quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pinheiros vence São José e conquista inédito título Paulista

O Pinheiros levou a melhor sobre São José no quarto jogo da final do Campeonato Paulista de basquete, fechando a série em 3 a 1. 25 anos após o Monte Líbano conquistar o título estadual, um time da capital volta a ganhar a erguer a taça do torneio.

Embora o jogo tenha tido roteiro semelhante ao da partida de terça-feira, vencida por São José nos segundos finais, a força da torcida joseense e a luta do incansável time da casa não foram suficiente para superar o estruturado time de Pinheiros. O ala Shamell anotou 26 pontos e foi o destaque da equipe da capital. No time de São José, o pivô Murilo também foi o cestinha do jogo com 26 pontos e ainda conseguiu o double double por ter ficado com 10 rebotes.

Depois de tantas bolas que choraram e não caíram, como no vice campeonato paulista da última temporada, vice no Interligas e semifinalista no NBB também no ano passado, Pinheiros conquista o Paulista de maneira merecida e que comprova o bom trabalho que vem sendo realizado no clube.

Premiada com a conquista do título, a equipe da capital é uma das favoritas ao NBB 4 que se inicia no próximo dia 19. Os investimentos que vem sendo realizados na equipe há três anos, o trabalho nas categorias de base e o acerto nas contratações trazem o primeiro resultado para mostrar que o clube está no caminho correto...




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Galvão no UFC tenta aproximar público da TV aberta das lutas de MMA

O anúncio da Globo de que Galvão Bueno será o narrador da primeira transmissão do UFC na emissora rapidamente ganhou repercussão nas mídias sociais. Poucas horas depois da notícia ter sido divulgada nos principais portais da internet, a hashtag #GalvãonoUFC já liderava os trending topics dos usuários brasileiros do Twitter.

Pensando de maneira rápida, não se pode considerar a opção da Globo por Galvão como uma surpresa. A aposta da emissora no UFC é uma tentativa de aproximar uma modalidade restrita ao público fã de MMA ao grande público que assiste a programação aberta da emissora. Colocar Galvão para narrar a luta de Cigano é uma aposta comercialmente acertada pensando na popularização do esporte e na divulgação de uma modalidade que muita gente não conhece. Além disso, Galvão já narrou de tudo um pouco. Futebol, vôlei, basquete, Fórmula 1, atletismo e até mesmo boxe, na época em que a Globo transmitia as lutas ao vivo nas madrugadas na programação da década de 90 que ficou conhecida como "Boxe Internacional" - veja vídeos abaixo.

Por outro lado, quem sempre acompanhou o UFC esperava algum narrador especializado no esporte neste período de popularização do principal campeonato de MMA na televisão brasileira... Muitas já tem sido as críticas a respeito do ufanismo de Galvão e a grande possibilidade de levar para o octógono os bordões consagrados no futebol. Não seria surpresa ouvir um "para cima deeeles, Cigaaano" no início da luta ou um "isso pode, Belfort?!", ao referir-se a um golpe utilizado pelo adversário...


Galvão Bueno comenta o final da luta vencida por Evander Holyfield contra George Foreman, em 1991. Detalhe para as propagandas da época e a vinheta da Fórmula 1 quando as corridas ainda emocionavam os brasileiros...





Mike Tyson morde as duas orelhas de Holyfield e perde a luta por desclassificação. Cléber Machado narrou o confronto e Galvão Bueno fez os comentários do duelo no intervalo da transmissão de um jogo de futebol. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Curtinhas Radiofônicas

Hora do Brasil: O baixinho Romário parece ter tomado gosto pela política. Atualmente deputado federal, o ex-atacante afirmou pelo Twitter que tem interesse em concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro no ano que vem e demonstrou insatisfação com a preferência do PSB, partido a que é vinculado, pelo apoio à candidadura do atual prefeito Eduardo Paes (PMDB). "Sobre a notícia de hoje sobre uma possível candidatura a Prefeitura do RJ, é verdadeira. Mas o partido prefere apoiar o prefeito atual... Apoio esse que não terá da minha parte. Infelizmente, na política existem essas construções que eu não sou muito de acordo...", comentou Romário. Estaria Romário querendo se aproximar da praia ou o baixinho quer provar que leva jeito como político?


Sem sintonia: O trio de ferro de São Paulo protagonizou novas trapalhadas neste final de semana. Embora líder, o Corinthians conseguiu perder para o lanterna e virtualmente rebaixado América Mineiro. Um proeza cada vez mais constante no campeonato brasileiro que só não atrapalha o alvinegro devido a irregularidade dos outros clubes que brigam na ponta. Enquanto isso, o São Paulo protagonizou uma das viradas mais incríveis dos últimos tempos no futebol brasileiro, resultado da apatia e displicência do time atual. Tomou três gols em 15 minutos e viu o Bahia virar para a linda festa da torcida em Pituaçu. Por fim, para fechar a rodada, o Palmeiras perdeu do Coritiba e já começa a ver pelo retrovisor a zona de rebaixamento. Dono da segunda pior campanha do 2º turno, tendo marcado 9 pontos em um total de 42 possíveis, o alviverde faz a contagem regressiva para o fim do ano esperando que, em 2012, permaneça na série A do Brasileiro.


Chiadeira: "Quem vai cair é o c...! Bora Bahêa minha p...! Quando eu disse que estava sob controle, fui criticado. Aí vai a resposta! Parabéns à torcida, em primeiro lugar, e aos jogadores!", do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, logo após a vitória contra o São Paulo, pelo Twitter. O time que serviu acarajé para lá de apimentado para os Tricolores do Morumbi respirou e abriu 5 pontos da zona de rebaixamento.


Intervalo: O Internacional lançou no jogo de ontem, contra o Fluminense no Beira Rio, um sistema para levar mais público ao estádio e, consequentemente, trazer mais dinheiro para os cofres colorados. O "Check in Colorado" é um programa no qual os sócios com cadeira cativa abrem mão do espaço caso não compareçam ao estádio e, assim, permitam a comercialização do lugar. Com mais de 44 mil associados que possuem lugares exclusivos no Beira Rio, o Inter promete ajudar os torcedores que fizerem o check in retribuindo com pontos que dão direito a troca de produtos.


Rádio Pirata: A Globo já começou a divulgar a chamada para a sua primeira transmissão do UFC. Na propaganda do aguardado confronto dos pesos pesados entre o brasileiro Júnior Cigano e o norte americano Cain Velasquez, o confronto do UFC ganhou a palavra combate no anúncio e virou "UFC Combate". Alguma relação com o canal pay per view de lutas da Globosat também chamado "Combate"?





"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo": O gajo Cristiano Ronaldo segue batendo recordes e comprovando o bom futebol em números. Para desespero dos que acham que o português é mais marketing que futebol, Cristiano marcou três vezes na goleada do Real Madrid por 6 a 0 contra o Osasuna. Com 103 gols em 106 jogos, o gajo ultrapassa a marca de Ronaldo (102 gols em 177 jogos) e põe a dúvida na cabeça dos torcedores do Real: também pode ser chamado de fenômeno?


Pilha fraca: "Sinto por vocês (a imprensa), mas no ano que vem não haverá mudanças em nossos pilotos". A frase é de Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, confirmando Felipe Massa como piloto da equipe na próxima temporada. Será o sétimo ano do brasileiro na Ferrari que venceu a última corrida no GP do Brasil, em novembro de 2008, única temporada em que brigou pelo título na equipe. "Alonso is faster than you Felipe"... O espanhol seguirá como primeiro piloto do time do cavalinho.


Pilha Fraca 2: Utilizando do seu vasto e seleto repertório da língua portuguesa, Tite descreveu de maneira bem particular o sentimento no Corinthians após a derrota para o América Mineiro. “Aqui ninguém é cagalhão”, disse o treinador. Procurando dizer que o time não é medroso, o técnico afirmou que o Corinthians não fez boa partida, mas segue na luta pelo título, até porque, com a ajuda do Santos na vitória sobre o Vasco, permanece líder.


"Pode isso, Arnaldo?!" - O juiz Jean Pierre Gonçaves Lima deu um pênalti para lá de duvidoso na partida do América Mineiro contra o Corinthians. Em lance de velocidade rumo ao gol, Kempes teve o contato com Alessandro antes de entrar na área e saltou mais que Maurren Maggi para simular o pênalti. Medalha de latão para o árbitro que foi o destaque negativo na partida marcada por erros do apito.





"Pode isso, Arnaldo?! - 2" O meio campista ganês Samuel Inkoom, do Dnipro, da primeira divisão da Ucrânia, foi expulso por simplesmente desconhecer a clareza da regra futebolística. Ao caminhar para a lateral de campo para ser substituído, o jogador retirou a camisa ainda dentro do gramado e levou cartão amarelo. Como já havia recebido cartão durante a partida, foi expulso e impediu a substituição. Ao menos o Dnipro venceu o adversário por 2 a 0...





"E que gooooooooool!!!" - O São Paulo tomou uma virada história do Bahia em Pituaçu, mas, se servir de alguma coisa, a torcida ao menos pode dizer que viu Wellington fazer o gol mais bonito da rodada. Após dar um lindo chapéu em Diones, o volante são paulino chutou de primeira e marcou o seu primeiro gol pelo São Paulo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Messi atinge 200º gol pelo Barcelona e quebra recorde de Maradona

Depois dos três gols marcados na vitória por 4 a 0 sobre o Viktoria Plzen, da República Tcheca, na Liga dos Campeões, Messi atingiu os 202 gols pelo Barcelona e atingiu a marca bicentenária antes de Maradona (24 anos e 186 dias. El Pibe alcançou a quantia quando tinha 24 anos e 333 dias).

Um vídeo no Youtube mostra todos os gols do argentino pelo Barcelona desde a sua estreia, em 2005. Tem gol de todos os jeitos, para todos os gostos... Dos tempos em que ainda jogava ao lado de Ronaldinho Gaúcho, em jogadas de velocidade, em lances com dribles desconcertantes, por cobertura e até de cabeça. Não faltaram lances para tirar o fôlego dos narradores e consagrar o argentino como o melhor dos últimos anos e, porque não, como um dos melhores da história.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"Ronaldinho, teus cabelos estão sendo cortados pelo time do Grêmio"

Pedro Ernesto Denardin, sempre ele. Popular no Rio Grande do Sul, o narrador da rádio Gaúcha faz seu nome a cada vitória de um time do estado sobre os adversários do resto do Brasil. A vítima de seu estilo peculiar, desta vez, foi Ronaldinho Gaúcho.

Adjetivos como "pilantra" e "mercenário" davam o tom da torcida gremista para Ronaldinho antes do jogo. Cânticos e palavras de respeito ao jogador que preferiu o Flamengo ao Grêmio em seu retorno ao Brasil. Apesar do time carioca ter saído na frente por 2 a 0 e ter contado um bom desempenho do camisa 10, o tricolor gaúcho virou o jogo e venceu por 4 a 2.

Ouça a mais nova narração de Pedro Ernesto Denardin! "É demaaaaais, é demaaaaaais..."


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Rumo ao Japão! Jogadores do Santos mandam recado em japonês

Torcida ganha ou não jogo? Sem saber da resposta, o departamento de marketing santista resolveu investir no contato com o torcedor japonês e iniciou uma série de ações para aproximar o clube brasileiro dos torcedores orientais.

O site oficial do Santos será lançado em versão japonesa e o clube providenciou a tradução de materiais de sua história para o torcedor japonês. O maior sucesso da campanha de incentivo ao clube que atravessará o mundo em dezembro, no entanto, são os vídeos gravados pelos jogadores do Santos no idioma nipônico. Não estive na produção, mas é fácil de imaginar os jogadores lendo as palavras da maneira como se fala...

Sem poder ser diferente, Neymar gravou o primeiro vídeo há duas semanas. Na semana passada, novos materiais foram publicados pela Santos TV. Uma maneira simples e bem humorada de conquistar a simpatia do torcedor japonês! Confira nos vídeos abaixo!


Apresentação Neymar:






Apresentação Elano:




Apresentação Edu Dracena:




Apresentação Rafael:




Apresentação Henrique

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O comentarista da palavra fácil e dos 16 mundiais

A imprensa esportiva brasileira perdeu nesta quinta-feira uma de suas principais referências nas transmissões de jogos de futebol pelo rádio. Não se falou de outra coisa a não ser da morte do radialista Luiz Mendes, conhecido como o "Comentarista da Palavra Fácil". E não era para menos...

Mendes entrou para a equipe da Rádio Globo no Rio de Janeiro em 1944 e construiu seu nome no rádio esportivo com os comentários simples e as análises de quem viveu futebol durante os 87 anos de vida.

Gaúcho de Palmeiras das Missões, o radialista torcia para o Grêmio devido a suas raízes e adotara o Botafogo como o clube de coração no Rio de Janeiro. Fã incondicional de Garrincha, Mendes não o comparava a Pelé por serem jogadores de posições diferentes, mas nunca escondeu a admiração pela irreverência de Mané.

Participando da cobertura de nada menos do que 16 mundiais, Luiz Mendes era filho de uma argentina e, por isso, introduziu termos do espanhol na cultura futebolística brasileira como as palavras "golaço" e "bolada", meros detalhes da vida de quem fez tanto pelo futebol. Da tristeza da narração da derrota do Mundial de 1950 para o Uruguai no Maracanã à euforia da conquista da primeira Copa do Mundo pelo Brasil, em 1958, Luiz Mendes já deixa saudades entre os eternos amantes do rádio.

Uma pena que o senhor da palavra fácil não terá a oportunidade de ver o Brasil disputar a Copa do Mundo em casa novamente e, quem sabe desta vez, reescrever o final da história...


Rádio Globo divulgou pequenos trechos de conversas com Luiz Mendes durante sua programação na quinta-feira. Confira alguns depoimentos do radialista:





Em entrevista a alunos da UFRJ, Mendes fala da paixão pelo esporte e relembra momentos marcantes da carreira:

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pela manutenção do brilho das estrelas


O anúncio da retirada das estrelas que compunham o escudo do Corinthians trouxe de volta a velha discussão sobre as estrelas nos símbolos dos clubes. Quando usá-las? Por que estampar algumas estrelas representativas de glórias conquistadas e não exibir outras? Quando se pode criar uma constelação no escudo, como adotado em alguns times do Brasil e do exterior?

A justificativa do fim das estrelas no escudo corinthiano foi explicada pelo presidente Andrés Sanchez como uma forma de padronizar as mudanças no escudo em casos de novos títulos. Além disso, a diretoria comunicou em nota oficial que não há como o clube eleger as principais conquistas. "Não há estrelas que brilhem mais do que as outras", disse o comunicado.

Se a justificativa de padronização do escudo é coerente, também não se pode deixar de lado o reconhecimento das maiores glórias de um clube estampado em seu símbolo máximo. Sou contra a colocação de estrelas sem nenhum critério, até porque no Brasil não há nenhum padrão para os "estrelismos" dos escudos. Ganhou título, manda bordar mais uma estrela no escudo! Não, não pode ser assim! Não concordo com a prática de verdadeiras constelações encontradas em símbolos de times pelo mundo afora, mas vejo as estrelas como uma merecida homenagem as maiores glórias conquistadas por um time.

Discordo do presidente corinthiano e vejo que títulos tem pesos diferentes sim. Para o torcedor, vale até título de campeonato de bolinha de gude se o time estiver disputando, mas um campeonato inexpressivo não pode ser igualado a um título de grande porte, seja ele nacional ou internacional. Assim, ainda sou a favor das estrelas, desde que usadas para diferenciar e não para igualar uns aos outros.


Clique na imagem abaixo para ampliar infográfico com detalhes sobre as estrelas dos escudos dos times brasileiros da Série A do Campeonato Brasileiro em 2011:




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Após goleada, Botafogo é eliminado da Sul-Americana e toma olé até de cachorro

Depois de fazer muitas piadas sobre a derrota de 4 a 0 do Flamengo para o Universidad do Chile, em pleno Engenhão, o torcedor do Botafogo deve experimentar do mesmo veneno nesta quarta-feira após a derrota de 4 a 1 para o Independiente de Santa Fé que eliminou o alvinegro da Copa Sul-Americana.

De candidato aos títulos brasileiro e sul-americano, o Botafogo repete o Flamengo e vê ir embora de maneira vergonhosa a possibilidade de conquista do título continental. Mais uma vez, perdem os times brasileiros que menosprezam o torneio que oferece ao campeão uma vaga na Libertadores e uma boa premiação em dinheiro.

Após jogar o primeiro tempo de forma sonolenta e ir para o intervalo perdendo por 3 a 0, o Botafogo viu os erros do lateral direito Lucas e do sistema defensivo se repetirem e tomou olé da torcida colombiana no segundo tempo. Para completar o baile, um cachorro entrou em campo e durante quase três minutos fez os jogadores do Fogão entrarem na dança...

Tem coisas que, definitivamente, só acontecem com o Botafogo...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rugby brasileiro começa a crescer e propagandas bem humoradas ajudam na divulgação do esporte

Há quase dois anos, em dezembro de 2009, a Topper anunciou que iria apoiar o Rugby no país do futebol e iniciou uma série de propagandas com o tema "Rugby, isso ainda vai ser grande no Brasil". Apesar do caminho para a popularização do esporte por aqui ainda ser muito longo, é nítida sua evolução nos últimos dois anos. Embora a divulgação da campanha da empresa de material esportivo tenha dado visibilidade ao esporte no Brasil somente neste período, o trabalho realizado de maneira profissional ocorre há muito mais tempo...

Os resultados do Brasil no Rugby mostram que o crescimento do esporte é real e não mera jogada de marketing. Após resultados expressivos como a vitória sobre a Argentina, pelo campeonato Sul-Americano, a seleção masculina nacional mostrou que começa a brigar por seu espaço no esporte. O planejamento é que o Brasil seja a segunda força da América do Sul dentro de pouco tempo, ficando atrás somente dos hermanos da terra de Maradona e ultrapassando países de maior tradição como Uruguai e Chile.

O novo desafio do time brasileiro de Rugby acontece nos jogos Pan-Americanos de Guadalajara, primeira vez do esporte no Pan. A estreia da Seleção ocorre no próximo sábado, 29, às 14h, logo diante dos Estados Unidos. A segunda partida acontece no mesmo dia, às 16h30, contra o Canadá e o terceiro jogo é contra o Chile, às 18h40. Para quem não conhece o esporte, tantos jogos seguidos em um curto espaço de tempo só são possíveis por conta da disputa da modalidade do Rugby Sete, variante em que o jogo é reduzido para dois tempos de sete minutos e cada time possui sete jogadores.

Apesar de não ter nenhuma previsão de medalha para o Brasil na modalidade, o Pan serve como um importante teste para o esporte que aos poucos (e com muito esforço) vai ganhando seu terreno no país em que a bola que reina é a do futebol.


Confira a mais recente campanha publicitária da Topper para divulgar o Rugby no Brasil
Bom humor e simpatia do público pelo espontâneo goleiro Marcos ajudam a traçar boa imagem do esporte que vive fase de crescimento no cenário Sul-Americano.


'Portunhol' de Marcão é destaque da campanha:




E você, nunca falou um espanhol tão fluente como o do meia Alex, do Corinthians?




Jogadores da Seleção de Rugby aprendem a pronúncia do nome Guadalajara com Meligeni:

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Curtinhas Radiofônicas

Hora do Brasil: Dilma Rousseff estava com a vassoura na mão, pronta para varrer Orlando Silva e totalizar a faxina de cinco ministros fora do governo em 10 meses de comando. A sujeira no Ministério dos Esportes estava sendo posta para a rua quando Dilma foi aconselhada por Lula a tirar o paninho da cabeça e guardar a vassoura no armário. O PC do B, partido do ministro Orlando Silva, não aceitou ser posto de lado no governo e ameaçou entregar o histórico do Ministério dos Esportes desde que estava sob o comando de Agnelo Queiroz, ainda no primeiro governo de Lula. Para evitar vazamento de informações e uma asfixia por poeira, Dilma optou por varrê-la para baixo do tapete ainda que estivesse disposta em manter a faxina pesada.

Hora do Brasil 2: No final da tarde de ontem (segunda-feira), mais de 300 palmeirenses estiverem em frente a entrada da Academia de Futebol, onde estava programada uma reunião do Conselho Deliberativo do clube, para criticar a diretoria e solicitar eleições diretas à presidência. A ideia é que sócios do Palmeiras tivessem direito a voto e o comando do clube deixasse de ser escolhido exclusivamente por conselheiros, como ocorre atualmente. Os maiores elogios dos manifestantes foram voltados para os ex-presidentes Affonso Della Monica e Mustafá Contursi, carinhosamente chamado de "sapo boi" pelos palestrinos.

Sem sintonia: Enquanto a diretoria do Palmeiras já planeja os próximos jogos da equipe na Arena Barueri, após a briga de parte da torcida com torcedores da Portuguesa no último sábado, no Canindé, Luiz Felipe Scolari deu o recado dizendo que não adianta fugir da capital. "Nós não estamos jogando bem. Tanto faz jogar em Barueri, em Itu. Não é o Canindé, até ontem nós não perdíamos. Se existir proposta interessante para a diretoria, com valores, pode jogar lá, mas por mim não”, disse. Diretoria e comissão técnica, mais uma vez, não falam a mesma língua no Alviverde. Que fase!

Intervalo: Cara de meninos, mas futebol e negócios de gente grande. Neymar e Lucas serão os novos garotos-propaganda da Ambev até 2016. Maior empresa de bebidas e grupo de cervejarias do Brasil, a Ambev definiu que a dupla fará as campanhas do Guaraná Antarctica. O contrato de imagem dos moços foi negociado pela 9ine, agência de Ronaldo que focada em marketing esportivo e não teve o valor divulgado. Especula-se que sejam mais alguns trocados para as mesadas do craque do moicano loiro e do bom moço do Morumbi.

Rádio Pirata: Mal o Leão desembarcou na descuidada selva do Morumbi e as especulações sobre o seu trabalho já começaram a surgir. Dividindo opiniões entre a torcida são-paulina e a crítica esportiva, o técnico chega com o credenciamento de 68% dos pontos aproveitados em sua primeira passagem no São Paulo. Faz sentido a teoria que o estilo linha-dura do professor possa botar alguns acomodados tricolores para correr dentro de campo ou, nos casos mais críticos, para fora do Morumbi. Não pode ser descartado, porém, o fato que o treinador cria inimizades e problemas por onde passa. Rivaldo já foi cortado no primeiro dia de trabalho e nem viajará para o confronto com o Libertad, pela Sul-Americana. O Leão ainda tem forma para rugir alto e mostrar comando?

"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo" Ao som da trilha de Bond, James Bond, o patinador brasileiro Marcel Stürmer superou os problemas da adaptação com os patins novos, após ter os equipamentos roubados quando ainda estava em Porto Alegre, e conquistou o ouro em Guadalajara, tornando-se tricampeão Pan-Americano. Em performance de cinema, o ouro do brasileiro foi destaque por vencer aquela que era considerada uma missão impossível.




Pilha fraca: O técnico Ney Franco não classificou como vexatória a derrota da Seleção Brasileira masculina nos jogos Pan-Americanos por 3 a 1 para a poderosa Costa Rica. Na opinião do treinador, houve "rigor excessivo" do árbitro na expulsão do volante Lucas Zen. Maldade daqueles que classificam como vergonhosa uma brilhante campanha da Seleção que, apesar de não ter vencido nenhum dos três confrontos e ter sido eliminada na primeira fase, conseguiu importantes empates em 0 a 0 com Cuba e 1 a 1 com a Argentina. E lá se vai o sonho da Record em transmitir a final do futebol masculino com o Brasil na disputa pelo ouro...

"Pode isso, Arnaldo?!" Parece jogada de várzea, mas não foi. Durante a fase de grupos da Liga Europa, no jogo entre Stoke City (Inglaterra) e Maccabi Tel Avi (Israel), o zagueiro Yoav Ziv, do time israelense, se irritou com  uma falta não marcada e chutou sua chuteira em cima do bandeirinha. Depois de ver a besteira que havia feito, o jogador até tentou um inútil pedido de desculpas, mas acabou sendo expulso.




"E que gooooooooool!!!" Após receber cruzamento de Junior Urso pela direita, o meia Cleverson, do Avaí, matou a bola no peito e emendou um bicicleta para macar um golaço contra o Botafogo. Apesar da vitória, o Avaí é o penúltimo colocado e respira com aparelhos na zona de rebaixamento do Brasileirão. Detalhe: Cleverson estava impedido, mas diante da pintura, dá para relevar, não dá?



domingo, 23 de outubro de 2011

O time que fez história sem ter sido campeão

Os elogios feitos para a Seleção Brasileira de 1982 sempre me impressionaram. Desde muito cedo, ainda na Copa de 1994, me recordo das comparações da chamada "geração Dunga" com a seleção comandada por Telê que foi eliminada pela Itália do carrasco Paolo Rossi. Na época, ainda criança e começando a acompanhar o mundo da bola, não via sentido nas reclamações dos familiares que já viviam o futebol há décadas. Como comparar o time campeão de 94 com a derrotada Seleção de 82? O que parecia completamente sem lógica só foi ser compreendido quando fui entender a falta que se faz um futebol bem jogado e discordar severamente dos que afirmam que não é possível conciliar futebol de resultado com o chamado futebol arte.

Quando tive maturidade para compreender porque uma seleção que não havia erguido a taça da Copa era tão elogiada, passei a sentir saudades daquele time que sequer cheguei a ver jogar. Ao assistir imagens do time de 82 ainda nos tempos das fitas cassete ou, mais recentemente nos vídeos que surgem no Youtube, fica aquele gostinho amargo por não ter vivido na época em que Zico, Falcão, Júnior, Sócrates, Serginho Chulapa e Éder jogavam na mesma equipe. Ídolos dos principais clubes brasileiros reunidos em um único time, jogando para encantar e sabendo do potencial do conjunto que se tornava ainda mais forte pelos destaques individuais de cada posição.

O espetáculo proporcionado pela Seleção de Telê se tornou inesquecível pela plasticidade do futebol apresentado. Não bastava vencer, não era suficiente o resultado. O que diferenciou aquele time foi a exigência do futebol bem jogado, da necessidade em apresentar um jogo compatível com o nível do elenco brasileiro. As jogadas desconcertantes de Zico, os toques de classe de Sócrates, as bombas de Éder, a artilharia de Serginho Chulapa... Há até quem culpe o elevado nível da Seleção e a perseguição pelo chamado "futebol arte" como o fator da derrota em 82. Talvez uma forma de encontrar uma explicação para a derrota que nenhum brasileiro esperava acontecer.

Conhecida como a Tragédia de Sarriá (nome do estádio espanhol onde aconteceu o jogo), a eliminação traumática da Seleção em 82 é considerada até como um divisor de águas nos rumos do futebol. Já vi muita gente afirmar que, a partir daquele jogo, a forma de se jogar futebol sofreu uma mudança radical. Times passaram a ser armados para defender resultados e não mais conquistá-los e a defesa passou a ser a base dos treinamentos e escalações. A crítica do futebol arte, bonito mas ordinário, ganhou força e a corrente do futebol de resultado teve cada vez mais adeptos. Uma vitória contra a vilã Itália de 82 e uma provável conquista daquela Copa teria evitado a infeliz discussão que coloca como antagônicos o futebol arte e o de resultado.

Nos tempos em que a Seleção tem cada vez menor identificação com o torcedor brasileiro, a vontade de ter visto um time que encantou apesar da obviedade simplista de vencer a qualquer custo é ainda maior. Mais do que saudades, o time que não venceu e ainda assim conseguiu encantar deixou uma série de lições.


Vídeo - Os 11 gols mais incríveis da Seleção de 1982 (produção de um internauta estrangeiro):




Vídeo - Retrospectiva da campanha da Seleção em 1982: 

sábado, 22 de outubro de 2011

Em vídeo na internet, Wanderlei Silva pede respeito ao povo brasileiro para Sonnen

O vídeo é antigo, tem mais de um ano em que foi criado pela equipe de Wanderlei Silva e postado no Youtube, mas a cena é curiosa. Wand e Chael Sonnen conversam dentro de um carro e o brasileiro alerta o americano provocador sobre as declarações em que menospreza o Brasil. De acordo com Wanderlei, é preciso respeitar o Brasil e seu povo e Sonnen precisa rever seus conceitos por ser perigoso causar inimizades e criar rivalidade com um país inteiro.

No vídeo Sonnen parece compreender e concordar com o que diz o brasileiro, mas seus discursos mais recentes mostram que nada mudou... Quem sabe uma nova derrota para Anderson Silva no UFC não faria o americano mudar seus conceitos?


Ex-xerife da zaga vascaína, Mauro Galvão visita São Januário

A VascoTV, fonte oficial de vídeos do clube na internet, realizou um programa especial na última semana com o ex-xerife da zaga vascaína, Mauro Galvão. Torcedores da equipe cruzmaltina e admiradores do futebol não esquecem do zagueiro que foi capitão do Vasco na conquista da Libertadores de 1999 jogando com extrema técnica e formando a dupla de zaga com o 'pequenino' Odvan (que revelou ser o "café" da dupla "café com leite" na zaga do Vasco do fim da década de 90).

Na entrevista de aproximadamente 25 minutos, Mauro comenta sobre o grande momento vivido pelo clube, visita a estrutura em São Januário e relembra a incrível vitória sobre o Palmeiras na Copa Mercosul de 2000, quando o Vasco perdia por 3 a 0, ainda no primeiro tempo, jogando no Parque Antartica, e venceu por 4 a 3 com direito a três gols de Romário, sendo o gol da virada aos 48 do segundo tempo.

O ídolo santista relembra ainda a força do elenco do Vasco no final dos anos 90, a parceria com Odvan e as conquistas dos títulos da época. O ex-zagueiro comentou na entrevista suas curtas experiências como treinador e a atual fase como gerente de futebol, sendo a última passagem pelo Avaí, quando foi demitido em agosto de 2011.


Tem pouco tempo para assistir um vídeo agora? Veja o trecho da entrevista em que Mauro Galvão visita São Januário e comenta sobre a estrutura do clube:




Está com tempo? Assista a entrevista completa com o ex-xerife:

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Na guerra entre Globo x Record quem perde é o público


O duelo entre Globo e Record ganhou um importante capítulo na realização dos jogos Pan-Americanos de Guadalajara, transmitidos exclusivamente pela emissora paulista. Detentora dos direitos de transmissão, a Record optou por não negociá-los com nenhuma outra TV brasileira e fez uso do tão criticado monopólio da Globo, bradando o tempo todo ser a emissora oficial dos jogos Pan-Americanos. 

Nas redes sociais, entre os assuntos mais comentados do meio esportivo, está o processo de "Galvanização" das transmissões da Record durante o Pan. O narrador Álvaro José, que faz a maior quantidade de narrações na emissora, tem incomodado com seu ufanismo exagerado ao narrar competições com atletas brasileiros. A necessidade em despertar a atenção do público e fazer do Pan um evento que ele não é fica evidente durante a cobertura dos jogos, fazendo a nova audiência que acompanha a emissora se irritar com o que vê.

Do outro lado, tentando minimizar os jogos em Guadalajara, a Globo passou os primeiros dias dando o mínimo destaque à competição. Informações rápidas no meio do Globo Esporte e notas curtas nos telejornais faziam da principal competição esportiva das Américas quase que um campeonato inter-municipal. Após muitas críticas e reclamações do público, a emissora carioca decidiu aumentar a repercussão do Pan em sua programação. Não se sabe se já estava programado ou se foi decidido de última hora, mas o repórter Edson Viana foi enviado para Guadalajara para realizar boletins diários dos principais acontecimentos dos jogos.

O fato do esporte ser um poderoso mercado e foco de milionários investimentos por parte de patrocinadores faz com que o jornalismo, mais uma vez, fique em segundo plano. Não há manual de jornalismo ou código de ética que controle os absurdos que o monopólio dos direitos de transmissão e uso de imagem criam. Quando a disputa é financeira, o jornalismo fica prejudicado.

Na guerra entre a emissora crescente e a gigante estabelecida, o único prejudicado é o público. Um mero detalhe esquecido na briga entre aqueles que vangloriam o Pan e os que o desprezam...


Mas e o esporte, hein?  - Preocupação em destacar a exclusividade da transmissão do Pan e atacar Rede Globo fazem Record perder pontos com o público:

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Armador do Boston Celtics dá assistência de costas em amistoso

Em uma partida amistosa com a participação do armador Rajon Rondo, do Boston Celtics, um lance digno de dos mais viciados jogadores de videogame levou o público ao delírio. Rondo batia a bola antes da linha dos três pontos, despretenciosamente, quando realizou uma assistência de costas e sem olhar para a enterrada do ala do Denver Nuggets, Kenneth Faried.

E aí, deu saudades da NBA?

No São Paulo as coisas são diferentes...

Nem bem Adilson Batista desfez a mala no São Paulo e já está tendo que arrumá-la para deixar o clube do Morumbi. O time que gabava-se por ter uma administração exemplar, que resultou nas conquistas entre 2005 e 2008, possui uma diretoria que repete os erros e os excessos de tantos outros clubes criticados pelos engravatados do Morumbi.

Abaixo um trecho do DVD da conquista do hexacampeonato brasileiro do São Paulo em 2008. Dos dirigentes que aparecem, somente Marco Aurélio Cunha está fora do São Paulo... De resto, nada mudou. Somente quatro treinadores que passaram pelo time após a saída de Muricy e não conseguiram resultados no clube de planejamento e administração exemplares... Pode chamar o próximo, Juvenal!


sábado, 15 de outubro de 2011

Ídolo no UFC, Anderson Silva é destaque em documentário no cinema

Principal nome do UFC na atualidade e ídolo dos fãs de esportes de luta no Brasil, Anderson Silva agora é estrela nas telas do cinema. O filme "Anderson Silva - Como Água", do cineasta Pablo Croce, será exibido no circuito comercial dos principais cinemas do Brasil, mas ainda não foi definida data para estreia.

O nome da produção foi decidido em referência ao ator e instrutor de artes marciais, Bruce Lee que dizia que um grande lutador precisava “não ter forma e adaptar-se a tudo”, como a água. A citação é mencionada em razão da luta em que Anderson perdia para o americano Chael Sonnen e, após uma reação inesperada, conseguiu a vitória no último round após ter aplicado um golpe que resultou no nocaute do adversário.

Exibindo cenas de bastidores dos treinamentos e da rotina de Anderson na preparação para as lutas do UFC, o documentário de 74 minutos chama a atenção ao mostrar a vida particular do lutador. Reservado, religioso e muito apegado à família, o brasileiro é retratado como um sujeito tímido e com dificuldades em fazer parte do marketing existente na maior categoria de artes marciais da atualidade.

Trazendo entrevistas polêmicas de Sonnen e depoimentos de Dana White, mandatário do UFC, o documentário ainda conta com a presença de lutadores brasileiros importantes na categoria como Rodrigo Minotauro, Lyoto Machida, Júnior Cigano dos Santos e José Aldo.

FICHA TÉCNICA:

Nome: Anderson Silva - Como Água (Like Water no título original)
Diretor: Pablo Croce
Produtor: Jared Freedman
Produtores Executivos: Ed Soares, Jerome Dahan, Jorge Guimarães, Jared Freedman
Duração: 74 minutos
Sinopse: No mais brutal e muitas vezes mal-compreendido esporte do mundo, virar um campeão leva mais do que sangue, suor e lágrimas. "Como Água" segue o campeão dos médios do UFC, Anderson Silva, enquanto ele se prepara para coroar sua corrida de quatro anos como rei invicto do esporte com um recorde de 12 vitórias seguidas no UFC. Com acesso íntimo a Silva e seu intenso treinamento, emerge um homem inspirador por trás do maior artista do MMA.

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* Texto produzido para o portal GCN.net
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Confira o trailer de "Anderson Silva - Como Água":

Profeta cruzeirense adiantou saída de Kleber do Palmeiras

Quando Kleber deixou o Cruzeiro para jogar no Palmeiras no ano passado, fazendo juras de amor ao clube paulista, torcedores da equipe mineira ficaram revoltados com a postura do Gladiador. Pouco mais de um ano depois, em meio a indecisão da diretoria palmeirense de mandar ou não o atacante embora, um vídeo de um cruzeirense "profeta" postado na época da saída de Kleber do Cruzeiro fez sucesso nas redes sociais.

Estaria se concretizando a praga do torcedor mineiro?


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O que Neymar aprendeu com a expulsão...

A infantil expulsão de Neymar contra o Atlético-MG era um lance que nem deveria ter acontecido. Escalado para jogar menos de 48h depois de uma partida contra o México e cansado por conta da desgastante viagem feita em um jatinho fretado para antecipar sua volta, Neymar não precisaria ter voltado para uma partida totalmente sem importância para o Santos que nem tem mais pretensões no Brasileiro. Empregado do clube, Neymar acatou a ordem e entrou em campo. E que bom que isso aconteceu!

O Santos não ganhou, Neymar ficou ainda mais cansado e exposto ao risco de uma contusão, mas a saga do craque do moicano loiro valeu duplamente por sua expulsão. Primeiro porque Neymar não participa da próxima partida do Santos, domingo na Vila Belmiro contra o Grêmio, e terá um merecido descanso após ter jogado 59 partidas (somando Santos e Seleção) em 2011 e não ter ficado de fora nem em partida de pebolim.

A expulsão serviu também para Neymar aprender que, por mais inconformado que esteja com a decisão de um árbitro, não se reage de modo a intimidar o juiz e, ao ser punido, persistir no erro. Neymar falhou e parece já ter reconhecido a postura inadequada diante do time e de Muricy Ramalho. O craque santista e grande aposta da Seleção para 2014, agiu de maneira infantil, mas nada que um simples puxão de orelhas e uma conversa com o treinador não resolva.

É perceptível a enorme evolução no comportamento do atacante que, há pouco mais de um ano, desrespeitava Dorival Júnior durante uma partida e chamava a atenção por sua rebeldia. Neymar deve ter aprendido a lição e o bom é que terá uma rodada de folga para pensar no que fez... No final das contas, a expulsão veio é na hora certa!


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Para aqueles que realmente sabem o que é torcer...

Santa Cruz e Treze-PB decidem no próximo domingo, 16, no estádio Arruda, uma vaga para a Série C do Campeonato Brasileiro. Competindo atualmente na quarta divisão do futebol nacional, dois dos times de tamanha popularidade no nordeste tentam se reerguer e voltar a brigar por seus lugares que, definitivamente, não são os que ocupam atualmente.

O vídeo abaixo mostra cenas de bastidores e momentos da partida empatada em 3 a 3 entre o time da casa, Treze de Campina Grande, e o Santa Cruz, de Recife, no último domingo. Repare nos fãs do Treze, na expressão dos torcedores, na emoção dos que estão no estádio para apoiar o time que está na Série D sofrendo todas as consequências da falta de estrutura deste nível do futebol nacional.

Exemplo de torcidas que comparecem ao estádio para apoiar independentemente da divisão e da situação vivida pelo time, Treze e Santa mereciam uma vaga na Série C simplesmente pelos torcedores que tem...


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Caso João Vítor: Greve não se faz somente por melhores salários...



O mais recente caso de violência envolvendo um jogador do Palmeiras não é novidade. A notícia do bode expiatório da vez, o volante João Vítor, assusta, incomoda e chateia quem gosta de futebol. Ninguém apaixonado pelo esporte gosta de ver o tema mudando de página e entrando no caderno policial do jornal. É revoltante ver um profissional ser intimidado e violentado em sua vida particular, rodeado por covardes que se comportam como animais irracionais quando estão em bando.

João Vítor teve a camisa rasgada, recebeu chutes, socos e só não sofreu consequências piores por estar acompanhado de um cunhado e um amigo que o ajudaram a se defender durante a briga. A polícia até chegou a tempo no local, mas viu os agressores se dispersarem e, mais uma vez, desamparada pela lei, nada pode fazer. Ninguém será indiciado por agressão e tudo voltará como antes. Em uma situação que vai além do que ocorre na grandiosa Socieda Esportiva Palmeiras, os jogadores ficam cada vez mais acuados pelos bandos que se intitulam "organizados" e a polícia trabalha com o simples objetivo de dispersar os grupos que orgulham-se por seus feitos de guerra. Na esfera dos engravatados, a justiça permanece em silêncio enquanto ninguém é assassinado e as diretorias dos clubes mantem a vergonhosa postura complacente com o que seus "torcedores" promovem em nome de uma suposta "defesa" do time.

Não dá mais para ver esse tipo de cena se repetir e passar impune. Jogadores, como qualquer outra categoria profissional, não podem ser reféns por exercerem a sua profissão e não estarem conseguindo os resultados desejados. Dentre tudo o que se debateu após o episódio João Vítor, vejo como a melhor opção uma greve dos jogadores profissionais. O que aconteceu ontem no Palmeiras, já foi visto no Corinthians, no São Paulo, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Atlético-MG... A atuação de marginais que se julgam no direito de coagir e violentar um jogador pelo simples fato do time não desempenhar bons resultados dentro de campo não é exclusividade do Palestra, por isso a proposta valeria para a classe futebolista como um todo. Se o poder público não faz nada em nome de cidadãos que trabalham e pagam seus impostos como todos os outros, porque não um movimento grevista dos jogadores? Uma única rodada sem jogar, impactando clubes de norte a sul do Brasil, seria uma boa forma de obrigar governo e diretores de clubes a pensar em providências para acabar com essas revoltantes cenas.

Funcionários dos Correios e da categoria bancária paralisaram suas atividades nas últimas semanas, chamando a atenção do governo e afetando a população em busca de melhores salários. Diferente do que ocorre no meio profissional do futebol, a reivindicação passa longe dos polpudos salários. A paralisação deveria ocorrer em nome da segurança e do direito ao sossego que todo cidadão, ao menos na teoria, tem. Se a greve dos boleiros interrompe uma rodada que fosse do campeonato estadual, os jogadores passariam a ser vistos como seres humanos e não como objetos do entretenimento de engravatados e uniformizados...


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sonnen vence Stann e provoca Anderson Silva para manter o ritual

Após vencer Brian Stann sem grandes dificuldades no UFC 136, Chael Sonnen voltou a colocar em prática o que mais gosta de fazer: provocar Anderson Silva. Ao término da luta, ao realizar a tradicional entrevista feita com o vencedor, Sonnen não perdeu tempo e nem chegou a responder a pergunta sobre o seu desempenho na luta para atacar Anderson.

"Anderson Silva, você está ferrado comigo. Vou quebrar você. Se eu não te vencer vou largar o UFC para sempre. Quero te enfrentar no fim de semana da final da liga de futebol americano dos EUA  (5 de fevreiro de 2012, em Indianápolis) - afirmou o americano levando seus fãs ao delírio no UFC 136. Na plateia, o brasileiro ídolo no UFC assistia às provocações do americano sem se manifestar, demonstrando somente um discreto riso de ironia.

Dana White, o chefão do UFC, afirmou que é grande a possibilidade dos dois se enfrentarem na data e local propostos por Sonnen, mas ainda é preciso ouvir o "Spider" e acertar os detalhes da luta. A revanche de Sonnen contra Anderson é, cada vez mais, o confronto mais aguardado do UFC...


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Grife de Senna faz sucesso nas vendas e lucra com altos preços

Possuindo extensa linha de produtos, réplicas de capacetes
impressionam pela beleza e preço
A grife Senna anunciou na última sexta-feira a chegada de uma nova linha de camisetas para a "Senna Store", loja oficial do brasileiro que fez sucesso nas pistas e é relembrado até hoje como um dos maiores pilotos que a Fórmula 1 já teve. 

A nova coleção de camisetas e bonés do já consagrado duplo S faz parte da extensa linha de produtos registradas com a marca de Senna. 
Como acontece nas renomadas grifes, alguns produtos impressionam pelo alto preço. O GPS com a marca de Ayrton, por exemplo, encontrado em modelos similares na faixa de R$400, é oferecido por R$999 por vir em uma embalagem especial e conter a assinatura do brasileiro na parte traseira do aparelho.

Os produtos que mais impressionam, porém, são as réplicas dos capacetes utilizados por Senna. Produzidos em escala real, os capacetes cobram caro pelo trabalho de pintura realizado pelo próprio Sid Mosca, profissional falecido no último mês de julho e reconhecido por desenvolver as pinturas dos capacetes de Senna, Piquet e Schumacher. As réplicas de diversos modelos utilizados por Ayrton custam R$3990, mas um modelo em especial chama a atenção. A edição comemorativa dos 50 anos que o piloto faria no ano passado possui acabamento diferenciado na cor dourada e a impressionante cifra de R$16.000. Para os apaixonados por motocicletas que pensam que os capacetes poderiam ser utilizados nas ruas, vale o recado: as peças são decorativas e não servem para uso.

Conheça a loja virtual de Senna! http://www.sennastore.com.br

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Curtinhas Radiofônicas

Hora do Brasil: Figurando entre os últimos colocados do Brasileiro, Cruzeiro, Atlético e América-MG pediram ajuda ao governo estadual para tentar sair do buraco. O trio mineiro solicitou ao governo estadual um patrocínio da Loteria Mineira, mas viu sua tentativa ser negada pelo estatal. Enquanto o América já vai fechando o zíper da mala rumo à segunda divisão, o Galo também já começa a sentir que as possibilidades de ir para a panela são grandes... Se o Cruzeiro não se cuidar, pode formar um inédito trio do pão de queijo na segundona.

Sem sintonia: Em entrevista à revista Época, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, afirmou que o Itaquerão custaria mais de R$1 bilhão e os responsáveis pelo estádio corinthiano seriam Lula e ele próprio. Não gostando da repercussão e do comentário que "seria difícil para o Lula explicar seu envolvimento com a obra", o ex-presidente do Brasil entrou em contato com Andrés e pediu para não ter mais seu nome ligado ao Itaquerão. Preocupado em ver sua imagem arranhada por conta da má explicada construção do estádio bilionário, Lula tenta se desvencilhar de Andrés que, por sua vez, não perde a oportunidade de dizer que é amigo íntimo do ex-presidente.

Chiadeira: “Eles criticam o Kleber, o Felipão, o Pedro, o Paulo. Acho que podiam parar de gastar tinta porque nada no clube vai mudar enquanto eu estiver aqui. Podíamos chamar grafiteiros para fazer um trabalho bonito no local" - Após tropeço do Palmeiras em casa diante o América MG, Felipão responde às críticas da torcida em relação a Kleber. A turma do amendoim anda com o estoque reforçado nos lados do Palestra...

Chiadeira 2: Ninguém aguenta mais essa história da Taça das Bolinhas. Após recurso Judicial, o Flamengo conseguiu trazer de volta à mídia essa chata história sem fim. Depois de se esconder pela má fase vivida pelo clube carioca, a 'Presidente das Bolinhas', Patrícia Amorim, já foi à imprensa comemorar a "vitória". Mais uma vez, quando a justiça comum se mistura ao futebol, o esporte perde a sua graça.  


Intervalo: Mesmo afastado dos gramados, o meia Paulo Henrique Ganso segue sendo lembrado Brasil afora... Em campanha publicitária de motel, um camisa 10 vestido com um uniforme que lembra o santista é afogado em uma banheira. A assessoria do jogador afirmou não ter visto alusão à má fase vivida pelo meia.

Intervalo 2: Segundo pesquisa feita pelo Ibope, 69% das pessoas que acompanham futebol prestam atenção nos patrocínios dos uniformes dos times, número superior aos que se atentam para as propagandas e vinhetas durante os jogos transmitidos pela TV. Difícil seria não prestar atenção nos patrocinadores quando o escudo dos times tornou-se mero figurante nas camisas que mais se parecem uma página de classificados.

Pilha fraca: ""O mais prejudicado sou eu mesmo. Minha imagem está saindo como a do 'novo Podrinho', que não fica bom nunca, e por culpa de quem?" - Lenny, atacante do Figueirense, afastado do time desde agosto devido a um novo problema com lesão. De promessa do Flu ao esquecimento no Figueira, atualmente Lenny tem 23 anos e vê sua carreira afundar após apagada passagem no Palmeiras e os atuais problemas com o time catarinense.

"Pode isso, Arnaldo?!": Se torcidas de futebol já possuem um carinho em especial pelos juízes, imagine o que os torcedores do Valência, na Espanha, não desejaram ao árbitro Iturralde Gonzalez. Após escorregar em contra-ataque do Valência, o juizão acabou dando um carrinho no meia Sergio Canales e prejudicou o ataque do time da casa.


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A reciprocidade na espera entre Luís Fabiano e São Paulo

Contratação mais cara do futebol brasileiro em 2011, Luís Fabiano foi anunciado de volta ao São Paulo por R$17 milhões no mês de março. Ninguém esperava, foi tudo na surdina e quando o retorno do "Fabuloso", principal atacante da Seleção Brasileira na última Copa, foi confirmado pela diretoria são paulina, torcedores do time do Morumbi pareciam não acreditar... Consagrado na história tricolor, Luís Fabiano sempre foi o jogador que a torcida quis ver de volta.

E o retorno que parecia estar tão perto levou 6 meses para acontecer... Depois de anunciar a reestreia do atacante em duas oportunidades, médicos do São Paulo preferiram trabalhar em silêncio. A recuperação de Luís Fabiano levou muito mais tempo do que se previa, frustrando torcida, diretoria e o próprio atacante, ansioso para voltar a campo e defender a camisa do clube que se diz apaixonado. Apesar de não reconhecer, o reformulado departamento médico do São Paulo, diferente daquele tão elogiado nos últimos anos, falhou.

Depois de uma longa espera, Luís Fabiano volta ao São Paulo neste domingo, contra o Flamengo. Adilson Batista já confirmou que o atacante será escalado desde o começo do jogo e o jogador disse ter condições de jogar os 90 minutos. Luís Fabiano chega para ser o camisa 9 que o time não tem, a referência ofensiva que fez falta durante toda a temporada 2011.

Muito se espera de Luís Fabiano no São Paulo. O atacante espera voltar a atuar em alto nível, fato que, se confirmado, deve colocá-lo de volta na Seleção Brasileira e lhe dar grandes oportunidades de defender a amarelinha em 2014. Torcida e diretoria esperam que o "Fabuloso" seja um misto entre o principal e mais efetivo atacante da Seleção na era Dunga e aquele que foi o raçudo e dedicado atacante do São Paulo entre 2001 e 2004.

Se o retorno de Luís Fabiano corresponder a expectativa que foi depositada em sua volta ao time do Morumbi, a chance da torcida são paulina comemorar o título brasileiro é enorme...


Em entrevista exclusiva ao Globo Esporte, o atacante fala da expectativa finalmente voltar a jogar:




Lembra dessa? Pela Libertadores 2004, Luís Fabiano marca contra a LDU e provoca adversário:

Torcida paraense emociona no Hino Nacional em jogo da Seleção

Para quem não tinha visto, o vídeo abaixo mostra a execução do Hino Nacional e a torcida brasileira em Belém dando um show na última quarta-feira, pelo tal "Superclássico das Américas". Um show na voz do povo paraense e uma verdadeira aula para Vanusa...

domingo, 18 de setembro de 2011

Ainda sobre a lambreta...

Todo mundo já comentou, elogiou e reverenciou a jogada de Leandro Damião que quase resultou em um gol épico no sonolento jogo entre Argentina e Brasil. Isolado, o lance foi o único digno do tal "Superclássico das Américas" promovido pela Conmebol. A bola merecia ter entrado pelo talento e simplicidade de um jogador que se preocupa em jogar bola e nada mais. Por outro lado, o tal Superclássico e toda a sua chatice e realização puramente marketeira não mereciam um gol como aquele...

Lambreta, carretilha, chaleira... A jogada conhecida por diversos nomes (exceto por "bicicleta" como disse Galvão Bueno na hora do jogo) ganhou aplausos dos próprios argentinos, algo impensável caso um hermano tivesse feito o drible em cima de um jogador com a amarelinha em território brasileiro. A imprensa argentina repercutiu e o Internacional aproveitou para lançar até uma camisa sobre o lance que entrou para a história do futebol ainda que a bola não tenha tocado a rede.


Lambreta sim, bicicleta não, Galvão:




Locutor argentino destaca lance de Damião durante a narração do jogo: 

sábado, 17 de setembro de 2011

Ribeirão pode voltar ao basquete para atormentar e ajudar Franca




Reprodução de texto que escrevi para o portal GCN.net:

O presidente do Sistema COC de Ensino, Chaim Zaher, afirmou ao portal EPTV.com ter interesse em promover o retorno da equipe de basquete masculino em Ribeirão Preto. A possibilidade anima os moradores da cidade que gostam do esporte e acompanharam o sucesso do time que, em 10 anos de existência (1996-2006), conquistou um título brasileiro e foi pentacampeão paulista de forma consecutiva

O interesse de Zaher coincide com o bom momento vivido pelo basquete brasileiro. A nova administração da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), a repercussão alcançada pelo campeonato do Novo Basquete Brasil (NBB) e o maior espaço concedido ao esporte na Rede Globo animam o empresário. A maior preocupação de Zaher, no entanto, são os altos investimentos realizados pelas equipes que disputam o NBB.

“Os salários estão altos, alguns clubes estão fazendo loucuras, como trazer jogadores da NBA para jogar aqui. E eu só volto se tiver condições de brigar para ser campeão, por isso, preciso saber o tamanho do investimento. A montagem, ou não, da equipe vai depender da verba disponível do COC para 2012”, analisou Zaher ao EPTV.com.

Jogadores consagrados pela equipe de Ribeirão, como os alas Alex e Arthur, o armador Nezinho e o pivô Rafael Hettsheimmeir, já teriam confirmado o interesse em retornar a equipe caso o time de Ribeirão volte em 2012. Lula Ferreira, técnico do COC/Ribeirão de 2000 a 2006, seria a primeira opção de Zaher para o comando da equipe.

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A notícia de uma provável volta de Ribeirão deixou o torcedor do basquete francano dividido. Muitos não podem nem ouvir falar no rival e acham que o time fechado vai bem, obrigado. Sou da outra corrente.

Vejo o retorno do COC/Ribeirão com bons olhos e acredito que um novo time na NBB, com estrutura forte e capacidade de conquista de títulos, enriqueceria ainda mais o basquete brasileiro. Para Franca é a volta de um rival que protagonizou batalhas épicas no Pedrocão ou na Cava do Bosque. A rivalidade regional é benéfica para as duas equipes e ainda um fator de incentivo para que os times se reforcem e se preparem ainda mais para os campeonatos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Hélio Rubens cobra e Franca Basquete vence Inter/Santos por 32 pontos de diferença




Estive na noite desta quinta-feira no ginásio da Unifran para cobrir o jogo entre o Vivo/Franca x Internacional/Santos. Como era de se esperar, Franca não teve dificuldades para superar o time da baixada que está entre as últimas posições da chave A do Campeonato Paulista de Basquete Masculino. A vitória por 95 a 63 foi evidente para mostrar a diferença técnica entre as equipes.

O fator de destaque, no entanto, não foi a larga vitória do time de Franca. Apesar de ainda estar em fase de formação, a equipe francana mostrou que pode incomodar muito mais pela forma com que construiu o resultado do que pelo placar final em si. Na noite em que Babby marcou 16 pontos e pegou 10 rebotes, marcando seu segundo double double consecutivo, Helinho e Márcio Dornelles também anotaram 16 pontos e tiveram destaque na partida.

Vendo seus comandados dominarem o jogo, Hélio Rubens não se acomodou. O técnico sabia da fragilidade do adversário e que não seria preciso muito esforço para vencer a equipe de Santos jogando em casa. Avesso ao comodismo e à apatia que muitas vezes domina quem está por cima, Hélio resolveu aproveitar o jogo para treinar sua equipe, não permitindo nenhuma espécie de menosprezo ao rival que jogava com respeito e lealdade.

Após os dois primeiros quartos, quando optou por jogar a maior parte do tempo com Helinho, Fernando Penna, Márcio Dornelles, Wanderson e Babby (grupo considerado titular), Hélio utilizou os últimos dois períodos do jogo para dar chances aos jogadores do banco e testar novas formações em quadra. No último quarto foi a hora de colocar os jovens da base Felipe Taddei, Leonardo Meindl e Lucas Mariano.

Sem grandes preocupações, Franca ia vencendo a partida. Faltando pouco menos de 7 minutos para o fim do jogo, após uma bola embaixo da cesta não ser convertida pelo pivô Ricardo Probst, Hélio se desesperou e pediu tempo. Os francanos venciam por 69 a 42, mas para o técnico não era o resultado numérico o que importava. "Acha que essa vitória está boa como está? Não sou eu quem está insatisfeito com o que está acontecendo. São vocês quem tem que se cobrar. Não dá para perder uma bola debaixo da cesta", esbravejava o treinador diante de um grupo que parecia compreender o recado. Os gritos e palmas após as palavras do chefe davam o tom de aprovação.

Sei que muita gente encara a cobrança como um excesso, como chatice. Penso de outra forma. Aliás, completamente. Mais uma vez vi na cobrança de Hélio o pedido de alguém que sabe que pode extrair o melhor de seus comandados. Não há porque se acomodar com uma vitória de 20 quando se pode trabalhar para conseguir uma diferença de 30 pontos. Mais do que a questão numérica, o que valeu foi o empenho, a dedicação. Técnicos vitoriosos sabem que um time que briga por grandes conquistas jamais pode se deixar tomar pelo comodismo.

O time de Franca começa a engrenar no campeonato, mas no que depender da vontade de Hélio e da cobrança gerada entre a equipe, o time pode sonhar com objetivos mais altos. Falta muito, mas é bom lembrar que o NBB está vindo aí...


Ouça as entrevistas realizadas no pós jogo. 

Rafael Babby, pivô de Franca, comenta a evolução da equipe e a preocupação de Hélio Rubens com o setor defensivo:

Babby / Franca Basquete - Franca 95 x 63 Inter/Santos - Paulista 2011 by lucas_diniz


Helinho, armador de Franca, fala da expectativa para os próximos jogos e afirma estar 100% após ter sofrido choque em treino da última terça-feira:

Helinho / Franca Basquete - Franca 95 x 63 Inter/Santos - Paulista 2011 by lucas_diniz


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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Italiano enlouquece na TV após gol do Milan. E no Brasil, quem faria igual?

No empate de Barcelona e Milan em 2 a 2, pela Champions League, um comentarista italiano reagiu com certa felicidade ao ver o empate do seu time nos instantes finais do jogo.

No Brasil não vi nada parecido, até porque não tem nenhum programa nesse estilo. Se tivesse algum programa que acompanhasse os resultados das partidas em tempo real, qual jornalista ou comentarista protagonizaria um "espetáculo" semelhante?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ao melhor estilo Galvão, narrador torce com o microfone na mão

Todo segundo é valorizado no basquete. Um minuto é quase que uma eternidade no esporte. Dentro de quadra vence o time que souber jogar a favor do relógio. Quem acompanha basquete muito provavelmente já ouviu falar ou já repercutiu alguma das afirmações anteriores. Apesar de clichês, sei da veracidade de todas essas frases, mas há algum tempo não via a confirmação das teorias ocorrer dentro de quadra.

Na final da Copa América, já com a vaga Olímpica definida, o Brasil não venceu a Argentina pela segunda vez no torneio por pouco, muito pouco. Após estar atrás no placar por 14 pontos no segundo quarto, o Brasil conseguiu virar. Faltando 46 segundos para o final do jogo, os hermanos tinham vantagem de 11 pontos. Pensei que não seria possível reverter a diferença mesmo sabendo da importância de cada fração de tempo no basquete.

Fazendo uso da velha estratégia das faltas para poder pressionar os argentinos em cobranças de lance livre e tentar reduzir a diferença em cestas de três pontos, o Brasil não conseguiu virar o jogo por muito pouco. A vantagem que era de 11 pontos chegou a cair para 2, mas o nervosismo e a afobação por mais uma vitória acabaram prejudicando a Seleção Brasileira que teve a possibilidade de empate com menos .

Encontrei na internet os instantes finais desse jogo com a transmissão do canal Esporte Interativo. Somente ouvindo a narração dos profissionais de locutores que fazem eventos esportivos, não fazemos ideia de como é o clima dentro da cabine de transmissão. Veja como o narrador André Henning fica eufórico com a possibilidade de vitória brasileira e ainda não perde a oportunidade de cornetar a seleção e a torcida argentina. "Canta musiquinha agora, argentinaiada..."


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Djokovic vence US Open e confirma Nadal como freguês

Como previa a maior parte dos palpiteiros do tênis, Djokovic levou a melhor sobre Nadal mais uma vez. Que fase vive o sérvio! Pela 6ª vez consecutiva, o líder do ranking da ATP derrota o vice-líder, sendo todas as vitórias conquistadas em finais. Como se desbancar o reinado de Nadal fosse pouco, Djokovic consegue igualar a marca histórica de outros tenistas e conquista o seu 10º título na temporada, sendo o terceiro Grand Slam (além do US Open, foi para o alto do pódio no Australian Open e em Wimbledon).

Quem não viu o jogo pensa que o placar foi fácil (6-2, 6-4, 6-7 (3), 6-1), mas quem conseguiu acompanhar as mais de 4h de partida sabe o tamanho da dificuldade para o novo triunfo de Djokovic. Não era para menos... Era líder contra vice-líder, Nadal estava com as derrotas anteriores entaladas e tinha nova oportunidade para amenizar a enorme desvantagem no duelo particular com o sérvio em 2011.

Nadal começou melhor, jogando de forma agressiva e aparentando que derrubaria o rival pela primeira vez no ano. Mera ilusão espanhola. Abusando das deixadas e da precisão nas devoluções, Djokovic reverteu a vantagem de Nadal e dominou a partida. Jogando em seu limite, Nole pediu atendimento do fisioterapeuta, mas nem as fortes dores nas costas foram suficientes para derrubar o tenista que obteve nada menos que 64 vitórias em 66 partidas em 2011.

Como parar Djokovic? Repetindo os ciclos dos recentes Federer e Nadal, Djokovic é o dono da temporada. Se a resposta aparecer em breve, deve surgir somente no ano que vem...


Reveja um dos ralis entre Djokovic e Nadal. Quase 1 minuto trocando as mais impensáveis bolas...




Match point e comemoração de Nole ao vencer o US Open:

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Renovado, Brasil garante vaga para Olimpíadas e confirma boa fase do basquete nacional

Depois de 15 anos e três Olimpíadas fora, o Brasil terá de novo sua seleção de basquete masculino nos jogos Olímpicos. E como foi difícil esse caminho de volta!

Cercada de desconfiança e sem três de seus quatro jogadores na NBA, a equipe foi disputar o Pré-Olímpico na Argentina com a sensação de que não seria possível conquistar a vaga. Sem a presença dos protagonistas, na casa de seu maior rival e sofrendo muita pressão da torcida e da própria crítica esportiva nacional, o Brasil superou todas as expectativas e realizou campanha histórica.

O carimbo do passaporte para Londres-2012 é a confirmação do grande momento vivido pelo basquete brasileiro. A renovação implementada pelo excelente Rubén Magnano funcionou exatamente dentro do planejado. A nova formação tática e as caras novas buscadas pelo argentino foram determinantes para que o Brasil conseguisse organizar sua defesa e atacar com responsabilidade. Magnano conseguiu corrigir o ponto fraco do time e a marcação tornou-se a base do sucesso brasileiro.

A reverência feita a Magnano é mais do que merecida. No comando da Seleção desde o começo de 2010, o treinador argentino chegou disposto a resgatar a tradição do basquete brasileiro. Passou a jogar na Seleção quem merecia e, mais do que isso, quem realmente queria. Ao percorrer o Brasil para conhecer o trabalho realizado no basquete nacional desde suas categorias de base, Magnano viu o que era preciso mudar e com quem poderia contar. Novos jogadores chegaram, melhorou-se o clima dentro da Seleção e a cobrança nos treinamentos e na mentalidade dos jogadores foi decisiva.

Sem o estrelismo de Leandrinho e Nenê, a Seleção pêde contar com a dedicação de Marcelinho Huertas e Tiago Splitter, a experiência dos veteranos da caseiros Alex, Giovannoni e Marcelinho Machado, além do sangue novo de Rafael Hettsheimer, Vitor Benite, Rafael Luz e Augusto Lima. A troca do trabalho de protagonistas desinteressados por coadjuvantes unidos e empenhados foi determinante para que o resultado pudesse ser tão comemorado.

A vaga olímpica confirma o crescimento do basquete nacional. A consolidação do Novo Basquete Brasil como um torneio de equipes estruturadas e com bons jogadores, a organização e planejamento da Confederação Brasileira de Basquetebol com as seleções nacionais e a humildade em reconhecer que o basquete precisava de uma mudança drástica em sua rota fizeram o esporte retomar o seu caminho de tradição.

Pensar em medalha Olímpica ainda é cedo. Apesar da festa, é hora de ter calma e decidir uma série de fatores antes do embarque para Londres. O contrato de Magnano precisa ser renovado para dar sequência ao trabalho e deve ser tomada a difícil decisão sobre as convocações de Leandrinho, Nenê e Varejão. Exceto no caso de Varejão, que não esteve na Argentina por estar contundido, não vejo motivos para trazer de volta quem nunca demonstrou interesse em fazer parte da Seleção. Só deve comer o filé mignon quem ralou o osso...


domingo, 11 de setembro de 2011

Da várzea para o sucesso no Inter, a meteórica carreira de Leandro Damião

Ver Leandro Damião entre os jogadores que balançaram as redes nas rodadas do futebol brasileiro já é rotineiro. Teve jogo do Internacional? O colorado venceu? Se a resposta for afirmativa para as duas perguntas, ainda que não tenha visto o jogo, dá para apostar que Damião deixou a sua marca.

Dono da impressionante média de 0,86 gols por partida, o atacante já marcou até aqui 37 gols em 43 jogos e é vice artilheiro do Brasileiro com 13 gols. Três deles foram contra o Palmeiras, na vitória do Internacional por 3 a 0 no Pacaembu. Três oportunidades foram suficientes para o atacante marcar três vezes, com direito a um lance em que só não entrou com bola e tudo no gol adversário porque seu jeito tímido não lhe permitiu...

Avesso às aparições por assuntos que não sejam exclusivamente o que produz dentro de campo, Leandro Damião possui uma ascensão impressionante em sua carreira. Há pouco mais de 3 anos, quando tinha 19 anos, o atacante disputava a Copa Kaiser, tradicional campeonato amador da várzea paulista. De lá para cá conseguiu três oportunidades em times catarinenses, jogando pelo Atlético de Ibirama, Marcílio Dias e Cidade Azul. Em 2009 foi para o time B do Inter e seus gols logo lhe fizeram chegar a equipe principal.

A humildade em suas declarações e a consciência que ainda está em início de carreira ajudam Damião. Apesar dos golaços que já marcou, como a bicicleta no empate em 2 a 2 com o Flamengo no Beira Rio, o atacante joga com simplicidade. Típico jogador para aproveitar as mínimas oportunidades e chutar a gol, Damião sabe que bem o que se espera dele e por foi chamado para a Seleção.

Para a sorte dos colorados, o mercado europeu já se fechou. Ao menos até o ano que vem o atacante fica no Inter como uma das principais armas para levar o time de volta à Libertadores.


1000 vezes Rogério - Suplicy homenageia Ceni em discurso no Senado

No dia seguinte a milésima partida de Rogério pelo São Paulo, o senador Eduardo Suplicy (PT/SP) fez um discurso no Plenário do Senado para homenagear o goleiro. Torcedor do Santos, o senador exaltou a marca e relembrou os momentos vitoriosos da carreira de Rogério. Assista a íntegra do pronunciamento de Suplicy no vídeo abaixo.

sábado, 10 de setembro de 2011

1000 vezes Rogério - A melhor matéria da TV sobre o milésimo jogo de Ceni

Considero uma das mais difíceis tarefas do jornalismo contar um fato que é amplamente divulgado pela mídia. Apesar de parecer contraditório, falar do que todo mundo já sabe é extremamente complicado. A responsabilidade que se tem em criar um texto com a identidade do repórter e um olhar diferente de tudo o que já foi exibido é enorme.

Inovação. Foi o que fez o repórter André Plihal, da ESPN. Autor do livro "Maioridade Penal", obra que conta histórias públicas e de bastidores de Rogério no São Paulo, Plihal conhece Rogério como poucos na imprensa esportiva. Tamanha proximidade fez com que o repórter produzisse uma matéria extremamente original e surpreendente a respeito dos 1000 jogos do ídolo são paulino.

Parabéns, Plihal! Uma data histórica não podia ser registrada de uma maneira diferente do grande trabalho que foi produzido pela ESPN.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Rogério Ceni e o grito da independência

Rogério completa 1000 jogos pelo São Paulo nesta quarta-feira, 7 de setembro. No dia que o Brasil celebra a sua independência, Rogério alcança a impensável quantia de quatro dígitos representando um único clube. Coincidentemente, em um dia tão especial para o goleiro, serão completados 21 anos de São Paulo.

Falar de Ceni é missão complicada, trabalhosa. Difícil resumir em alguns parágrafos a história de um jogador tão identificado com um clube e sua torcida. Rogério é, para mim, de longe o maior ídolo da história do São Paulo e motivos não faltam para isso. Não defendo minha opinião pelo fato do goleiro ser o jogador com mais títulos de peso no clube, por ter alcançado a marca de 100 gols e muito menos por ser recordista em quebrar recordes. Rogério vai muito além dos números.

Os mil jogos formam um número imponente, grandioso, de inquestionável interesse jornalístico. 1000 partidas parecem muito mais expressivas do que 999. O jornalismo gosta dos números, das estatísticas... O fato é que ao alcançar esta marca, Rogério extrapola mais uma vez os limites entre a rivalidade dos clubes. Depois de impressionar pelos também redondos 100 gols, Rogério volta a chamar atenção pelos quatro dígitos de jogos realizados pelo São Paulo.

Ver Rogério atuar 1000 vezes por um único clube é motivo de reconhecimento para todas as torcidas. Nessas horas o futebol vira festa, quebra as barreiras da rivalidade. Apesar de ídolo são paulino, o fato de Ceni honrar a camisa de um único clube durante mais de duas décadas é feito a ser reverenciado, gravado na história e deveria ser utilizado de exemplo para tantos jogadores que nem bem subiram para o profissional e já querem voar para a Europa. Nos tempos em que quem rege a cabeça dos jogadores é o dinheiro, Rogério deu seu grito de independência ao proclamar sua paixão declarada ao São Paulo.

Concordo com os que irão contra-argumentar. Rogério não fez nenhuma caridade ao ficar no São Paulo. O sucesso conquistado fez com que recebesse muito bem para permanecer no time, é verdade. No entanto, o reconhecimento e as glórias durante sua carreira lhe renderam propostas do exterior que nunca foram aceitas em nome da paixão em vermelho, branco e preto que Rogério nunca negou ser sua prioridade. Recusando as altas cifras vindas de fora, o goleiro mostrou que o dinheiro não compraria o reconhecimento que uma carreira inteira no São Paulo poderia lhe trazer.

A histórica marca dos 1000 jogos pelo mesmo time, inferior somente a quantia de Roberto Dinamite, pelo Vasco, e Pelé, pelo Santos, não podia ocorrer em data mais propícia como a que o Brasil comemora a sua independência. Em um território onde só Marcos pode rivalizar, Rogério se fez valer por ser aquele que preferiu a idolatria da torcida de seu clube do que as tentadoras cifras do exterior. Um grito da liberdade de expressão e do uso da cabeça, pontos fortes do goleiro que fez o futebol se lembrar dos tempos em que o respeito por uma camisa jamais seria comprado por valor qualquer...


Na véspera da milésima partida, Rogério concede coletiva no CT da Barra Funda:


Parte 1:



Parte 2:

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mira, mira!

As corridas do mundial de motovelocidade de 125 cilindradas são conhecidas por serem disputadas volta a volta. A categoria menos potente da MotoGP protagoniza duelos de ultrapassagens até os últimos instantes, mas o que ocorreu na prova do circuito de Misano, em San Marino, foi espetacular.

Nicolas Terol venceu a disputa com Johann Zarco que estava na frente na linha de chegada e resolveu olhar para trás e gesticular para o adversário. A gracinha responsável pela desaceleração da moto, acabou provocando a derrota de Terol que ainda viu o adversário ampliar a vantagem na liderança do campeonato.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Corinthians 101 anos: como é difícil aguentar o torcedor corinthiano...

Sempre escutei falar que o torcedor corinthiano é mais chato do que os outros. Reclamações dos rivais do estado ou de adversários de outras torcidas do Brasil, a crítica foi sempre a mesma: como é difícil aguentar a convivência com um torcedor do Corinthians, especialmente quando se trata daquele que adora comprovar diariamente a sua loucura para mostrar que faz parte do tal bando...

A fama de apaixonado caminha lado a lado com o incômodo que o corintiano causa nos adversários. Rivais não suportam a ideia do corinthiano levar todas as bordoadas possíveis ao ver o time ser eliminado por uma equipe sem tradição, ser rebaixado, não ter estádio próprio (uma piada com os dias contados), não ter vencido uma Libertadores e ainda estufar o peito toda hora que vai dizer "eu sou Corinthians". É difícil aguentar alguém que toma tanta pancada e que, mesmo caído, sempre encontra um jeito de levantar. Como se fosse pouco, depois do tombo, a tendência é que o "corinthianismo" volte ainda mais agudo.

Segundo a teoria anti-corinthiana, torcedores rivais comemoram duas vezes em dias de vitórias de seus times e derrotas do Corinthians. Muitos dizem até que torcedores adversários preferem ver o Corinthians perder do que o próprio time ganhar. A fala, que chega a parecer prepotência dos seguidores do time abençoado por São Jorge, tem lá seu fundo de verdade. Conheço alguns torcedores de adversários do estado que já confessaram maior felicidade com a derrota do Corinthians do que com a vitória do próprio time. Frequentemente ouço foguetes estourando em gols marcados contra o alvinegro e, por morar em condomínio, os momentos sempre vem acompanhados de algum elogio aos mais adorados torcedores de São Paulo.

Quase que como uma mulher de malandro, o torcedor corinthiano está junto com o time "haja o que hajar", como disse certa vez o inesquecível ex-presidente alvinegro, Vicente Matheus. Não concordo com aqueles que dizem que o corinthiano é o torcedor mais apaixonado do Brasil. Apesar do fanatismo marcante, a paixão que cega torcidas atinge clubes de todos os cantos do Brasil, do mundo... Em toda cidade onde existe um time de futebol se encontra um torcedor com as mesmas características dos loucos do bando. Todo time tem seus representantes que o seguem em jogos no céu ou inferno, mas o corinthiano fez seu nome porque, ainda que derrotado, se vangloria por isso. Mesmo tomando um vareio de bola, como se fala no interior, o dia seguinte estará repleto de alvinegros cantando vitória mesmo quando tudo o que se viu foi o time ser massacrado em campo.

Torcedores rivais afirmam que todo o "corinthianismo" de muitos dos torcedores alvinegros não passa de mecanismo de defesa para suportar tantas provocações adversárias. No time em que não há nenhuma identificação de adversários, a regra é simples: ou se torce a favor, ou contra. Corinthianos não aceitam simpatizantes, até porque não tem a menor intenção de contar com esse tipo de apoio. Embora reconhecidamente popular e segunda maior do Brasil, a torcida alvinegra se identifica com aqueles dispostos a apoiar o time nas mais doloridas situações. Essa é a essência e a regra básica do manual do bom e chato corinthiano.

Dono de uma fórmula de sucesso, o Corinthians faz seu primeiro ano do novo centenário. Capítulos como a tão sonhada casa própria e o uso do estádio alvinegro na Copa, a incansável perseguição pela Libertadores e a instabilidade na briga pelo título brasileiro ainda este ano prometem trazer novas emoções aos corinthianos e muito assunto para os rivais... Se os próximos 100 anos repetirem o sucesso do primeiro centenário, memoráveis fatos estão por vir! Parabéns Corinthians e torcedores, os grandes responsáveis pela consagração dessa história.


O que é ser Corinthians. Vídeo mostra diversidade da torcida que faz o nome do clube: