussão alcançada pelo campeonato do Novo Basquete Brasil (NBB) e o maior espaço concedido ao esporte na Rede Globo animam o empresário. A maior preocupação de Zaher, no entanto, são os altos investimentos realizados pelas equipes que disputam o NBB.

“Os salários estão altos, alguns clubes estão fazendo loucuras, como trazer jogadores da NBA para jogar aqui. E eu só volto se tiver condições de brigar para ser campeão, por isso, preciso saber o tamanho do investimento. A montagem, ou não, da equipe vai depender da verba disponível do COC para 2012”, analisou Zaher ao EPTV.com.

Jogadores consagrados pela equipe de Ribeirão, como os alas Alex e Arthur, o armador Nezinho e o pivô Rafael Hettsheimmeir, já teriam confirmado o interesse em retornar a equipe caso o time de Ribeirão volte em 2012. Lula Ferreira, técnico do COC/Ribeirão de 2000 a 2006, seria a primeira opção de Zaher para o comando da equipe.

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A notícia de uma provável volta de Ribeirão deixou o torcedor do basquete francano dividido. Muitos não podem nem ouvir falar no rival e acham que o time fechado vai bem, obrigado. Sou da outra corrente.

Vejo o retorno do COC/Ribeirão com bons olhos e acredito que um novo time na NBB, com estrutura forte e capacidade de conquista de títulos, enriqueceria ainda mais o basquete brasileiro. Para Franca é a volta de um rival que protagonizou batalhas épicas no Pedrocão ou na Cava do Bosque. A rivalidade regional é benéfica para as duas equipes e ainda um fator de incentivo para que os times se reforcem e se preparem ainda mais para os campeonatos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Hélio Rubens cobra e Franca Basquete vence Inter/Santos por 32 pontos de diferença




Estive na noite desta quinta-feira no ginásio da Unifran para cobrir o jogo entre o Vivo/Franca x Internacional/Santos. Como era de se esperar, Franca não teve dificuldades para superar o time da baixada que está entre as últimas posições da chave A do Campeonato Paulista de Basquete Masculino. A vitória por 95 a 63 foi evidente para mostrar a diferença técnica entre as equipes.

O fator de destaque, no entanto, não foi a larga vitória do time de Franca. Apesar de ainda estar em fase de formação, a equipe francana mostrou que pode incomodar muito mais pela forma com que construiu o resultado do que pelo placar final em si. Na noite em que Babby marcou 16 pontos e pegou 10 rebotes, marcando seu segundo double double consecutivo, Helinho e Márcio Dornelles também anotaram 16 pontos e tiveram destaque na partida.

Vendo seus comandados dominarem o jogo, Hélio Rubens não se acomodou. O técnico sabia da fragilidade do adversário e que não seria preciso muito esforço para vencer a equipe de Santos jogando em casa. Avesso ao comodismo e à apatia que muitas vezes domina quem está por cima, Hélio resolveu aproveitar o jogo para treinar sua equipe, não permitindo nenhuma espécie de menosprezo ao rival que jogava com respeito e lealdade.

Após os dois primeiros quartos, quando optou por jogar a maior parte do tempo com Helinho, Fernando Penna, Márcio Dornelles, Wanderson e Babby (grupo considerado titular), Hélio utilizou os últimos dois períodos do jogo para dar chances aos jogadores do banco e testar novas formações em quadra. No último quarto foi a hora de colocar os jovens da base Felipe Taddei, Leonardo Meindl e Lucas Mariano.

Sem grandes preocupações, Franca ia vencendo a partida. Faltando pouco menos de 7 minutos para o fim do jogo, após uma bola embaixo da cesta não ser convertida pelo pivô Ricardo Probst, Hélio se desesperou e pediu tempo. Os francanos venciam por 69 a 42, mas para o técnico não era o resultado numérico o que importava. "Acha que essa vitória está boa como está? Não sou eu quem está insatisfeito com o que está acontecendo. São vocês quem tem que se cobrar. Não dá para perder uma bola debaixo da cesta", esbravejava o treinador diante de um grupo que parecia compreender o recado. Os gritos e palmas após as palavras do chefe davam o tom de aprovação.

Sei que muita gente encara a cobrança como um excesso, como chatice. Penso de outra forma. Aliás, completamente. Mais uma vez vi na cobrança de Hélio o pedido de alguém que sabe que pode extrair o melhor de seus comandados. Não há porque se acomodar com uma vitória de 20 quando se pode trabalhar para conseguir uma diferença de 30 pontos. Mais do que a questão numérica, o que valeu foi o empenho, a dedicação. Técnicos vitoriosos sabem que um time que briga por grandes conquistas jamais pode se deixar tomar pelo comodismo.

O time de Franca começa a engrenar no campeonato, mas no que depender da vontade de Hélio e da cobrança gerada entre a equipe, o time pode sonhar com objetivos mais altos. Falta muito, mas é bom lembrar que o NBB está vindo aí...


Ouça as entrevistas realizadas no pós jogo. 

Rafael Babby, pivô de Franca, comenta a evolução da equipe e a preocupação de Hélio Rubens com o setor defensivo:

Babby / Franca Basquete - Franca 95 x 63 Inter/Santos - Paulista 2011 by lucas_diniz


Helinho, armador de Franca, fala da expectativa para os próximos jogos e afirma estar 100% após ter sofrido choque em treino da última terça-feira:

Helinho / Franca Basquete - Franca 95 x 63 Inter/Santos - Paulista 2011 by lucas_diniz


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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Italiano enlouquece na TV após gol do Milan. E no Brasil, quem faria igual?

No empate de Barcelona e Milan em 2 a 2, pela Champions League, um comentarista italiano reagiu com certa felicidade ao ver o empate do seu time nos instantes finais do jogo.

No Brasil não vi nada parecido, até porque não tem nenhum programa nesse estilo. Se tivesse algum programa que acompanhasse os resultados das partidas em tempo real, qual jornalista ou comentarista protagonizaria um "espetáculo" semelhante?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ao melhor estilo Galvão, narrador torce com o microfone na mão

Todo segundo é valorizado no basquete. Um minuto é quase que uma eternidade no esporte. Dentro de quadra vence o time que souber jogar a favor do relógio. Quem acompanha basquete muito provavelmente já ouviu falar ou já repercutiu alguma das afirmações anteriores. Apesar de clichês, sei da veracidade de todas essas frases, mas há algum tempo não via a confirmação das teorias ocorrer dentro de quadra.

Na final da Copa América, já com a vaga Olímpica definida, o Brasil não venceu a Argentina pela segunda vez no torneio por pouco, muito pouco. Após estar atrás no placar por 14 pontos no segundo quarto, o Brasil conseguiu virar. Faltando 46 segundos para o final do jogo, os hermanos tinham vantagem de 11 pontos. Pensei que não seria possível reverter a diferença mesmo sabendo da importância de cada fração de tempo no basquete.

Fazendo uso da velha estratégia das faltas para poder pressionar os argentinos em cobranças de lance livre e tentar reduzir a diferença em cestas de três pontos, o Brasil não conseguiu virar o jogo por muito pouco. A vantagem que era de 11 pontos chegou a cair para 2, mas o nervosismo e a afobação por mais uma vitória acabaram prejudicando a Seleção Brasileira que teve a possibilidade de empate com menos .

Encontrei na internet os instantes finais desse jogo com a transmissão do canal Esporte Interativo. Somente ouvindo a narração dos profissionais de locutores que fazem eventos esportivos, não fazemos ideia de como é o clima dentro da cabine de transmissão. Veja como o narrador André Henning fica eufórico com a possibilidade de vitória brasileira e ainda não perde a oportunidade de cornetar a seleção e a torcida argentina. "Canta musiquinha agora, argentinaiada..."


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Djokovic vence US Open e confirma Nadal como freguês

Como previa a maior parte dos palpiteiros do tênis, Djokovic levou a melhor sobre Nadal mais uma vez. Que fase vive o sérvio! Pela 6ª vez consecutiva, o líder do ranking da ATP derrota o vice-líder, sendo todas as vitórias conquistadas em finais. Como se desbancar o reinado de Nadal fosse pouco, Djokovic consegue igualar a marca histórica de outros tenistas e conquista o seu 10º título na temporada, sendo o terceiro Grand Slam (além do US Open, foi para o alto do pódio no Australian Open e em Wimbledon).

Quem não viu o jogo pensa que o placar foi fácil (6-2, 6-4, 6-7 (3), 6-1), mas quem conseguiu acompanhar as mais de 4h de partida sabe o tamanho da dificuldade para o novo triunfo de Djokovic. Não era para menos... Era líder contra vice-líder, Nadal estava com as derrotas anteriores entaladas e tinha nova oportunidade para amenizar a enorme desvantagem no duelo particular com o sérvio em 2011.

Nadal começou melhor, jogando de forma agressiva e aparentando que derrubaria o rival pela primeira vez no ano. Mera ilusão espanhola. Abusando das deixadas e da precisão nas devoluções, Djokovic reverteu a vantagem de Nadal e dominou a partida. Jogando em seu limite, Nole pediu atendimento do fisioterapeuta, mas nem as fortes dores nas costas foram suficientes para derrubar o tenista que obteve nada menos que 64 vitórias em 66 partidas em 2011.

Como parar Djokovic? Repetindo os ciclos dos recentes Federer e Nadal, Djokovic é o dono da temporada. Se a resposta aparecer em breve, deve surgir somente no ano que vem...


Reveja um dos ralis entre Djokovic e Nadal. Quase 1 minuto trocando as mais impensáveis bolas...




Match point e comemoração de Nole ao vencer o US Open:

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Renovado, Brasil garante vaga para Olimpíadas e confirma boa fase do basquete nacional

Depois de 15 anos e três Olimpíadas fora, o Brasil terá de novo sua seleção de basquete masculino nos jogos Olímpicos. E como foi difícil esse caminho de volta!

Cercada de desconfiança e sem três de seus quatro jogadores na NBA, a equipe foi disputar o Pré-Olímpico na Argentina com a sensação de que não seria possível conquistar a vaga. Sem a presença dos protagonistas, na casa de seu maior rival e sofrendo muita pressão da torcida e da própria crítica esportiva nacional, o Brasil superou todas as expectativas e realizou campanha histórica.

O carimbo do passaporte para Londres-2012 é a confirmação do grande momento vivido pelo basquete brasileiro. A renovação implementada pelo excelente Rubén Magnano funcionou exatamente dentro do planejado. A nova formação tática e as caras novas buscadas pelo argentino foram determinantes para que o Brasil conseguisse organizar sua defesa e atacar com responsabilidade. Magnano conseguiu corrigir o ponto fraco do time e a marcação tornou-se a base do sucesso brasileiro.

A reverência feita a Magnano é mais do que merecida. No comando da Seleção desde o começo de 2010, o treinador argentino chegou disposto a resgatar a tradição do basquete brasileiro. Passou a jogar na Seleção quem merecia e, mais do que isso, quem realmente queria. Ao percorrer o Brasil para conhecer o trabalho realizado no basquete nacional desde suas categorias de base, Magnano viu o que era preciso mudar e com quem poderia contar. Novos jogadores chegaram, melhorou-se o clima dentro da Seleção e a cobrança nos treinamentos e na mentalidade dos jogadores foi decisiva.

Sem o estrelismo de Leandrinho e Nenê, a Seleção pêde contar com a dedicação de Marcelinho Huertas e Tiago Splitter, a experiência dos veteranos da caseiros Alex, Giovannoni e Marcelinho Machado, além do sangue novo de Rafael Hettsheimer, Vitor Benite, Rafael Luz e Augusto Lima. A troca do trabalho de protagonistas desinteressados por coadjuvantes unidos e empenhados foi determinante para que o resultado pudesse ser tão comemorado.

A vaga olímpica confirma o crescimento do basquete nacional. A consolidação do Novo Basquete Brasil como um torneio de equipes estruturadas e com bons jogadores, a organização e planejamento da Confederação Brasileira de Basquetebol com as seleções nacionais e a humildade em reconhecer que o basquete precisava de uma mudança drástica em sua rota fizeram o esporte retomar o seu caminho de tradição.

Pensar em medalha Olímpica ainda é cedo. Apesar da festa, é hora de ter calma e decidir uma série de fatores antes do embarque para Londres. O contrato de Magnano precisa ser renovado para dar sequência ao trabalho e deve ser tomada a difícil decisão sobre as convocações de Leandrinho, Nenê e Varejão. Exceto no caso de Varejão, que não esteve na Argentina por estar contundido, não vejo motivos para trazer de volta quem nunca demonstrou interesse em fazer parte da Seleção. Só deve comer o filé mignon quem ralou o osso...


domingo, 11 de setembro de 2011

Da várzea para o sucesso no Inter, a meteórica carreira de Leandro Damião

Ver Leandro Damião entre os jogadores que balançaram as redes nas rodadas do futebol brasileiro já é rotineiro. Teve jogo do Internacional? O colorado venceu? Se a resposta for afirmativa para as duas perguntas, ainda que não tenha visto o jogo, dá para apostar que Damião deixou a sua marca.

Dono da impressionante média de 0,86 gols por partida, o atacante já marcou até aqui 37 gols em 43 jogos e é vice artilheiro do Brasileiro com 13 gols. Três deles foram contra o Palmeiras, na vitória do Internacional por 3 a 0 no Pacaembu. Três oportunidades foram suficientes para o atacante marcar três vezes, com direito a um lance em que só não entrou com bola e tudo no gol adversário porque seu jeito tímido não lhe permitiu...

Avesso às aparições por assuntos que não sejam exclusivamente o que produz dentro de campo, Leandro Damião possui uma ascensão impressionante em sua carreira. Há pouco mais de 3 anos, quando tinha 19 anos, o atacante disputava a Copa Kaiser, tradicional campeonato amador da várzea paulista. De lá para cá conseguiu três oportunidades em times catarinenses, jogando pelo Atlético de Ibirama, Marcílio Dias e Cidade Azul. Em 2009 foi para o time B do Inter e seus gols logo lhe fizeram chegar a equipe principal.

A humildade em suas declarações e a consciência que ainda está em início de carreira ajudam Damião. Apesar dos golaços que já marcou, como a bicicleta no empate em 2 a 2 com o Flamengo no Beira Rio, o atacante joga com simplicidade. Típico jogador para aproveitar as mínimas oportunidades e chutar a gol, Damião sabe que bem o que se espera dele e por foi chamado para a Seleção.

Para a sorte dos colorados, o mercado europeu já se fechou. Ao menos até o ano que vem o atacante fica no Inter como uma das principais armas para levar o time de volta à Libertadores.


1000 vezes Rogério - Suplicy homenageia Ceni em discurso no Senado

No dia seguinte a milésima partida de Rogério pelo São Paulo, o senador Eduardo Suplicy (PT/SP) fez um discurso no Plenário do Senado para homenagear o goleiro. Torcedor do Santos, o senador exaltou a marca e relembrou os momentos vitoriosos da carreira de Rogério. Assista a íntegra do pronunciamento de Suplicy no vídeo abaixo.

sábado, 10 de setembro de 2011

1000 vezes Rogério - A melhor matéria da TV sobre o milésimo jogo de Ceni

Considero uma das mais difíceis tarefas do jornalismo contar um fato que é amplamente divulgado pela mídia. Apesar de parecer contraditório, falar do que todo mundo já sabe é extremamente complicado. A responsabilidade que se tem em criar um texto com a identidade do repórter e um olhar diferente de tudo o que já foi exibido é enorme.

Inovação. Foi o que fez o repórter André Plihal, da ESPN. Autor do livro "Maioridade Penal", obra que conta histórias públicas e de bastidores de Rogério no São Paulo, Plihal conhece Rogério como poucos na imprensa esportiva. Tamanha proximidade fez com que o repórter produzisse uma matéria extremamente original e surpreendente a respeito dos 1000 jogos do ídolo são paulino.

Parabéns, Plihal! Uma data histórica não podia ser registrada de uma maneira diferente do grande trabalho que foi produzido pela ESPN.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Rogério Ceni e o grito da independência

Rogério completa 1000 jogos pelo São Paulo nesta quarta-feira, 7 de setembro. No dia que o Brasil celebra a sua independência, Rogério alcança a impensável quantia de quatro dígitos representando um único clube. Coincidentemente, em um dia tão especial para o goleiro, serão completados 21 anos de São Paulo.

Falar de Ceni é missão complicada, trabalhosa. Difícil resumir em alguns parágrafos a história de um jogador tão identificado com um clube e sua torcida. Rogério é, para mim, de longe o maior ídolo da história do São Paulo e motivos não faltam para isso. Não defendo minha opinião pelo fato do goleiro ser o jogador com mais títulos de peso no clube, por ter alcançado a marca de 100 gols e muito menos por ser recordista em quebrar recordes. Rogério vai muito além dos números.

Os mil jogos formam um número imponente, grandioso, de inquestionável interesse jornalístico. 1000 partidas parecem muito mais expressivas do que 999. O jornalismo gosta dos números, das estatísticas... O fato é que ao alcançar esta marca, Rogério extrapola mais uma vez os limites entre a rivalidade dos clubes. Depois de impressionar pelos também redondos 100 gols, Rogério volta a chamar atenção pelos quatro dígitos de jogos realizados pelo São Paulo.

Ver Rogério atuar 1000 vezes por um único clube é motivo de reconhecimento para todas as torcidas. Nessas horas o futebol vira festa, quebra as barreiras da rivalidade. Apesar de ídolo são paulino, o fato de Ceni honrar a camisa de um único clube durante mais de duas décadas é feito a ser reverenciado, gravado na história e deveria ser utilizado de exemplo para tantos jogadores que nem bem subiram para o profissional e já querem voar para a Europa. Nos tempos em que quem rege a cabeça dos jogadores é o dinheiro, Rogério deu seu grito de independência ao proclamar sua paixão declarada ao São Paulo.

Concordo com os que irão contra-argumentar. Rogério não fez nenhuma caridade ao ficar no São Paulo. O sucesso conquistado fez com que recebesse muito bem para permanecer no time, é verdade. No entanto, o reconhecimento e as glórias durante sua carreira lhe renderam propostas do exterior que nunca foram aceitas em nome da paixão em vermelho, branco e preto que Rogério nunca negou ser sua prioridade. Recusando as altas cifras vindas de fora, o goleiro mostrou que o dinheiro não compraria o reconhecimento que uma carreira inteira no São Paulo poderia lhe trazer.

A histórica marca dos 1000 jogos pelo mesmo time, inferior somente a quantia de Roberto Dinamite, pelo Vasco, e Pelé, pelo Santos, não podia ocorrer em data mais propícia como a que o Brasil comemora a sua independência. Em um território onde só Marcos pode rivalizar, Rogério se fez valer por ser aquele que preferiu a idolatria da torcida de seu clube do que as tentadoras cifras do exterior. Um grito da liberdade de expressão e do uso da cabeça, pontos fortes do goleiro que fez o futebol se lembrar dos tempos em que o respeito por uma camisa jamais seria comprado por valor qualquer...


Na véspera da milésima partida, Rogério concede coletiva no CT da Barra Funda:


Parte 1:



Parte 2:

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mira, mira!

As corridas do mundial de motovelocidade de 125 cilindradas são conhecidas por serem disputadas volta a volta. A categoria menos potente da MotoGP protagoniza duelos de ultrapassagens até os últimos instantes, mas o que ocorreu na prova do circuito de Misano, em San Marino, foi espetacular.

Nicolas Terol venceu a disputa com Johann Zarco que estava na frente na linha de chegada e resolveu olhar para trás e gesticular para o adversário. A gracinha responsável pela desaceleração da moto, acabou provocando a derrota de Terol que ainda viu o adversário ampliar a vantagem na liderança do campeonato.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Corinthians 101 anos: como é difícil aguentar o torcedor corinthiano...

Sempre escutei falar que o torcedor corinthiano é mais chato do que os outros. Reclamações dos rivais do estado ou de adversários de outras torcidas do Brasil, a crítica foi sempre a mesma: como é difícil aguentar a convivência com um torcedor do Corinthians, especialmente quando se trata daquele que adora comprovar diariamente a sua loucura para mostrar que faz parte do tal bando...

A fama de apaixonado caminha lado a lado com o incômodo que o corintiano causa nos adversários. Rivais não suportam a ideia do corinthiano levar todas as bordoadas possíveis ao ver o time ser eliminado por uma equipe sem tradição, ser rebaixado, não ter estádio próprio (uma piada com os dias contados), não ter vencido uma Libertadores e ainda estufar o peito toda hora que vai dizer "eu sou Corinthians". É difícil aguentar alguém que toma tanta pancada e que, mesmo caído, sempre encontra um jeito de levantar. Como se fosse pouco, depois do tombo, a tendência é que o "corinthianismo" volte ainda mais agudo.

Segundo a teoria anti-corinthiana, torcedores rivais comemoram duas vezes em dias de vitórias de seus times e derrotas do Corinthians. Muitos dizem até que torcedores adversários preferem ver o Corinthians perder do que o próprio time ganhar. A fala, que chega a parecer prepotência dos seguidores do time abençoado por São Jorge, tem lá seu fundo de verdade. Conheço alguns torcedores de adversários do estado que já confessaram maior felicidade com a derrota do Corinthians do que com a vitória do próprio time. Frequentemente ouço foguetes estourando em gols marcados contra o alvinegro e, por morar em condomínio, os momentos sempre vem acompanhados de algum elogio aos mais adorados torcedores de São Paulo.

Quase que como uma mulher de malandro, o torcedor corinthiano está junto com o time "haja o que hajar", como disse certa vez o inesquecível ex-presidente alvinegro, Vicente Matheus. Não concordo com aqueles que dizem que o corinthiano é o torcedor mais apaixonado do Brasil. Apesar do fanatismo marcante, a paixão que cega torcidas atinge clubes de todos os cantos do Brasil, do mundo... Em toda cidade onde existe um time de futebol se encontra um torcedor com as mesmas características dos loucos do bando. Todo time tem seus representantes que o seguem em jogos no céu ou inferno, mas o corinthiano fez seu nome porque, ainda que derrotado, se vangloria por isso. Mesmo tomando um vareio de bola, como se fala no interior, o dia seguinte estará repleto de alvinegros cantando vitória mesmo quando tudo o que se viu foi o time ser massacrado em campo.

Torcedores rivais afirmam que todo o "corinthianismo" de muitos dos torcedores alvinegros não passa de mecanismo de defesa para suportar tantas provocações adversárias. No time em que não há nenhuma identificação de adversários, a regra é simples: ou se torce a favor, ou contra. Corinthianos não aceitam simpatizantes, até porque não tem a menor intenção de contar com esse tipo de apoio. Embora reconhecidamente popular e segunda maior do Brasil, a torcida alvinegra se identifica com aqueles dispostos a apoiar o time nas mais doloridas situações. Essa é a essência e a regra básica do manual do bom e chato corinthiano.

Dono de uma fórmula de sucesso, o Corinthians faz seu primeiro ano do novo centenário. Capítulos como a tão sonhada casa própria e o uso do estádio alvinegro na Copa, a incansável perseguição pela Libertadores e a instabilidade na briga pelo título brasileiro ainda este ano prometem trazer novas emoções aos corinthianos e muito assunto para os rivais... Se os próximos 100 anos repetirem o sucesso do primeiro centenário, memoráveis fatos estão por vir! Parabéns Corinthians e torcedores, os grandes responsáveis pela consagração dessa história.


O que é ser Corinthians. Vídeo mostra diversidade da torcida que faz o nome do clube: